segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Os brasileiros precisam saber


o que um bebê condenado ao aborto teria a dizer...

Por que não posso nascer?

Por que eu sou a assim chamada criança indesejada?
Um acúmulo de células e tecidos como alguns homens sem alma gostam de me chamar ...
Entretanto, eu sou um ser humano como você.
Eu tenho um coração que bate como o seu... Eu tenho um rosto como o seu..., com olhos, ouvidos e boca.
Eu posso sonhar quando durmo. Eu posso sorrir.
Eu posso saltar de alegria quando ouço a voz de meu pai ao chegar em casa.
Mas veja, eu gostaria de também como você, ter a oportunidade de ver as estrelas cintilando no firmamento, ouvir o canto dos pássaros, sentir o perfume das flores, ver o sorriso de minha mãe olhando para mim e dizendo Aninha ou Toninho...
Mas, não! Isso eu não posso. Eu o tenho nome algum. Os homens me excluirão de sua sociedade. Eu sou o bebê indesejado. Um mero número nas estatísticas. Aliás, nem incluem a minha vida nos planos de saúde pública.
Eu sou o bebê indesejado. E porque o sou, há legisladores que poderão me atribuir a situação de um banido que pode ser maltratado, torturado e morto ao bel-prazer de qualquer um.
Eu sou, sem cometer crime algum, um condenado à morte.
Eu não poderei nem ver, nem ser visto, nem ouvir nem ser ouvido, nem ter a consciência de amar e nem a de ser amado. E o seio de mãe que para você terá sido um lugar de amor e de amparo se transformará para mim em câmara de tortura.
Eu serei simplesmente liquidado..., despedaçado ou queimado quimicamente... e ninguém se lembrará de mim, pois até mesmo um sepultamento me é negado. Meu corpo destruído e aviltado será, simplesmente, lançado ao lixo.

Se eu tivesse direitos...

Mas, pelo que eu lhe disse acima você vê bem: eu não tenho direito algum... Mas talvez você pudesse fazer algo.
Sim, se você tiver compaixão de mim, de meus irmãos e irmãs, que minuto a minuto sofrem o destino trágico que eu sofrerei... talvez você possa falar com seus amigos e amigas para mostrar-lhes que a designação de criança indesejada seja cortada do vocabulário de nosso país e que, em conseqüência, os legisladores fixem em lei o meu direito à vida igualzinho como você o tem.
Eu não posso reinvindicar meu direito, mas você pode...
... será que você poderia me ajudar a ter reconhecido nas leis brasileiras meu direito à vida?
Esse seu engajamento pelo direito à vida poderá até ser bom para você no futuro. Pois quem sabe se algum dia, esses mesmos homens sem coração que desconsideram minha existência e me designam de “criança indesejada”, não virão também designar os idosos de “seres indesejados”?
Ajude-me! Consiga que os brasileiros garantam que as autoridades me concedam o direito de nascer. Eu não cometi crime algum, eu estou indefeso diante daqueles que me consideram simplesmente uma atrapalhação, um acidente, uma doença.
Sim, eu...
...o bebê indesejado.

Boletim informativo da Campanha “O Amanhã de Nossos Filhos”
Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade



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