sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Perguntando aos Protestantes

1. Nós católicos cremos em tudo que a Bíblia ensina, porque a Igreja diz que a Bíblia é verdadeira.
E você? Quem lhe garante que sua Bíblia é verdadeira? (Por favor não apele dizendo que é Jesus, pois todo o Novo Testamento foi escrito depois de Jesus). Até podemos perguntar: quem lhe garante que o NT é verdadeiro?
 2. A Igreja ensina que os livros da Bíblia são 73. Os protestantes dizem que são 66.
a) Eu creio que são 73, porque a Igreja assim ensina.
Você que só crê na Bíblia, onde está escrito na Bíblia que os livros inspirados são 66?
b) Vocês afirmam que os católicos adicionaram livros à Bíblia. Como explicar, se em 1455/60, quando a Bíblia foi impressa, já continha os 73 livros? ( cf.Bíblia de Gutemberg )
 3. Jesus chamou a Pedro de pedra (Kefas ou Cefas), pois Jesus falava em aramaico.
- Nós católicos acreditamos.
- Porque vocês protestantes negam todas estas passagens que Pedro é chamado de Cefas: Jo, 1,42; 1Cor 1,12;
3,22; 9,5; 15,5; Gl 1,18; 2,9; 2,11; 2,14 ?
4. Jesus disse: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna" (Jo 6,54)
- Nós católicos obedecemos ao Senhor e comemos sua carne e bebemos o seu sangue.
- Você não faz isso, como pode ter a vida eterna?
 5. Para não haver nenhuma dúvida ou interpretação falsa, Jesus disse ainda: "a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida."(Jo 6,55).
- Nós católicos acreditamos.
- Vocês protestantes acreditam que a carne de Jesus é verdadeiramente uma comida e o seu sangue, verdadeiramente uma bebida?
- Com quem você fica, com os que abandonaram Jesus ou com os apóstolos que confessaram, junto com Pedro: "Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna" (Jo 6,68) ?
 6. Jesus disse: "Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos"(Jo 20,23).
- Nós católicos acreditamos e confessamos os nossos pecados ao sacerdote (ordenados pelos Bispos, que são os sucessores dos apóstolos, que receberam esta ordem de Jesus).
- Como vocês não confessam, não têm seus pecados perdoados, como podem entrar na vida eterna?
7. A Bíblia diz que todas as gerações chamarão Maria de Bem-aventurada.(cf. Lc 1,48).
- Nós católicos proclamamos Maria, bem-aventurada.
- E vocês?
8. Jesus disse: "Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou" (Lc 10,16)
- Nós católicos ouvimos os apóstolos (e seus legítimos sucessores), por isso ouvimos Jesus.
- Vocês não aceitam o Papa e os bispos que receberam o mandato dos apóstolos. Como podem estar seguindo Jesus?
9. A Bíblia diz: "sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal"(2Pd 1,20). Se todo mundo é capaz interpretar, então por que existem milhares de seitas protestantes ensinando coisas tão contraditórias?
10. Transmissão de autoridade
- No AT Moisés transmitiu sua autoridade a Josué (Nm 27,20s); os sacerdotes recebiam a unção (Lv 8,12; 21,10); Saul foi ungido por Samuel (1Sm 10,1); Davi foi ungido por Samuel (1Sm 16,13); Salomão foi ungido por Sadoc (1Rs 1,39)... Coré, Datã e Abiron quiserem ser sacerdotes por si mesmos e foram mortos (Nm 16, 31s).
- No Novo Testamento: Paulo impôs as mãos sobre Timóteo, conferindo-lhe autoridade (2Tm 1,6); Em Hb 5,4 diz-se que "Ninguém se apropria desta honra, senão somente aquele que é chamado por Deus, como Aarão".
- Agora pergunto: Quem conferiu ordem (autoridade) a esses pseudo-pastores protestantes, que saem dizendo que são presbíteros, bispos...bispas?
 11. "Jesus Cristo é sempre o mesmo: ontem, hoje e por toda a eternidade"(Hb 13,8)
- Nós católicos acreditamos nos milagres que Jesus fez há 2000 anos, e acreditamos que Ele faz hoje.
- E vocês? Acreditam nos milagres que Jesus faz hoje?
a) Por que só na Igreja Católica há dezenas de corpos incorruptos? Ou partes (como a língua de Santo Antônio?)
 Jesus fez milagres para provar sua divindade.
No meio protestante há algum sinal de Jesus?
b) Jesus está realmente presente na Eucaristia. Nós católicos cremos porque Ele mesmo disse.
Vocês protestantes não acreditam na Palavra de Deus e negam a Presença Real.
- Mas Jesus fez inúmeros milagres eucarísticos.
 Vocês dizem que interpretamos errado. Isto não é interpretação, é fato. Vai negar?
c) Nossa Senhora apareceu em Fátima em 1917. Isto é fato, relatado por um jornal neutro (não cristão): O Século.
 Vai negar também?
d) Nossa Senhora deixou sua imagem impressa na tilma do índio Juan Diego em 1521 e até hoje os cientistas não sabem explicar de que "tinta" é a pintura: Veja o Milagre de Guadalupe.
Vai negar também?
Existem milhares... E SÓ NA IGREJA CATÓLICA, onde Jesus está presente.
Agora só lhes resta abrir os olhos e não fazer como os fariseus que viram os milagres de Jesus, e mesmo assim decidiram matá-lo e até matar Lázaro, que era sinal da divindade de Jesus...
Fonte: Dicionário da fé

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Porventura não deveria a Igreja mudar?

De: Ecclesia Una

“Assistimos, há decênios, a uma diminuição da prática religiosa, constatamos o crescente afastamento duma parte notável de batizados da vida da Igreja. Surge a pergunta: Porventura não deveria a Igreja mudar? Não deveria ela, nos seus serviços e nas suas estruturas, adaptar-se ao tempo presente, para chegar às pessoas de hoje que vivem em estado de busca e na dúvida?”


“Uma vez alguém pediu a beata Madre Teresa para dizer qual seria, segundo ela, a primeira coisa a mudar na Igreja. A sua reposta foi: tu e eu!”

(…)

“Sempre, e não apenas no nosso tempo, a fé cristã constitui um escândalo para o homem: que o Deus eterno se preocupe conosco, seres humanos, e nos conheça; que o Inatingível, num determinado momento, se tenha colocado ao nosso alcance; que o Imortal tenha sofrido e morrido na cruz; que nos sejam prometidas a nós, seres mortais, a ressurreição e a vida eterna – crer em tudo isto é para nós, homens, uma verdadeira presunção.”

“Este escândalo, que não pode ser abolido se não se quer abolir o cristianismo, foi infelizmente encoberto, mesmo recentemente, pelos outros tristes escândalos dos anunciadores da fé. Cria-se uma situação perigosa, quando estes escândalos ocupam o lugar do escândalo primordial da Cruz tornando-o assim inacessível, isto é,quando escondem a verdadeira exigência cristã por trás da incongruência dos seus mensageiros.”

Papa Bento XVIEncontro com os católicos, em Friburgo
25 de setembro de 2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Tendência religiosa tradicional na juventude surpreende jornal americano.

O jornal laico  “The New York Times” ficou pasmo quando ouviu as seguintes palavras de Mary Kate, 18, estudante que renunciou à prestigiosa e cara Universidade de Harvard para entrar como noviça nas Irmãs Dominicanas de Maria Mãe da Eucaristia, em Michigan:
“Nós rezamos o terço na mesma hora todos os dias. Você essencialmente vai repetindo as palavras que o Arcanjo Gabriel disse a Nossa Senhora. Essas são as palavras mais importantes da História.
“A distração é normal e você tem que dar um jeito de combatê-la. Deus é nosso Pai e é tão misericordioso conosco. Assim, quando eu me distraio, digo “oh, perdão!”, e me volto para Ele, porque eu sei que Ele compreende que eu sou sua filha e que eu sou débil.

“Rezar o terço também ensina a guardar o silêncio. Você fica realmente tranqüila diante daquilo que é realmente verdadeiro durante alguns minutos.”
O referido jornal, um dos maiores ícones da mídia mundial e que sempre procura apresentar a juventude como puramente debochada e revolucionária, ficou tão impressionado que reproduziu o testemunho da jovem por completo, com grande foto de uma postulante rezando o terço num convento tradicional.

sábado, 24 de setembro de 2011

Ser jovem não é nada fácil, ainda mais ser um jovem católico!

Qualquer vacilo nosso passa a ser visto de forma gigantesca, pois as demais pessoas não aceitam o fato de errarmos, para eles alguém que se diz católico e que “vive” na Igreja não pode errar, não pode vacilar, pois que religioso é esse que falha? Que “santo” é esse que tropeça?

Ora, pois, nós jovens que buscamos vivenciar Igreja, realmente temos que ser exemplo para a sociedade, não podemos dizer que somos cristãos católicos e sair por aí fazendo coisas erradas a torto e a direito, temos que nos comportar como filhos de Deus, como pessoas que buscam a santidade, como cristãos dignos de serem chamados de cristãos. Não que para vivermos Igreja, nós precisamos abandonar tudo que fazemos,deixar de ir para tudo o quanto é local que íamos, mas sim, evitar os caminhos do mal, isso quer dizer que se eu gosto de ir para festas, não preciso abdicar isto para ser um católico, mas tenho que abdicar de coisas que eu faria na festa; tenho que pensar no que eu vou fazer lá; se vou beber? Prostituir-me? Se vou brigar? Se vouusar drogas? São estas coisas que nós como jovens católicos temos que abrir mão, nós não precisamos disso para encontrar a felicidade, não é bebendo, se prostituindo, brigando ou se drogando que vamos ser felizes, não é fazendo estas coisas de “baixo” que vamos ser pessoas mais satisfeitas, para muitos talvez estas coisas funcionem com válvula de escape, funcionem como um estimulo para uma vida melhor. Não sabem eles o quanto tão perdendo. E nós como seguidores de Cristo não podemos ir pelo mesmo caminho, não podemos nos entregar a essas coisas de “baixo” como dizia Pe. Léo, nós temos que buscar as coisas do “alto”, temos que buscar as coisas de Deus, não podemos ser “meio cristão”, ser “meio católico”, ou somos ou não somos, não podemos servir a dois deuses, temos que abrir nossos olhos para nossas atitudes.

Então afinal? Podemos errar? Sim! Mas não devemos, não podemos tornar a cair nos mesmos erros, somos humanos, fraquejamos e vacilamos, mas se não buscarmos ser livres do pecado, não estamos fazendo nada. Sim, Jesus nos perdoa, mas assim como está escrito em João 8, 10-11; Erguendo-se, Jesus lhe disse: “Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?” Ela respondeu: “Ninguém Senhor.” Então Jesus lhe disse: “Nem eu te condenarei; vai e não tornes a pecar.”. Assim também fala Jesus para nós: “vai e não tornes a pecar”, então não devemos fazer o oposto, ora, pedir perdão e ser perdoado sempre, parece algo maravilhoso não é? Mas temos que evitar o pecado, temos que evitar as coisas de “baixo” e buscar as coisas do “alto”, temos que fazer a vontade de nosso Senhor.

Quando cair, deve levantar-se e orar, pedir a Deus perdão por ter fraquejado e pedir que Ele envie o seu Espírito Santo para que venha renovar as tuas forças, lhe purificar, lhe acalmar, não deves jamais desistir da caminhada, pois nunca lhe foi dito que ela seria fácil.

Não somos santos, mas temos que buscar a santidade, temos que crê fervorosamente em Jesus Cristo.

“Quem crê no Filho, tem a vida eterna; aquele, porém, que não crer no Filho, não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele.” João 3, 36.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Santo padre Pio de Pietrelcina


Padre Pio nasceu no dia 25 de maio de 1887, em Pietrelcina, Itália. Era filho de Gracio Forgione e de Maria Josefa de Nunzio. No dia seguinte, foi batizado com o nome de Francisco, e mais tarde seria, de fato, um grande seguidor de são Francisco de Assis.
Aos doze anos, recebeu os sacramentos da primeira comunhão e do crisma. E aos dezesseis anos, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, da cidadezinha de Morcone, onde vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, em 1907, a dos votos solenes.
Depois da ordenação sacerdotal, em 1910, no Convento de Benevento, padre Pio, como era chamado, ficou doente, tendo de voltar a conviver com sua família para tratar sua enfermidade, e lá permaneceu até o ano de 1916. Quando voltou, nesse ano, foi mandado para o Convento de São João Rotondo, lugar onde viveu até a morte.
Padre Pio passou toda a sua vida contribuindo para a redenção do ser humano, cumprindo a missão de guiar espiritualmente os fiéis e celebrando a eucaristia. Para ele, sua atividade mais importante era, sem dúvida, a celebração da santa missa. Os fiéis que dela participavam sentiam a importância desse momento, percebendo a plenitude da espiritualidade de padre Pio. No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar sofrimentos e misérias de tantas famílias, fundando a “Casa Sollievo della Sofferenza”, ou melhor, a “Casa Alívio do Sofrimento” em 1956.
Para padre Pio, a fé era a essência da vida: tudo desejava e tudo fazia à luz da fé. Empenhou-se, assiduamente, na oração. Passava o dia e grande parte da noite conversando com Deus. Ele dizia: “Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-lo. A oração é a chave que abre o coração de Deus”. Também aceitava a vontade misteriosa de Deus em nome de sua infindável fé. Sua máxima preocupação era crescer e fazer crescer na caridade. Por mais de cinqüenta anos, acolheu muitas pessoas, que dele necessitavam. Era solicitado no confessionário, na sacristia, no convento, e em todos os lugares onde pudesse estar todos iam buscar seu conforto, e o ombro amigo, que ele nunca lhes negava, bem como seu apoio e amizade. A todos tratou com justiça, lealdade e grande respeito.
Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da alma, em razão de sua enfermidade e, ao longo de vários anos, suportou com serenidade as dores das suas chagas.
Quando seu serviço sacerdotal foi posto em dúvida, sendo investigado, padre Pio sofreu muito, mas aceitou tudo com profunda humildade e resignação. Diante das acusações injustificáveis e calúnias, permaneceu calado, sempre confiando no julgamento de Deus, dos seus superiores diretos e de sua própria consciência. Muito consciente dos seus compromissos, aceitava todas as ordens superiores com extrema humildade. E encarnava o espírito de pobreza com seriedade, com total desapego por si próprio, pelos bens terrenos, pelas comodidades e honrarias. Sua predileção era a virtude da castidade.
Desde a juventude, sua saúde sempre inspirou cuidados e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. Padre Pio faleceu no dia 23 de setembro de 1968, aos oitenta e um anos de idade. Seu funeral caracterizou-se por uma multidão de fiéis, que o consideravam santo.
Nos anos que se seguiram à sua morte, a fama de santidade e de milagres foi crescendo cada vez mais, tornando-se um fenômeno eclesial, espalhado por todo o mundo. No ano 1999, o papa João Paulo II declarou bem-aventurado o padre Pio de Pietrelcina, estabelecendo no dia 23 de setembro a data da sua festa litúrgica. Depois, o mesmo sumo pontífice proclamou-o santo, no ano 2002, mantendo a data de sua tradicional festa.
Santo Padre Pio, rogai por nós!

A favor dos homens

Quando falamos da vocação sacerdotal, sempre consideramos a sua grandeza, sua dignidade, sua singularidade. E tudo isso é bem verdade. Pois se padre é realmente algo muito grande. Quem recebe o sacerdócio recebe uma dignidade que está acima dos anjos. Quem é escolhido, é objeto de um amor todo especial, todo singular. Mas, quando refletimos sobre a vocação, precisamos nos lembrar de algo mais e sobre isso é que gostaria de refletir. Nosso mesmo, na vocação, há muito pouco, ou quase nada, pois, é Deus que nos escolhe, e nos escolhe, não por causa de nossas qualidades, mas por sua imensa caridade. Deus escolhe instrumentos pobres, inadequados, para fazer brilhar o seu poder e sua misericórdia. Mais ainda, se nos pautamos pelo que S. Paulo nos diz, temos que tirar como conclusão que somos os seres mais miseráveis, as pessoas mais limitada, não valemos nada, e por isso, Deus nos escolheu. Quem na tiver consciência de seu nada, não entendeu ainda o que é ter vocação. Deus nos escolheu, sendo miseráveis como somos e nos cumulou de dons de graças. Então podemos pensar que, enfim, somos alguma coisa? Não, não. Tudo o que Deus nos deu não é nosso, pois foi-nos dado a favor dos homens. Deus quer que multipliquemos os dons que Ele nos deu, em beneficio de nossos irmãos, em favor das almas. Portanto longe do padre, do seminarista, do vocacionado ficar se esnobando com suas qualidades. Se Deus nos fez tão grandes como sacerdote, é para que sirvamos à Igreja, às almas, guiar os homens para Deus. Se agimos na Pessoa de Cristo é que desapareça nossa própria pessoa e através de nós e em nós brilhe cada vez mais Jesus Cristo.
Somos felizes porque não temos nem somos nada por nós mesmo. Se algo há de grande em nós, e, de fato, há, é a parte de Deus, que escolhe o que há de mais fraco e desprezível...

Pe. Gaspar Samuel Coimbra Pelegrini, Reitor do seminário.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Modéstia e recolhimento na assistência ao Santo Sacrifício da Missa

Uma mulher, que entra na Igreja com um traje imodesto e chamativo, atrai para si todos os olhares, e queira Deus não atraia também os corações, arrebatando ao Senhor as devidas adorações.
     Não é preciso excitar as pessoas a assistir todos os dias à Santa Missa; já são por demais levadas a frequentar as igrejas. O importante será fazer-lhes compreender com que modéstia e respeito devem portar-se na casa de Deus, especialmente quando se celebra a Santa Missa.
     Tanto mais me edificam senhoras da nobreza e princesas que só aparecem diante dos altares vestidas com simplicidade, sem luxo nem elegâncias refinadas, quanto me escandalizam certas pretensiosas que, com os seus penteados ridículos e ares de actrizes, assumem poses de deusas no lugar santo.
     A bem-aventurada Ivete teve, certo dia, uma visão, que devia inspirar a essas pessoas o temor respeitoso e reverente da Santa Missa. Ao assistir ao Santo Sacrifício, viu essa nobre flamenga um espectáculo terrível. Perto dela estava uma dama distinta, cujo olhar se fixava aparentemente no altar; mas não era para seguir o Santo Sacrifício, nem para adorar o Santíssimo Sacramento que ia receber; mas sim para satisfazer uma paixão impura.
     À volta dela apresentou-se um grande número de demônios que dançavam e se expandiam em demonstrações de regozijo.Quando se levantou para se dirigir à mesa sagrada, uns dos demônios seguraram-lhe a cauda do vestido, outro ofereceu-lhe o braço enquanto ainda outros serviam-lhe de corte e prestavam-lhe vassalagem como se fosse a sua senhora.
     No momento em que o sacerdote descia do altar com a Sagrada Hóstia na mão a fim de dar a Santa Comunhão àquela infeliz, pareceu à Bem-aventurada Ivete que o Salvador abandonava as santas espécies e voltava para o Céu, repugnando-Lhe entrar num coração tão rodeado de espíritos das trevas.
      Aterrorizada por semelhante visão, tão impressionante, a Bem-aventurada Ivete dirigia humildes preces a Nosso Senhor, que lhe revelou a causa de tudo aquilo; fazendo-a ver que aquela mulher alimentava uma paixão desordenada por uma pessoa que se encontrava próxima do altar; e que durante toda a Santa Missa, em vez de se ocupar dos Santos mistérios a contemplava com olhares impuros, desejando mais agradar-lhe do que agradar a Deus. Por isso rodeavam-na os demônios e serviam-lhe de corte.
     Dir-me-eis que não sois do número dessas infelizes criaturas; creio com agrado e boa vontade. Se, entretanto, ides à Igreja com trajes dignos de escândalo, mereceis todas as censuras e reprovações. Ao procederdes desse modo, transformais o templo sagrado em covil de ladrões e salteadores; já que roubais a Deus a honra, pelas distrações que provocais nos sacerdotes, nos sagrados ministros e em todo o povo.
     Cuidai e tende pressa em considerar e tomar a resolução de imitar Santa Isabel da Hungria. Para assistir ao Santo Sacrifício da Missa, esta piedosa rainha dirigia-se com grande pompa à Igreja. Mas, ao iniciarem-se os divinos mistérios, tirava da cabeça a coroa e os anéis dos dedos; depunha os seus adornos e cobria-se com um véu, ficando em atitude tão modesta que nunca foi vista desviar sequer os olhos do altar, onde estavam fixos. Tudo isto agradou de tal modo a Deus que quis manifestá-lo a todos: durante a Santa Missa, Isabel aparecia resplandecente de luz; envolta em tanta claridade que se velavam de deslumbramento os olhos dos assistentes. Parecia-lhes contemplar um anjo do Paraíso.
     Imitai exemplo tão ilustre, certas de que agradareis a Deus e aos homens, e de que a Santa Missa será para vós de muito proveito: nesta vida e na outra.

(São Leonardo de Porto Maurício, "As excelências da Santa Missa")

Fonte: http://cmmnamodestia.blogspot.com/2011/04/modestia-e-recolhimento-na-assistencia.html

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

São Mateus

São MateusA Igreja celebra hoje, de forma especial, a vida de São Mateus apóstolo e evangelista, cujo nome antes da conversão era Levi. Morava e trabalhava como coletor de impostos em Cafarnaum, na Palestina. Quando ouviu a Palavra de Jesus: "Segue-me" deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã!

Mateus era um rico coletor de impostos e respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. Encontramos no Evangelho de São Lucas a pessoa de Mateus que prepara e convida o Mestre para a grande festa de despedida em sua casa. Assim, uma numerosa multidão de publicanos e outros tantos condenados aos olhos do povo, sentaram-se à mesa com ele e com Àquele que veio, não para os sãos, mas sim para os doentes; não para os justos, mas para os pecadores. Chamando-os à conversão e à vida nova.

Por isso tocado pela misericórdia Daquele a quem olhou e amou, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro fazendo o bem.

É no Evangelho de Mateus que contemplamos mais amplamente trechos referentes ao uso do dinheiro, tais como:
"Não ajunteis para vós, tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem." e ainda:"Não podeis servir a Deus e ao dinheiro." 

Com Judas, porém, ficou o encargo de "caixa" da pequena comunidade apostólica que Jesus formava com os seus. Mateus deixa todo seu dinheiro para seguir a Jesus, e Judas, ao contrário, trai Jesus por trinta moedas!

Este apóstolo a quem festejamos hoje com toda a Igreja, cujo significado do nome é Dom de Deus, ficou conhecido no Cristianismo nem tanto pela sua obra missionária no Oriente, mas sim pelo Evangelho que guiado pelo carisma extraordinário da inspiração pôde escrever, entre 80-90 na Síria e Palestina, grande parte da vida e ensinamentos de Jesus. Celebramos também seu martírio que acabou fechando com a palma da vitória o testemunho deste apóstolo, santo e evangelista.

São Mateus, rogai por nós!

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/liturgia/santo/

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Missa Tridentina - São Pio V

A missa tridentina, também chamada missa tradicional ou missa de São Pio V é uma Missa celebrada em latim, de acordo com as formas sucessivas do Missal Romano tal como foi promulgado em 5 de Dezembro de 1570 por S. Pio VEsta missa é denominada por alguns de missa de sempre, em razão de o rito referir-se aos primórdios do cristianismo.
A Missa Tridentina - São Pio V ( Parte 1 de 3)


A Missa Tridentina - São Pio V ( Parte 2 de 3)



                        A Missa Tridentina - São Pio V ( Parte 3 de 3)





sábado, 17 de setembro de 2011

"Gigante Adormecido"


O episódio de hoje vem em resposta as várias perguntas recebidas após o episódio da semana passada: "Legalização do aborto no Brasil".

Muitos nos escreveram perguntando: O que nós católicos podemos fazer?

Primeiro, é necessário dar-nos conta que somos um "Gigante Adormecido" que se acordado tem mais força do que qualquer instituição, partido ou grupo de pessoas.

Segundo, perceber que dentro da Igreja existem muitos lobos em pele de cordeiro. Que querem nos convencer que nada podemos fazer diante do mal que se aproxima. Traidores de Cristo e de sua Igreja.

Terceiro, devemos nos unir ao redor de Pedro, o Santo Padre Bento XVI. Ele é o nosso ponto de união. Devemos seguir a sua voz que já nos enviou em missão contra às forças da morte.

Nossa mensagem é para todos: cardeais, bispos, padres, diáconos, religiosos, religiosas e leigos.

Somos a força mais impressionante e poderosa deste mundo. Somos o Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo. Somos Católicos!!!

http://padrepauloricardo.org

O ROSÁRIO meio fácil e seguro de salvação


Por especial desígnio da infinita misericórdia de Deus, Maria Santíssima revelou ao grande São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Dominicanos, um meio fácil e seguro de salvação: o santo Rosário.

Sempre que os homens o utilizam, tudo floresce na Igreja, na terra passa a reinar a paz, as famílias vivem em concórdia e sao domingos de gusmao.jpgos corações são abrasados de amor a Deus e ao próximo.
Quando dele se esquecem, as desgraças se multiplicam, implanta-se a discórdia nos lares, o caos se estabelece no mundo...

A Ave-Maria, base do Novo Testamento

São Domingos viveu numa época de grandes tribulações para a Igreja.
A terrível heresia dos albigenses se espalhara no sul da França e ameaçava toda a Europa. A profunda corrupção moral dela decorrente abalava os fundamentos da própria sociedade temporal.
Por meio de ardorosas pregações, durante anos tentou ele reconduzir ao seio da Igreja aqueles infelizes que se tinham desviado da verdade. Mas suas eloqüentes e inflamadas palavras não conseguiam penetrar aqueles corações empedernidos e entregues aos vícios.
O Santo intensificou suas orações...
Aumentou suas penitências... Fundou um instituto religioso para acolher os convertidos... De pouco ou nada adiantaram seus esforços. As conversões eram poucas e de efêmera duração.
O que fazer? Certo dia, decidido a arrancar de Deus graças superabundantes para mover à conversão aquelas almas, Frei Domingos entrou numa floresta perto de Toulouse e entregou-se à oração e à penitência, disposto a não sair dali sem obter do Céu uma resposta favorável.
Após três dias e três noites de incessantes súplicas, quando as forças físicas já quase o abandonavam, apareceu- lhe a Virgem Maria, dizendo com inefável suavidade: - Meu querido Domingos, sabes de que meio se serviu a Santíssima Trindade para reformar o mundo? - Senhora, sabeis melhor do que eu, porque, depois de vosso Filho Jesus Cristo, fostes Vós o principal instrumento de nossa salvação.
- Eu te digo, então, que o instrumento mais importante foi a Saudação Angélica, a Ave-Maria, que é o fundamento do Novo Testamento. E, portanto, se queres ganhar para Deus esses corações endurecidos, reza meu Rosário.

Raios e trovões para reforçar a pregação

ter?o_A.jpgCom novo ânimo, o zeloso Dominicano dirigiu-se imediatamente à Catedral de Toulouse, para fazer uma pregação.
Mal ele transpôs a porta do templo, os sinos começaram a repicar, por obra dos anjos, para reunir os habitantes da cidade.
Assim que ele começou a falar, nuvens espessas cobriram o céu e desabou uma terrível tempestade, com raios e trovões, agravada por um apavorante tremor de terra.
O pavor dos assistentes aumentou quando uma imagem de Nossa Senhora, situada em local bem visível, levantou os braços três vezes para pedir a Deus vingança contra eles, se não se convertessem e pedissem a proteção de sua Santíssima Mãe.
O santo Pregador implorou a misericórdia de Deus, e a tempestade cessou, permitindo-lhe falar com toda calma sobre as maravilhas do Rosário.
Os habitantes de Toulouse arrependeram- se de seus pecados, abandonaram o erro, e começaram a rezar o Rosário.
Em conseqüência, grande foi a mudança dos costumes nessa cidade.
A partir de então, São Domingos, em seus sermões, passou a pregar a devoção ao Rosário, convidando seus ouvintes a rezá-lo com fervor todos os dias. Assim, obteve que a misericórdia de Nossa Senhora envolvesse as almas e as transformasse profundamente.
Maria foi a verdadeira vencedora dos erros dos albigenses.

Um sermão escrito pela Santíssima Virgem

Relata o Beato Alano uma aparição de São Domingos, na qual este lhe narrou o seguinte episódio: Rezando o Rosário,ter?o.jpgestava ele preparandose para fazer na Catedral de Notre Dame de Paris um sermão sobre São João Evangelista. Apareceu-lhe então Nossa Senhora e lhe entregou um pergaminho, dizendo: "Domingos, por melhor que seja o sermão que decidiste pregar, trago aqui outro melhor".
Muito contente, leu o pergaminho, agradeceu de todo coração a Maria e se dirigiu ao púlpito para começar a pregação. Diante dele estavam os professores e alunos da Universidade de Paris, além de grande número de pessoas de importância.
Sobre o Apóstolo São João, apenas afirmou o quanto este merecera ter sido escolhido para guardião da Rainha do Céu. Em seguida, acrescentou: "Senhores e mestres ilustres, estais acostumados a ouvir sermões elegantes e sábios, porém, eu não quero dirigir-vos as doutas palavras da sabedoria humana, mas mostrar-vos o Espírito de Deus e sua virtude".
E então São Domingos passou a explicar a Ave-Maria, como lhe tinha ensinado Nossa Senhora, comovendo assim, profundamente, aquele auditório de homens cultos.

O Beato Alano de la Roche

As próprias graças e milagres concedidos por Deus através da recitação do Rosário encarregaram-se de propagá- lo por toda parte, tornando-se esta a devoção mais querida dos fiéis cristãos.
Enquanto ela foi praticada, a piedade florescia nas Ordens religiosas e no mundo católico.
Mas, cem anos depois de ter sido divulgada por São Domingos, já ela havia caído quase no esquecimento. Como conseqüência, multiplicaram-se os males sobre a Cristandade: a peste negra devastou a Europa, dizimando um terço da população, surgiram novas heresias, a Guerra dos Cem Anos espalhou desordens por toda parte, e o Grande Cisma do Ocidente dividiu a Igreja durante longo período.
Para atalhar o mal e, sobretudo, preparar a Igreja para enfrentar os embates futuros, suscitou Deus o Beato Alano de la Roche, da Ordem Dominicana, com a missão de restaurar o antigo fervor pelo Rosário.
Um dia em que ele celebrava Missa, em 1460, perguntou-lhe Nosso Senhor: "Por que me crucificas tu de novo? E me crucificas, não só por teus pecados, mas ainda porque sabes quanto é necessário pregar o Rosário e assim desviar muitas almas do pecado. Se não o fazes, és culpado dos pecados que elas cometem".
MAOS DE NOSSA SENHORA COM O TER?O.jpgA partir de então, o Beato Alano tornou-se um incansável divulgador desta devoção, e assim converteu grande número de almas.

Fator decisivo de grandes vitórias

Foi, sobretudo, nos momentos de grandes perigos e provações para a Igreja, que o Rosário teve um papel decisivo, propiciou a perseverança dos católicos na Fé e levantou uma barreira contra o mal.
Ao ver a Europa ameaçada pelos exércitos do império otomano, que avançavam por mar e por terra, devastando tudo e perseguindo os cristãos, o Papa São Pio V mandou rezar o Rosário em toda a Cristandade, implorando a proteção de Nossa Senhora. Ao mesmo tempo, com o auxílio da Espanha e de Veneza, reuniu uma esquadra no Mar Mediterrâneo para defender os países católicos.
A sete de outubro de 1571, a frota católica encontrou a poderosa esquadra otomana no golfo de Lepanto. E apesar da superioridade numérica do adversário, os cristãos saíram triunfantes, afastando definitivamente o risco de uma invasão.
Antes de travar-se o combate, todos os soldados e marinheiros católicos rezaram o Rosário com grande devoção.
A vitória, que parecia quase impossível, deveu-se à proteção da Virgem Santíssima, a qual - segundo testemunho dado pelos próprios muçulmanos - apareceu durante a batalha, infundindo- lhes grande terror.
No século XVIII, para comemorar a vitória do Príncipe Eugênio de Saboya sobre o exército otomano, devida também à eficácia do Rosário, o Papa Clemente XI ordenou que a festa de Nossa Senhora do Rosário fosse celebrada universalmente.

São Luís Grignion de Montfort

A Igreja seria ainda sacudida por muitas tempestades.
Visando fortalecer seus filhos e prepará- los para suportar as grandes provações futuras, suscitou Deus uma alma de fogo com a missão de reacender a chama da devoção ao Rosário, o qual mais uma vez tinha caído no esquecimento. São Luís Maria Grignion de Montfort, o grande doutor da devoção à Mãe de Deus, exerceu sua missão profética um século antes da Revolução Francesa. As regiões nas quais se deram ouvidos à sua pregação foram as que melhor resistiram aos erros de sua época e conservaram íntegra a Fé.

Fátima, 1917: "Sou a Senhora do Rosário"

NOSSA SENHORA DE FATIMA COM VEU.....jpgJá no século XX, quando a Primeira Guerra Mundial estava em seu auge, Nossa Senhora veio, Ela mesma, em pessoa, lembrar aos homens que a solução para seus males estava ao alcance das mãos, nas contas do Rosário: "Rezai o Terço todos os dias para alcançar a paz e o fim da guerra", repetiu Ela maternalmente aos três pastorzinhos, em Fátima.
Na última aparição, em outubro de 1917, a Virgem Maria disse quem era: "Sou a Senhora do Rosário". E para atestar a autenticidade das aparições e a importância do Rosário, operou um milagre de grandeza nunca vista, presenciado pela multidão de 70.000 pessoas que estavam no local: o sol girou no céu, ao meio-dia, parecendo precipitar- se sobre a terra, retomando depois sua posição habitual no firmamento.
Milagres dessa magnitude, só no Antigo Testamento encontramos. Mas nem assim o mundo deu ouvidos à Mãe de Deus. E nunca se abateram sobre a Terra tantas desgraças, nunca houve tantas guerras, nunca a desagregação moral chegou tão baixo.
Entretanto, o meio de obter a paz para o mundo, para as famílias, para os corações, continua ao alcance de nossas mãos, nas contas benditas do Rosário, que Maria Santíssima trazia suspenso de seu braço quando apareceu em Fátima.

Salvou-se porque levava o Terço à cintura

Não é possível expressar quanto a Santíssima Virgem estima o Rosário sobre todas as demais devoções, e como é generosa em recompensar os que trabalham para divulgá-lo.
Conta São Luís de Montfort o caso de Afonso IX, Rei de León, a quem Nossa Senhora protegeu particularmente, pelo simples fato de portar o Rosário à cintura.
Desejando que os seus súditos honrassem a Santíssima Virgem, e para animá-los com seu exemplo, ocorreu a esse monarca portar ostensivamente um grande Rosário, ainda que não o rezasse.
Isto bastou para incentivar os seus cortesãos a rezá-lo devotamente.
Algum tempo depois, o rei ficou às portas da morte, acometido por uma grave enfermidade. Foi então transportado em espírito ao tribunal de Deus, onde os demônios o acusaram de todos os seus crimes. E quando ia ser condenado às penas eternas, apresentou- se em sua defesa a Santíssima Virgem diante de Jesus.
Num prato da balança, foram colocados os pecados do Rei. No outro, a Virgem Maria colocou o grande Rosário que ele portara em honra d'Ela, juntamente com os Rosários que, devido ao seu exemplo, haviam rezado outras pessoas, e estes pesavam mais que todos os pecados por ele cometidos.
Depois, Maria Santíssima, olhando com misericórdia para o Rei, disse: "Consegui de meu Filho, como recompensa pelo pequeno serviço que Me fizeste, levando à cintura o Rosário, o prolongamento de tua vida por mais uns anos. Emprega-os bem, e faz penitência".
Voltando a si, o rei exclamou: "Oh! Bendito Rosário da Santíssima Virgem, por ele é que fui livre da condenação eterna!" E, recuperando a saúde, passou a rezar o Rosário todos os dias até o fim da vida.
A palavra do Papa, porta-voz de Jesus
"O Rosário transporta-nos misticamente para junto de Maria (...) para que Ela nos eduque e nos plasme até que Cristo rezando o ter?o_a.jpgesteja formado em nós plenamente" - ensina o Papa João Paulo II. E acrescenta: "Nunca, como no Rosário, o caminho de Cristo e o de Maria aparecem unidos tão profundamente. Maria só vive em Cristo e em função de Cristo".
Recordemos suas inspiradas palavras na Carta Apostólica "Rosarium Virginis Mariæ": "O Rosário acompanhou-me nos momentos de alegria e nas provações.
A ele confiei tantas preocupações; nele encontrei sempre conforto. O Rosário é minha oração predileta. Oração maravilhosa! "Ó Rosário bendito de Maria, doce cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos Anjos, torre de salvação contra os assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio geral! "Não te deixaremos nunca mais! "Serás o nosso conforto na hora da agonia. Seja para ti o último ósculo da vida que se apaga. E a última palavra dos nossos lábios há de ser o vosso nome suave, ó Rainha do Rosário, ó nossa Mãe querida, ó Refúgio dos pecadores, ó soberana JOAO PAULO II.jpgconsoladora dos tristes. Sede bendita em toda parte, hoje e sempre, na terra e no Céu. Amém."

Nunca deixe de rezá-lo!

Sim, acatando fielmente essa exortação do Papa, nunca deixe de rezar o Rosário, sob pretexto de ter muitas distrações involuntárias, falta de gosto em rezá-lo, muito cansaço, insuficiência de tempo, ou qualquer outro. Para rezar bem o Rosário, não é necessário sentir gosto, ter consolações, nem conseguir uma aplicação contínua da imaginação.
Bastam a fé pura e a boa intenção.
E veja quantos benefícios nos proporciona a recitação do Rosário! • Eleva-nos ao conhecimento perfeito de Jesus Cristo.
• Purifica nossas almas do pecado.
• Faz-nos vitoriosos contra todos os nossos inimigos.
• Torna-nos fácil a prática das virtudes.
• Abrasa-nos no amor de Jesus Cristo.
• Enriquece-nos de graças e méritos.
• Fornece-nos os meios de pagar todas as nossas dívidas com Deus e com os homens.

A tudo isso, acrescenta São Luís Maria Grignion de Montfort: — “Ainda que te encontres à beira do abismo ou já com um pé no inferno ainda que estejas endurecido e obstinado como um demônio, cedo ou tarde te converterás e salvarás, contanto que rezes devotamente todos os dias o santo Rosário, para conhecer a verdade e obter a contrição e o perdão de teus pecados”.

(Revista Arautos do Evangelho, Out/2004, n. 34, p. 34 a 38)   

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Nossa Senhora das Dores


Rememorando com piedade os sofrimentos que por nossa salvação padeceu a 
Virgem Maria, recebemos de Deus grandes graças e benefícios. E cumprimos
um preceito do Espírito Santo:  "Não te esqueças dos gemidos de tua mãe"
É impossível não sentir profunda emoção ao contemplar alguma expressiva imagem da Mater Dolorosa e meditar estas palavras do Profeta Jeremias, que a piedade católica aplica à Mãe de Deus: "Ó vós todos que passais pelo caminho, parai e vede se há dor semelhante à minha dor" (Lm 1, 12). A esta mediNossa Senhora das Dores_B.jpgtação nos convida a Liturgia do dia 15 deste mês, dedicado a Nossa Senhora das Dores. Antes de fazer parte da liturgia, as dores de Maria Santíssima foram objeto de particular devoção.
Os primeiros traços deste piedosa devoção encontram-se nos escritos de Santo Anselmo e de muitos monges beneditinos e cistercienses, tendo nascido da meditação da passagem do Evangelho que nos mostra a dulcíssima Mãe de Deus e São João aos pés da Cruz do divino Salvador.
Foi a compaixão da Virgem Imaculada que alimentou a piedade dos fiéis. Somente no século XIV, talvez opondo-se às cinco alegrias de Nossa Senhora, foi que apareceram as cinco dores que variariam de episódios:
1. A profecia de Simeão
2. A perda de Jesus em Jerusalém
3. A prisão de Jesus
4. A paixão
5. A morte
Logo este número passou para dez, mesmo quinze, mas o número sete foi o que prevaleceu. Assim, temos as sete horas, uma meditação das penas de Nossa Senhora, durante a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo:
Matinas - A prisão e os ultrajes
Prima - Jesus diante de Pilatos
Terça - A condenação
Sexta - A crucifixão
Nona - A morte
Vésperas - A descida da cruz
Completas - O sepultamento
As chamadas Sete Espadas desenvolvem-se por circunstâncias escolhidas dentre as da vida da Santíssima Virgem:
Primeira Espada: Outra não é que a da profecia de Simeão.
Segunda Espada: O massacre dos inocentes, a mandado de Herodes.
Terceira Espada: A perda de Jesus em Jerusalém, quando o Salvador então contava doze anos de idade, feito homem.
Quarta Espada: A prisão de Jesus e os julgamentos iníquos, pelos quais passou.
Quinta Espada: Jesus pregado na Cruz entre os dois ladrões e a morte.
Sexta Espada: A descida da Cruz.
Sétima Espada: A sepultura de Jesus
As sete tristezas de Nossa Senhora formam uma série um pouco diferente:
1. A profecia de Simeão
2. A fuga para o Egito
3. A perda de Jesus Menino, depois encontrado no Templo
4. A prisão e a condenação
5. A Crucifixão e a morte
6. A descida da Cruz
7. A tristeza de Maria, ficando na terra depois da Ascensão.
Este total de sete, que os simbolistas cristãos tanto amam, impunha uma escolha entre os episódios da vida da Santíssima Virgem, por isso que se explicam certas diferenças. A série que acabou por dominar é a seguinte:
1. A profecia de Simeão
Havia então em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem (era) justo e temente (a Deus), e esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte, sem ver primeiro Cristo (o ungido) do Senhor. Foi ao templo (conduzido) pelo Espírito de Deus. E levando os pais, o Menino Jesus, para cumprirem as prescrições usuais da lei a seu respeito, ele o tomou em seus braços, e louvou a Deus, dizendo:
- Agora, Senhor, podes deixar partir o teu servo em paz, segundo a tua palavra; Porque os meus olhos viram tua salvação. A qual preparaste ante a face de todos os povos; luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo.
Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam. E Simeão os abençoou, e disse a Maria, sua Mãe:
- Eis que este Menino esta posto para ruína e para ressurreição de muitos em IsraelNossa Senhora das Dores_A.jpg, e para ser alvo de contradição. E uma espada trespassará a tua alma, a fim de se descobrirem os pensamentos escondidos nos corações de muitos. (Lc. 2, 25-35)
2. A fuga para o Egito
Então Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles cuidadosamente acerca do tempo em que lhes tinha aparecido a estrela; e, enviando-os a Belém, disse:
- Ide e informai-vos bem acerca do menino, e, quando o encontrardes, comunicai-mo, a fim de que também eu o vá adorar.
Eles, tendo ouvido as palavras do rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente. Ia adiante deles, até que, chegando sobre onde estava o menino, parou. Vendo (novamente) a estrela, ficaram possuídos de grandíssima alegria. E, entrando na casa, viram o Menino com Maria, sai mãe e, prostrando-se o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofereceram-lhe presentes, ouro, incenso e mirra. E, avisados por Deus em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, e lhe disse:
- Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para lhe tirar a vida. E ele, levantando-se de note, tomou o menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito; e lá esteve até a morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor, por meio do profeta que disse: Do Egito chamei o meu Filho (Mt. 2. 7-15)
3. A perda de Jesus em Jerusalém
Seus pais iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando chegou aos doze anos, indo eles a Jerusalém segundo o costume daquela festa, acabados os dias (que ela durava), quando voltaram, ficou o Menino Jesus em Jerusalém, sem que seus pais o advertissem. Julgando que ele fosse na comitiva, caminharam uma jornada, e (depois) procuraram-no entre os parentes e conhecidos. Não o encontrando, voltaram a Jerusalém em busca dele. Aconteceu que, três dias depois, encontraram-no no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que ouviam, estavam maravilhados da sua sabedoria e das suas respostas. Quando o viram, admiraram-se. E sua Mãe disse-lhe:
- Filho, por que procedeste assim conosco? Eis que teu pai e eu te procurávamos cheios de aflição. Ele lhes disse:
- Para que me buscáveis? Não sabíeis que devo ocupar-me nas coisas de meu Pai? Eles, porém, não entenderam o que lhes disse (Lc. 2, 41-50)
4. O encontro de Jesus no caminho do Calvário
Quando o iam conduzindo, agarraram um certo (homem chamado) Simão Cireneu, que voltava do campo; e puseram a cruz sobre ele, para que a levasse após Jesus. Seguia-o uma grande multidão de povo e de mulheres as quais batiam no peito, e o lamentavam. Porém, Jesus, voltando-se para elas, disse:
- Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos. Porque eis que virá tempo em que se dirá: Ditosas as estéreis, e (ditosos) os seios que não geraram, e os peitos que não amamentaram. Então começarão (os homens) a dizer aos montes: Cai sobre nós, e aos outeiros: Cobri-nos (Os. 10, 8): Porque, se isto se faz no lenho verde, que se fará no seco: (Lc. 23, 26-31)
5. A crucifixão
Então, entregou-lhe para que fosse crucificado. Tomaram, pois Jesus, o qual, levando a sua cruz, saiu para o lugar que se chama Calvário, e em hebraico Gólgota, onde o crucificaram, e com ele outros dois, um de um lado, outro de outro lado, e Jesus no meio. Pilatos escreveu um título, e o pôs sobre a Cruz. Estava escrito nele: JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS.
Muitos dos judeus leram este título, porque estava perto da cidade o lugar onde Jesus foi crucificado. Estava escrito em hebraico, em latim e em grego. Diziam, porém, a Pilatos, os pontífices dos judeus:
- Não escrevas reis dos Judeus, mas o que ele disse? Eu sou o Rei dos Judeus. Respondeu Pilatos:
- O que escrevi, escrevi.

         Os soldados, pois, depois de terem crucificado Jesus tomaram os seus vestidos (e fizeram dele quatro partes, uma para cada soldado) e a túnica. A túnica, porMater Dolorosa.jpgém, não tinha costura, era toda tecida de alto a baixo, Disseram, pois, uns para os outros:
- Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver a quem tocará.
Cumpriu-se deste modo a Escritura, que diz: Repartiram os meus vestidos entre si, e lançaram sortes sobre a minha túnica (S. 21, 19). Os soldados assim fizeram. Entretanto, estavam de pé junto à cruz de Jesus, sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cleofas, e Maria Madalena. Jesus, vendo sua Mãe, e junto dela o discípulo que ele amava, disse a sua Mãe:
- Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo:
- Eis aí a tua Mãe. E, desta hora por diante, levou-a o discípulo para sua casa.Em seguida, sabendo Jesus que tudo estava consumado para se cumprir a Escritura, disse:
- Tenho sede.
Tinha sido ali posto um vaso cheio de vinagre. Então (os soldados), ensopando no vinagre uma esponja, e atando-a a uma cana de hissopo, chegaram-lha à boca. Jesus tendo tomado o vinagre, disse:
- Tudo está consumado. E inclinando a cabeça, rendeu o espírito (Jo 19, 16-30)
6. A descida da Cruz
Então um homem chamado José, que era membro do Sinédrio, varão bom e justo, o qual não tinha concordado com a determinação dos outros, nem com os seus atos, (oriundo) de Arimatéia, cidade da Judéia, que também esperava o reino de Deus, foi ter com Pilatos, e pediu-lhe o corpo de Jesus: e, tendo-o descido (da Cruz), envolveu-o num lençol. (Lc 23, 50-53).
7. O sepultamento
Ora, no lugar em que Jesus foi crucificado, havia um horto e no horto um sepulcro novo, em que ninguém ainda tinha sido sepultado. Por ser o dia da Parasceve dos Judeus, visto que o sepulcro estava perto, depositaram aí Jesus (Jo 19, 41-42)
No século XV, o século que conheceu a grande cintilação da devoção a Nossa Senhora das Sete Dores, foi que surgiram os mais tocantes testemunhos daquela devoção nas artes. E os artistas, sempre a procura de episódios que mais tocassem a sensibilidade dos cristãos, acabaram por trazer, com predileção, o que deveria ser o mais doloroso da vida de nossa Mãe Bendita - o momento, pungente em que, desligado da Cruz, o Salvador, inerte, pousara sobre os puros joelhos da Senhora. (Vida dos Santos, Padre Rohbacher)
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