sábado, 31 de dezembro de 2011

Por que o Papa canta o hino Te Deum no final do ano?


No dia 31 de dezembro é feita as vésperas onde é entoado o canto litúrgico Te Deum
Nas vésperas de fim de ano, mais precisamente no dia 31 de dezembro, o Papa Bento XVI entoa o hino Te Deum laudamus(Nós te louvamos, Deus), um canto cristão antigo que tradicionalmente é cantado como forma de agradecimento pelo ano que passou.  

O hino, que está ligado a cerimônias de agradecimento, também é cantado quando acontece a eleição de um Pontífice ou durante a conclusão de algum Concílio convocado pela Igreja.

“Nós te louvamos, Deus, te proclamamos Senhor. Eterno Pai, toda a terra te adora. A Ti cantam os anjos e todas as potências do céu: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do Universo”, diz um dos trechos do Te Deum

Autoria

O canto é de autoria desconhecida, mas é por vezes atribuído a São Cipriano, do século VIII, e também a Santo Agostinho, o qual o teria composto no dia de seu batismo, após sua conversão que aconteceu em Milão, Itália, no ano 386.

Atualmente, os especialistas atestam que a redação oficial do texto tenha sido feita por Nicetas Choniates, historiador bizantino de 1155.  



Ouça hino Te Deum laudamos



Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Santa Maria, Mãe de Deus

O Verbo de Deus veio em auxílio da descendência de Abraão, como diz o Apóstolo. Por isso devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos (Hb 2,16-17) e assumir um corpo semelhante ao nosso. Eis por que Maria está verdadeiramente presente neste mistério; foi dela que o Verbo assumiu, como próprio, aquele corpo que havia de oferecer por nós. A Sagrada Escritura, recordando este nascimento, diz: Envolveu-o em panos (Lc 2,7); proclama felizes os seios que o amamentaram e fala também do sacrifício oferecido pelo nascimento deste Primogênito. O anjo Gabriel, com prudência e sabedoria, já o anunciaram a Maria; não lhe disse simplesmente: aquele que nascer em ti, para não se julgar que se tratava de um corpo extrínseco nela introduzido; mas: de ti (cf. Lc 1, 35Vulg.), para se acreditar que o fruto desta concepção procedia realmente de Maria.

Assim foi que o Verbo, recebendo nossa natureza humana e oferecendo-a em sacrifício, assumiu-a em sua totalidade, para nos revestir depois de sua natureza divina, segundo as palavras do Apóstolo: É preciso que este ser corruptível se vista de incorruptibilidade; é preciso que este ser mortal se vista de imortalidade (1Cor 15,53).

Estas coisas não se realizaram de maneira fictícia, como julgam alguns, o que é inadmissível! Nosso Salvador fez-se verdadeiro homem, alcançando assim a salvação do homem na sua totalidade. Nossa salvação não é absolutamente algo de fictício, nem limitado só ao corpo; mas realmente a salvação do homem todo, corpo e alma, foi realizada pelo Verbo de Deus.

A natureza que ele recebeu de Maria era uma natureza humana, segundo as divinas Escrituras, e o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro. Digo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso. Maria é portanto nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão.

As palavras de João: O Verbo se fez carne (Jo 1,14) têm o mesmo sentido que se pode atribuir a uma expressão semelhante de Paulo: O Cristo fez-se maldição por nós (cf. Gl 3,13). Pois da intima e estreita união com o Verbo, resultou para o corpo humano em engrandecimento sem par: de mortal tornou-se imortal; sendo animal, tornou-se espiritual; terreno, transpôs as portas do céu.

Contudo, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio da Maria, a Trindade continua sendo a mesma Trindade, sem aumento nem diminuição. É sempre perfeita, e na Trindade reconhecemos uma só Divindade; assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo. 

-- Das Cartas de Santo Atanásio, bispo (século IV) 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Jovem homicida, condenado à morte, convertido, rumo aos altares


              Encerrada a fase da informação diocesana em Paris, deverá chegar em breve a Roma o processo da causa de beatificação de Jacques Fesch, jovem francês, condenado à prisão e finalmente executado na guilhotina há 53 anos, por ter matado um policial e ferido um funcionário de uma casa de câmbio numa tentativa de roubo.

Na Igreja Católica há uma só precedente de um condenado à morte por delitos comuns e que, convertido, foi posto nos altares: o Bom Ladrão, crucificado com Jesus no Calvário. Isso explica a extrema prudência com que foi introduzida a causa de beatificação, 40 anos depois da morte, de Jacques Fesch, isto é, depois de longuíssima reflexão por parte do então arcebispo de Paris, e autorizada pela Congregação das Causas dos Santos, à qual compete agora a segunda fase do processo.

No momento de abrir a causa, o cardeal Lustiger, arcebispo de Paris, explicou que “para a Igreja, declarar alguém santo, por mais pecador que tenha sido, não significa propor à admiração seus erros ou crimes; pelo contrário, significa apontar o exemplo de conversãode alguém que, apesar de uma vida pregressa condenável, soube ouvir a voz de Deus e retornar a Ele. Não existem pecados, por mais graves que sejam, que impeçam a Deus de ir ao encontro do ser humano e de lhe propor a salvação”.

Palavras semelhantes já tinham sido pronunciadas pelo cardeal Lustiger em 23 de novembro de 1986, num discurso aos presos da penitenciária da “Santé”, evocando pela primeira vez em público a possibilidade de beatificar o jovem homicida, convertido, Jacques Fesch.

O teólogo André Manaranche, em resposta às polêmicas surgidas na França por ocasião do início da causa de beatificação e que, nos últimos anos, de vez em quando reaparecem nos meios de comunicação, escreveu: “Beatificar Jacques Fesch não significa reabilitá-lo no plano moral, nem passar-lhe um certificado de bom comportamento ou conferir-lhe uma honraria tipo “Legião de Honra”. Sua conversão é de ordem espiritual. Beatificar Jacques Fesch seria reconhecer que a comunidade cristã pode invocar alguém que está junto de Jesus”.

No dia 2 de dezembro de 2009, o cardeal Ângelo Comastri acompanhou, no Vaticano, a irmã de Jacques Fesch, Mônica, que confidenciou ao Papa: “Com meu irmão eu me entendia perfeitamente. Oito anos mais velha do que ele, fui sua madrinha de batismo e, indo visitá-lo na prisão, acompanhei de perto sua conversão”. Posteriormente, o cardeal Comastri contou ao Osservatore Romano: “Quando eu era capelão da penitenciária de “Regina Coeli”, um preso me deu a conhecer a história fascinante de Jacques Fesch. É um testemunho extraordinário: de origem belga, filho de família da alta burguesia, jovem desorientado, tornou-se assassino e foi condenado à morte. Tinha 27 anos. Na prisão, viveu uma conversão radical, fulgurante, atingindo em pouco tempo altos níveis de espiritualidade e mesmo de vida mística”.

O pai, Jorge, diretor de importante instituto de crédito em Bruxelas, era gerente de um banco em Saint- Germain-em-Laye, perto de Paris. Ateu e de temperamento autoritário, não compreendia a insegurança do filho Jacques, sensível e inquieto, a ponto de negar-lhe a ajuda econômica que ele pedia para empreender uma navegação solitária em redor do mundo, fugir das consequências de uma falência comercial e das responsabilidades da família que, muito jovem, tinha formado. A fim de conseguir os recursos para seu plano, negados pelo pai, no dia 24 de fevereiro de 1954, o jovem, em Paris, entra armado numa casa de câmbio e fere com uma coronhada na cabeça um funcionário. Depois, tentando fugir, mata involuntariamente um policial: o tiro partiu sem que ele tirasse o revólver do bolso.

Preso, os pais encontram forças para visitá-lo e confortá-lo. Quando a mãe, aterrorizada, fica sabendo que o filho corre o perigo de enfrentar a guilhotina, ela oferece a Deus a própria vida para que o filho, tanto tempo descuidado pela família, pelo menos possa “morrer bem”.

Enquanto a justiça dos homens faz seu percurso com os processos, os interrogatórios, as acusações do ministério público e os planos da defensoria, o jovem, na solidão de sua cela, começa a ler revistas, clássicos, romances que lhe oferecem na prisão. Outros livros chegam à suas mãos por parte da família, do capelão e do advogado Baudet, um convertido que se tornou terciário carmelita. Jacques fica impressionado com as figuras de Francisco de Assis, Teresa de Ávila, Teresinha do Menino Jesus.

Depois de um ano de detenção, tem uma experiência mística. Ele escreve numa carta destinada à sua filha Verônica, de apenas seis anos: “Naquela noite, eu estava na cama com os olhos abertos e, pela primeira vez na vida, eu senti realmente uma “intensidade” rara por aquilo que me tinha sido dito a respeito de certas coisas da minha família. Foi então que brotou do meu peito um grito: “Meu Deus!”, e instantaneamente, como um vento impetuoso que passa sem que eu soubesse donde vem, o Espírito do Senhor me agarrou pela garganta”. Numa outra carta ele confidenciou a um amigo: “Agora tenho de verdade a certeza de começar a viver pela primeira vez. Tenho a paz e dei um sentido à minha vida, enquanto antes eu não passava de um morto vivo”.

Isolado numa pequena cela, comunica sua fé por meio de cartas que foram objeto de reflexões por parte de jovens católicos franceses, especialmente nos oratórios salesianos. Aguarda sua execução em oração, aceitando-a como uma ocasião da graça de Deus. Deixou um diário espiritual apaixonante. Poucas horas antes de morrer, escreveu: “Dentro de cinco horas verei Jesus”.

O presidente da República Francesa, René Coty, embora rejeitando a solicitação de salvar-lhe a vida, disse: “Aperto-lhe a mão por aquilo que ele se tornou”. Às 5,30 horas do dia primeiro de outubro de 1957, os guardas da penitenciária vieram apanhá-lo para a execução capital na guilhotina. Encontraram Jacques de joelhos, em oração, junto à cama arrumada. “Senhor, não me abandones, eu confio em ti!”, foram suas últimas palavras.

(Artigo de SALVATORE IZZO, traduzido do italiano, com algumas adaptações. – Na Internet você encontra mais notícias, fotos e vídeos sobre Jacques Fesch, inclusive sobre suas cartas e seu diário espiritual).

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Santos Inocentes

Somente a monstruosidade de uma mente assassina, cruel e desumana, poderia conceber o plano executado pelo sanguinário rei Herodes: eliminar todas os meninos nascidos no mesmo período do nascimento de Jesus para evitar que vivesse o rei dos judeus. Pois foi isso que esse tirano arquitetou e fez. 

Impossível calcular o número de crianças arrancadas dos braços maternos e depois trucidadas. Todos esses pequeninos se tornaram os "santos inocentes", cultuados e venerados pelo Povo de Deus. Eles tiveram seu sangue derramado em nome de Cristo, sem nem mesmo poderem "confessar" sua crença. 

Quem narrou para a história foi o apóstolo Mateus, em seu Evangelho. Os reis magos procuraram Herodes, perguntando onde poderiam encontrar o recém-nascido rei dos judeus para saudá-lo. O rei consultou, então, os sacerdotes e sábios do reino, obtendo a resposta de que ele teria nascido em Belém de Judá, Palestina. 

Herodes, fingindo apoiar os magos em sua missão, pediu-lhes que, depois de encontrarem o "tal rei dos judeus", voltassem e lhe dessem notícias confirmando o fato e o local onde poderia ser encontrado, pois "também queria adorá-lo". 

Claro que os reis do Oriente não traíram Jesus. Depois de visitá-lo na manjedoura, um anjo os visitou em sonho avisando que o Menino-Deus corria perigo de vida e que deveriam voltar para suas terras por outro caminho. O encontro com o rei Herodes devia ser evitado. 

Eles ouviram e obedeceram. Mas o tirano, ao perceber que havia sido enganado, decretou a morte de todos os meninos com menos de dois anos de idade nascidos na região. O decreto foi executado à risca pelos soldados do seu exército. 

A festa aos Santos Inocentes acontece desde o século IV. O culto foi confirmado pelo papa Pio V, agora santo, para marcar o cumprimento de uma das mais antigas profecias, revelada pelo profeta Jeremias: a de que "Raquel choraria a morte de seus filhos" quando o Messias chegasse. 

Esses pequeninos inocentes de tenra idade, de alma pura, escreveram a primeira página do álbum de ouro dos mártires cristãos e mereceram a glória eterna, segundo a promessa de Jesus. A Igreja preferiu indicar a festa dos Santos Inocentes para o dia 28 de dezembro por ser uma data próxima à Natividade de Jesus, uma vez que tudo aconteceu após a visita dos reis magos. A escolha foi proposital, pois quis que os Santinhos Inocentes alegrassem, com sua presença, a manjedoura do Menino Jesus.



Fonte: Paulinas

terça-feira, 27 de dezembro de 2011


" Olha pra ti, não precisas de espelho
Mas olha dentro do teu coração
Aceita a Jesus Cristo
E tudo terás em tuas mãos. "

- Adriana

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Padre Pio e a Modéstia



“Vamos nos unir bem muito ao Coração Doloroso de nossa Mãe Celestial e refletir sobre a sua dor infinita e sobre quão preciosa é a nossa alma. “
(Padre Pio)

Pe. Pio insistiu na Modéstia
Padre Pio não toleraria vestidos curtos ou com decotes baixos, saias justas, e ele proibiu suas filhas espirituais de vestir meias-calças transparentes*. A cada ano a sua severidade aumentava. Ele teimosamente as mandava embora do seu confessionário, mesmo antes de pôr o pé dentro, se julgasse que elas estavam indevidamente vestidas. Em algumas manhãs, ele expulsou uma após a outra, até que ele acabou por ouvir muito poucas confissões. Seus irmãos observaram estes drásticos expurgos com certo mal-estar e decidiram pregar uma placa na porta da igreja:
“Por desejo explícito do Padre Pio, a mulher deve entrar no confessionário vestindo saias PELO MENOS 20 centímetros abaixo do joelho. É proibido emprestar um vestido longo na igreja para usá-los para a confissão.”
Evitemos o menor risco de ofender a Deus nesta área ou de ser uma ocasião de tentação para o nosso vizinho. Que as modas do mundo não sejam o modelo para o nosso vestuário, mas sim a Virgem Maria e os Santos. Vamos seguir os padrões de recato no vestuário, e recordar as palavras de Nossa Senhora a Beata Jacinta Marto de Fátima:
“Os pecados que mais levam almas para o inferno são os pecados da carne. Hão de vir muitas modas que hão de ofender muito a Nosso Senhor… As pessoas que servem a Deus não devem andar na moda. A Igreja não tem modas. Nosso Senhor é sempre o mesmo.”
Algumas vezes, quando o Padre Pio recusou-se a absolver seus penitentes e fechou a porta do pequeno confessionário em seus rostos, as pessoas iam censurá-lo perguntando por que ele agiu desta forma. “Vocês não sabem”, ele perguntou: “Que dor que custa-me fechar a porta a alguém? O Senhor tem me forçado a fazê-lo. Eu não chamo ninguém, nem recuso a ninguém também. Existe alguém que chama, e que as recusa. Eu sou Sua ferramenta inútil. “(1)
***
Citação de uma das cartas do Padre Pio: “Há, além disso, três virtudes que aperfeiçoam a pessoa devota no que diz respeito ao controle dos seus próprios sentidos. Estas são: a modéstia, a continência e a castidade. Em virtude da modéstia a pessoa devota governa todos os seus atos exteriores. Com razão, então, São Paulo recomendou esta virtude a todos e declarou como é necessária e como se isso não bastasse, ele considera que esta virtude deveria ser óbvia para todos. Pela continência a alma exercita a retenção de todos os sentidos: visão, tato, paladar, olfato e audição. Pela castidade, uma virtude que enobrece a nossa natureza e faz com que seja semelhante à dos Anjos, nós suprimimos a nossa sensualidade e a afastamos dos prazeres proibidos. Este é o retrato magnífico da perfeição cristã. Feliz aquele que possui todas estas belas virtudes, todas elas frutos do Espírito Santo que habita dentro dele. Essa alma não tem nada a temer e vai brilhar no mundo como o sol no céu. “(2)
***
Uma mulher que vendia calças em sua loja de varejo em Vancouver foi se confessar na Itália com Padre Pio e sua absolvição foi recusada…
“Ele ordenou que ela voltasse para casa no Canadá e se livrasse de todo seu estoque, e não desse qualquer um dos itens para as pessoas que poderiam usá-los, e se ela quisesse sua absolvição, poderia voltar a Itália e recebê-la, só depois que ela realizasse impiedosamente suas ordens”. (3)
***
O Santo Padre Pio deve ter tido uma forte consciência dos perigos da falta de modéstia para as nossas almas imortais, e dos perigos da tentação para o nosso próximo. “Que as modas do mundo não sejam o modelo para o nosso vestuário, mas sim a Virgem Maria e os Santos. A Canonização do Padre Pio nos dá a oportunidade para recordar a gravidade do Santo de San Giovanni Rotondo, que colocou este cartaz na porta de sua igreja“:
 ”A Igreja é a casa de Deus. É proibido para os homens entrar com os braços nus ou usando shorts. É proibido para as mulheres entrarem usando calças, sem um véu sobre sua cabeça, com roupas curtas, decotes baixos,  roupas sem mangas ou vestidos imodestos. “(4)
 (1) Dorothy Gaudiose, Prophet of the People, pp. 191-2.
(2) Padre Pio. Volume II – LettersCorrespondence with Raffaelina Cerase, Noblewoman (1914-1915).
(3) Anne McGinn Cillis, Arrivederci, Padre Pio, A Spiritual Daughter Remembers.
(4) Bishop Bernard Fellay. The Dignity of Women: The Misplaced Notions of Feminism.


Traduzido por Andrea Patrícia, do blog Maria Rosa

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O 4 de dezembro vai ficar na história

Dia muito esperado e valeu à pena. Desde às 5:30h já havia movimento de fiéis na rua da Paróquia Pessoal do Senhor Bom Jesus Crucificado e do Imaculado Coração de Maria . Que emoção quando foram abertas as portas da Igreja, já bem adiantada! Muitos choraram de alegria ao ver a beleza da passarela e a suntuosidade dos 80 bancos. Isto porque já tivemos a grata satisfação de vislumbrar a centena de vitrais instalados e o teto. Logo no início do corredor, vê-se o brasão da Administração Apostólica. Próximo à mesa da comunhão, um M estilizado e usado pelos Irmãos Maristas, simbolizando o amor à Maria Santíssima; bem como um pelicano centro do Altar, representando a doação de Jesus pelo seu rebanho. A Flor de Lis em toda sua extensão lembra a pureza, a devoção à Nossa Senhora e aponta para o infinito.  O som é do tipo instalado no Vaticano e na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, todo embutido.

Coisa de primeiro mundo!!!
Monitor Cristão - Dezembro 2011 / Ano V / nº 52

Paróquia Pessoal do Senhor Bom Jesus Crucificado e do Imaculado Coração de Maria
Bom Jesus do Itabapoana - RJ - 04-12-2011


Bem como um pelicano centro do Altar, representando a doação de Jesus pelo seu rebanho.


Brasão Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

M estilizado e usado pelos Irmãos Maristas, simbolizando o amor à Maria Santíssima.







Vitrais

A Flor de Lis em toda sua extensão lembra a pureza, a devoção à Nossa Senhora e aponta para o infinito.






quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O medo do coroinha

S. Pedro, chamado de Alcântara, pelo lugar onde nasceu (1499), entrou na Ordem dos Franciscanos com a idade de 16 anos. Foi um dos santos mais penitentes e favorecidos de Deus em seu tempo. S. Teresa de Ávila, que o conhecia de perto, conta-nos que S. Pedro passara 40 anos sem dormir mais de hora e meia por dia. O Santo não se deitava, mas ficava assentado com a cabeça encostada a um pau da parede. Essa foi à penitência que mais sacrifícios lhe custou. Além disso, usava horríveis cilícios, passava às vezes três dias, e até, oito, sem outro alimento que a Sagrada Comunhão. Em vista de tudo isso, não é de estranhar que se tenha elevado à mais alta contemplação, e Jesus o tenha favorecido com inefáveis carícias, mormente na missa e na sagrada comunhão.

Conta-se que, em certo convento, o coroinha, que ajudava a missa do Santo, era um menino inocente e bonzinho. Um dia, ao regressar a igreja, procurou o menino a sua mãe e disse-lhe:

- Mamãe, eu não quero mais ajudar à missa do Padre Pedro.

- Por que, meu filho, não hás de ajudar o Padre Pedro, que é um padre tão santo?

- Mamãe, ao ajudar-lhe a missa, várias vezes tenho visto um menino lindo, muito lindo, nas mãos dele; e, na hora da comunhão, ele come aquele menino. Mamãe, tenho medo que ele me coma também.

A mãe, que conhecia a santidade do Padre Pedro, compreendeu logo o mistério e disse:

- Não temas, meu filho; é o Menino Jesus que está na Hóstia... Que feliz és tu, que os vês com teus olhos inocentem!

Dali em diante o menino não teve mais medo e ajudava à missa do Santo com muito gosto e devoção.

Livro: Tesouro de Exemplos

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Administração Apostólica : Administração Apostólica tem dois novos sacerdotes.

Campos, 18 de dezembro de 2011.
Dom Fernando Arêas Rifan, Administrador Apostólica ordenou mais dois sacerdotes para nossa Administração Apostólica S. João Maria Vianney, o Pe. Renan Antonio Damaso Menezes e o Pe. Bruce Lima Pasini Júdice.

A ordenação foi realizada na Igreja Principal da Ad. Apostólica em Campos.

Foi grande a afluência do povo, de modo que todas as paróquias estiveram representadas.
Foi grande também a presença do Clero de nossa Administração, bem como alguns sacerdotes do Clero da Diocese de Campos.

Veja aqui as fotos da ordenação.

Além de nossos seminaristas, também estiveram presentes alguns seminaristas da Diocese de Campos de outras dioceses também.

O Pe. Renan é natural da Paróquia de Varre-Sai, que compareceu em peso para a ordenação.
Pe. Bruce é natural de Campos e freqüenta a Reitoria de São José, também muito bem representada na cerimônia.

Primeiras Missas:

Os dois neossacerdotes celebraram suas primeiras Missas rezadas hoje (19) na capela de nosso Seminário, Pe. Renan pela manhã e o Pe. Bruce à tarde. É sempre um momento muito emocionante para os neossacerdotes, para os formadores e para os colegas seminaristas a primeira Missa no Seminário, onde se formaram durante vários anos.

No dia 29 de dezembro o Pe. Bruce cantará sua Primeira Missa Solene na Reitoria de São José, em Campos às 19:00 e no dia 31 dezembro, Pe. Renan o fará em Varre-Sai às 10:00 da manhã.

Desejamos aos nossos jovens padres um fecundo e longo ministério sacerdotal.

Veja aqui as fotos da ordenação.


Administração Apostólica S. João Maria Vianney

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O verdadeiro significado do Santo Natal


Difícil é, num mundo marcado pelo laicismo, ter bem presentes o autêntico significado do Santo Natal e o benefício incomensurável que representou
para os homens a Encarnação da Segunda Pessoa da
Santíssima Trindade.
E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14). Desse modo singelo resumiu o Discípulo Amado o maior acontecimento da História. Suas desprPresépio_.jpgetensiosas palavras sintetizam o rico e insondável conteúdo do grandioso mistério comemorado a cada 25 de dezembro: na obscuridade das trevas do paganismo, raiou a aurora de nossa salvação. Fez-Se homem o Esperado das nações, Aquele que tinha sido anunciado pelos profetas.
Cenário tomado pelo sobrenatural
Na noite em que Jesus veio ao mundo, pairava sobre Belém uma atmosfera de paz e alegria. A natureza parecia estar em júbilo enquanto, dentro de uma gruta inóspita, um santo casal contemplava seu Filho recém-nascido.
Ela é a Mãe das mães, concebida sem pecado original, criatura perfeita, na qual o Criador depositou toda a graça. Ao seu lado encontra-se São José, esposo castíssimo, varão justo cujo amor a Deus, integridade e sabedoria o tornam digno de tão augusta Esposa. E a Criança que ambos contemplam é o próprio Deus, que assume nossa natureza para dar a maior prova possível de seu amor à humanidade.
Quão sublime atmosfera envolvia aquele cenário paupérrimo! O ambiente no qual nasceu o Menino Deus devia estar tão tomado pelo sobrenatural que, se alguém tivesse a dita de entrar naquela gruta, ficaria imediatamente arrebatado por toda sorte de graças.
Foi o que ocorreu com os pastores. Após o aviso dos Anjos, correram em direção à gruta e lá encontraram o Rei do Universo deitado sobre palhas. Abismados pela grandeza dessa cena, que contemplavam também com os olhos da Fé, não tiveram outra atitude senão a da adoração. Que extraordinária dádiva receberam, sendo os primeiros a contemplar o Criador do Céu e da Terra feito homem, envolto em faixas, numa manjedoura!
Deus quis apresentar-Se de forma exemplarmente humilde
Considerando as imponentes manifestações da natureza que acompanhavam as intervenções de Deus no Antigo Testamento — o mar se abre, o monte fumega, o fogo cai do céu e reduz cidades a cinzas —, resulta surpreendente constatar a humildade e discrição com que Cristo veio ao mundo.
Não teria sido mais condizente com a grandeza divina que, na noite de Natal, sinais magníficos marcassem o acontecimento no Céu e na Terra? Não poderia, ao menos, ter nascido Jesus num magnífico palácio e convocado os maiores potentados da Terra para prestar-Lhe homenagens? Bastar- Lhe-ia um simples ato de vontade para que isso acontecesse...
Mas, não! O Verbo preferiu a gruta a um palácio; quis ser adorado por pobres pastores, ao invés de grandes senhores; aqueceu-Se com o bafo dos animais e a rudeza das palhas, em lugar de usar ricas vestes e dourados braseiros. Nem mesmo quis dar ordem ao frio para que não O atingisse. Num sublime paradoxo, desejava a Majestade infinita apresentar-Se de forma exemplarmente humilde.
Pois, apesar das pobres aparências, Aquele Menino era a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. NEle dava-se a união hipostática da natureza divina com a humana, conforme explica o renomado padre Boulenger: “União é o estado de duas coisas que se acham juntas. Ela pode realizar-se ora nas naturezas, por exemplo, quando o corpo e a alma unem-se para formar uma só natureza humana; e ora na pessoa, quando se unem duas naturezas na mesma pessoa. Esta última união chama-se hipostática, porque, em grego, os dois termos, hipóstase (suporte) e pessoa, têm igual significação teológica”.1
E, depois da união, essas duas naturezas permaneceram perfeitamente íntegras e inconfundíveis na Pessoa de Cristo, que não é humana, mas divina. Por esse motivo é Ele chamado Homem-Deus.
Abismo intransponível
Mas, por que quis a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade encarnar-Se em uma tão inferior natureza? Os nossos primeiros pais foram criados no Paraíso Terrestre em estado de inocência original, portanto em justiça e santidade.2 Além dissPresepio.jpgo, na sua infinita bondade, Deus conferiu a Adão dons de três qualidades: naturais, estando todas as propriedades do corpo e da alma perfeitamente ordenadas para alcançar o seu fim natural; sobrenaturais, a graça santificante, ou seja, a participação na própria vida de Deus, e a predestinação à visão de Deus na eterna bem-aventurança; e preternaturais, tais como a ciência infusa, o domínio das paixões e a imortalidade, que constituem o dom de integridade.
Como contrapartida a esses imensos benefícios, foi apresentada ao homem uma prova.
Devia ele cumprir de modo exímio a lei divina, guiando-se pelas exigências da lei natural gravada no seu coração, e respeitar uma única norma concreta que Deus lhe dera: a proibição de comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, plantada no centro do Jardim do Éden (cf. Gn 2, 9-17).
Narra-nos a Sagrada Escritura como a serpente tentou Eva, como caíram nossos primeiros pais e como foram expulsos do Paraíso (cf. Gn 3, 1-23). Em consequência do pecado, boa parte desses privilégios lhes foram retirados. Mas Deus, em sua infinita misericórdia, manteve-lhes os privilégios naturais, como descreve o douto padre Tanquerey: “Contentou-Se de os despojar dos privilégios especiais que lhes tinha conferido, isto é, do dom de integridade e da graça habitual: conservam pois, a natureza e os seus privilégios naturais. É certo que a vontade ficou enfraquecida, se a compararmos ao que era com o dom de integridade; mas não está provado que seja mais fraca do que teria sido no estado de natureza”.3
O Pecado Original abriu entre Deus e os homens um abismo intransponível. As portas do Céu se fecharam e o homem contingente só podia oferecer a Deus uma reparação imperfeita da ofensa cometida. E o Filho ofereceu-Se ao Pai para, “fazendo-Se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2, 8), restituir ao homem a graça perdida com o pecado. O próprio Criador fazia-Se criatura para, com uma generosidade inefável, saldar nossa dívida.
O caminho da glória passa pela Cruz
Entretanto, por que quis Jesus sofrer o desprezo dos seus coetâneos e os tormentos da Paixão? Estando hipostaticamente unido à Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, qualquer gesto da Sua natureza humana poderia ter redimido a humanidade inteira. Um simples ato de vontade de Cristo teria bastado para obter de Deus o perdão de todos os nossos pecados.
Mais uma vez, deparamo-nos com um sublime paradoxo. Com o exemplo de Sua Vida e Paixão, queria Jesus ensinar-nos que, neste vale de lágrimas, a verdadeira glória só vem da dor. E como o Pai desejava para Seu Filho o máximo grau de glória, permitiu que Ele passasse pelo extremo limite do sofrimento.
“O Filho do homem veio, não para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate de muitos” (Mt 20, 28). Já na manjedoura em Belém, nosso Salvador estava ciente de ter vindo ao mundo para expiar nossos pecados. É esse o motivo pelo qual em muitos presépiospresépio1.jpgo Menino Deus nos é apresentado com os braços abertos em cruz. Durante toda a sua vida, de Belém ao Gólgota, Jesus não fez outra coisa senão avançar ao encontro do Sacrifício Supremo que Lhe acarretaria o fastígio da glória.
A Terra toda foi renovada
Pode haver ser humano mais frágil do que uma criança, habitação mais simples do que uma gruta e berço mais precário do que uma manjedoura? Entretanto, a Criança que contemplamos deitada sobre palhas na gruta de Belém haveria de alterar completamente o rumo dos acontecimentos terrenos.
Afirma o historiador austríaco João Batista Weiss: “Cristo é o centro dos acontecimentos da História. O mundo antigo O esperou; o mundo moderno e todo o porvir descansam sobre Ele. A Redenção da humanidade por Cristo é a maior façanha da História universal; sua Vida, a memória mais alta e bela que possui a humanidade; sua doutrina, a medida com que se há de apreciar todas as coisas”.4
Difícil é, num mundo marcado pelo relativismo e pelo laicismo — quando não pelo ateísmo —, ter bem presentes o verdadeiro significado do Santo Natal e o benefício incomensurável que representou para os homens a Encarnação da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.
Cristo era o varão prometido a Adão logo depois de sua queda, o Messias anunciado durante séculos pelos profetas. Mas a realidade transcendeu qualquer imaginação humana: quem poderia excogitar que Ele seria o próprio Deus encarnado? A vinda de Jesus ao mundo não só abriu-nos as portas do Céu e nos trouxe a Salvação, mas também renovou toda a Terra. Diz São Tomás que Nosso Senhor quis ser batizado, entre outras razões, para santificar as águas.5 E o mesmo aconteceu com todos os outros elementos: a terra foi santificada porque seus divinos pés a pisaram; o ar, porque Ele o respirou; o fogo ardeu com maior vigor e pureza. Podemos sem dúvida dizer que este nosso mundo nunca mais foi o mesmo depois de nele ter vivido, feito homem, o próprio Criador.
Não é por acaso que se contam os anos a partir do nascimento de Cristo, pois Ele, realmente, divide a História em duas vertentes. Antes dEle a humanidade era uma, e depois passou a ser diametralmente outra. São duas histórias. Quase poderíamos afirmar serem dois universos! (Revista Arautos do Evangelho, Dez/2009, n. 96, p. 19 à 21)
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