segunda-feira, 21 de novembro de 2011

No Benin o Papa propõe programa de vida para sacerdotes, religiosos e leigos


No seminário de São Galo, na cidade de Ouidah (Benin), o Papa Bento XVI propôs magistralmente um programa de vida para todos os sacerdotes, seminaristas, religiosos e leigos da Igreja, alentando a todos a viver santamente no amor.

Logo após reunir-se com o presidente do Benin e depois de rezar ante a tumba do seu amigo o Cardeal Bernardin Gantin, o Santo Padre agradeceu aos presentes por seu compromisso diante das dificuldades que enfrentam.
Seguidamente propôs um programa de vida para cada uma das vocações que os fiéis podem seguir na Igreja começado pelos sacerdotes.

O Papa recordou que "a responsabilidade de promover a paz, a justiça e a reconciliação diz-vos respeito de modo muito particular. De facto, em virtude da Ordem Sacra recebida e dos Sacramentos celebrados, sois chamados a ser homens de comunhão. Tal como o cristal não retém a luz, mas reflecte-a dando-a novamente, assim também o sacerdote deve deixar transparecer aquilo que celebra e aquilo que recebe".

"Por isso, animo-vos a deixar transparecer Cristo na vossa vida, graças a uma autêntica comunhão com o Bispo, a uma bondade real com os vossos irmãos no sacerdócio, a uma profunda solicitude por cada baptizado e a uma grande atenção a toda a pessoa. Por isso, animo-vos a deixar transparecer Cristo na vossa vida, graças a uma autêntica comunhão com o Bispo, a uma bondade real com os vossos irmãos no sacerdócio, a uma profunda solicitude por cada batizado e a uma grande atenção a toda a pessoa".

Finalmente os exortou a "não subestimar a grandeza insondável da graça divina em vós depositada e que vos torna capazes de viver ao serviço da paz, da justiça e da reconciliação".

Aos religiosos e religiosas, o Santo Padre disse que "a vida consagrada é um seguimento radical de Jesus. Que a vossa escolha incondicional de Cristo vos conduza a um amor sem fronteiras pelo próximo! A pobreza e a castidade tornam-vos verdadeiramente livres, para obedecer incondicionalmente ao único Amor que, quando vos conquista, impele-vos a espalhá-lo por todo o lado".

"Pobreza, obediência e castidade aprofundam em vós a sede de Deus e a fome da sua Palavra, que, crescendo, transformam-se em fome e sede de servir o próximo necessitado de justiça, paz e reconciliação. Fielmente vividos, os conselhos evangélicos transformam-vos em irmãos universais e em irmãs de todos e ajudam-vos a avançar com determinação pelo caminho da santidade".

Ao concluir sua reflexão aos religiosos, o Papa disse que "lá chegareis, se, convictos de que para vós viver é Cristo (cf. Flp 1, 21), fizerdes das vossas comunidades reflexos da glória de Deus e lugares onde a única dívida que se tem para com o outro é a do amor recíproco (cf. Rm 13, 8). Através dos vossos carismas específicos, vividos com espírito de abertura à catolicidade da Igreja, podereis contribuir para uma expressão harmoniosa da imensidade dos dons divinos ao serviço de toda a humanidade".

Aos seminaristas Bento XVI exortou a ficar "entrar na escola de Cristo, para adquirirdes as virtudes que vos ajudarão a viver o sacerdócio ministerial como o lugar da vossa santificação. Sem a lógica da santidade, o ministério não passa duma simples função social".

"A qualidade da vossa vida futura depende da qualidade da vossa relação pessoal com Deus em Jesus Cristo, dos vossos sacrifícios, da feliz integração das exigências da vossa formação actual. Diante dos desafios da existência humana, o sacerdote de hoje e de sempre – se quiser ser uma testemunha credível ao serviço da paz, da justiça e da reconciliação – deve ser um homem humilde e equilibrado, sábio e magnânimo". 

"Com a minha experiência de 60 anos de vida sacerdotal, posso confiar-vos, queridos seminaristas, que nunca vos arrependereis dos tesouros intelectuais, espirituais e pastorais que tiverdes acumulado durante a vossa formação", afirmou.

Dirigindo-se logo aos leigos, o Papa Bento XVI disse que "no coração das realidades diárias da vida, exorto a renovardes, também vós, o vosso compromisso pela justiça, a paz e a reconciliação".

"Esta missão exige, em primeiro lugar, fé na família construída segundo o desígnio de Deus e fidelidade à própria essência do matrimônio cristão. Exige também que suas famílias sejam verdadeiras ‘igrejas domésticas’".

O Santo Padre recalcou que "Graças à força da oração, «transforma-se e melhora gradualmente a vida pessoal e familiar, enriquece-se o diálogo, transmite-se a fé aos filhos, aumenta o gosto de estar juntos, e o lar doméstico une-se e consolida-se mais». Fazendo reinar nas vossas famílias o amor e o perdão, contribuireis para a edificação duma Igreja bela e forte e para a instauração de maior justiça e paz na sociedade inteira". 

"Neste sentido, encorajo-vos, queridos pais, a ter um profundo respeito pela vida e a testemunhar diante dos vossos filhos os valores humanos e espirituais". 

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