domingo, 29 de janeiro de 2012

Um pedido de agradecimento aos 10 anos da criação da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney -

No retiro dos padres da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, que aconteceu no início do mês de janeiro de 2012. Nosso Exmo. RevmoDFernando Arêas Rifan (Administrador Apostólico da Administração Apostólica Pessoal S. João Maria Vianney)  pediu aos padres que rezasse a Coroninha de São Felipe Neri em agradecimento aos 10 anos da criação da nossa Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, evento que celebraremos durante todo esse ano de 2012, usando como lema a frase do salmo 88: “Misericordias Domini in aeternum cantabo” – “Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor”, e como tema: “10 anos de graças: gratidão, reflexão e missão”. Fim de uma crise, começo de uma nova história. 

E o nosso Revmos. Pe. Ivoli Fernando Latrônico, Administrador Paroquial da Paróquia do Senhor Bom Jesus Crucificado e do Imaculado Coração de Maria, Bom Jesus do Itabapoana – RJ. Fez um pedido especial a nós leigos, para que nós também em agradecimento aos 10 anos da AASJMV rezássemos a Coroninha de São Felipe Neri, assim dando graças ao BOM DEUS por esses “10 anos de graças: gratidão, reflexão e missão”
“Misericordias Domini in aeternum cantabo”
Coroinha de São Filipe Neri
Devoção Oratoriana à Santíssima Virgem Mãe de Deus

Clique nas imagens para ler


Santo Afonso, em seu Glórias de Maria, conta que São Filipe tinha tão grande devoção à Nossa Senhora, que só lhe bastava pensar n'Ela e já tinha consolo. Exclamava que "não há meio mais poderoso para obter a graça de Deus que a devoção à Nossa Senhora".
São Filipe dizia ainda que, para começarmos bem na vida espiritual, para perseverarmos e alcançarmos mais rapidamente a perfeição, é necessária a devoção à Santíssima Virgem. Por isso, recomendava, além do santo terço diário, a recitação da COROINHA DE NOSSA SENHORA, que ele mesmo compusera, por inspiração, para honrar os títulos mais belos de Maria: "Virgem e Mãe de Deus".
"Nossa Senhora ama aqueles que a chamam por Virgem e Mãe de Deus."
São Filipe Neri

Salve Maria!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Tudo o que somos devemos a Deus.

Durante nossa jornada aqui na Terra, nos deparamos várias vezes com situações em que nós somos tentados a nos vã gloriar, orgulharmos de nos mesmos esquecendo que tudo que temos e somos é dádiva do BOM DEUS.
“O homem é tão pobre, que não tem um bom pensamento, nem um bom desejo, que não seja graça de Deus.” Não conseguimos elevar o pensamento a Deus sem que nos seja dado à graça pelo Espírito Santo.
Todas nossas conquistas, tanto na vida espiritual quanto na temporal são dádivas de Deus, Ele nos concede muitas graças; às vezes vencemos uma tentação ou suportamos uma provação e logo pensamos: “Eu consegui”, devemos arrancar esse “Eu” e dizer: “Deus me deu essa graça, obrigado meu Senhor por não ter me abandonado” se não fosse à graça cairíamos certamente.
Devemos sempre agradecer a Deus pelas graças; “Com efeito, a graça é sempre concedida ao que sabe, agradecê-la.”
Na vida dos santos, vemos em várias ocasiões a gratidão deles à Deus pelas graças que lhes foram concedidas. Certa vez uma Santa que sofria duras provações mais estava sempre sorrindo escreveu a amiga: “Jesus permiti essa provação, mais é mérito Dele se consigo aceita-la de mim mesmo, tem muito pouco.” (Beata Chiara Luce)
Assim devemos proceder, assim seremos santos, se eles conseguiram porque não nós? Vamos dar a Deus o que Lhe é de direito: a honra e glória por tudo que acontece na nossa vida. Porque tudo que somos devemos a Deus.
  

Nova autora no blog: Sara Santiago

Neste post venho avisar que a partir de hoje, o blog Sejam Uma Geração de Santos irá contar com uma nova autora,
Sara Santiago.



 Em fevereiro, irei entrar para o Seminário da Imaculada Conceição da nossa querida Administração Apostólica Pessoa São João Maria Vianney, (desde já peço muitas orações) e por este motivo, não terei tempo para me dedicar à novas matérias, mas não queremos deixar a quantidade de postagens cair, e "abandonar" o blog, por este motivo a Sara Santiago está aqui para me ajudar.

Então a partir do dia 25/02 vai ser raro ler matérias escritas só por mim (Sem. Fabrício Luís).

Salve Maria!!

Seja Bem-Vinda Sara Santiago ao blog Sejam Uma Geração de Santos

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Administração Apostólica São João Maria Vianney – 10 anos

Homilia do Reverendíssimo Padre José Edílson falando sobre a história da Administração Apostólica São João Maria Vianney. Na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Nova Iguaçu-RJ em 22/01/2012.
Parte I
Parte II

Parte III

Conversão de São Paulo, Papa: "A ressurreição de Cristo confirma que a bondade de Deus vence o mal"


Cidade do Vaticano (RV) – No final da tarde desta quarta-feira, o Papa presidiu a celebração das Segundas Vésperas da Conversão de São Paulo na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma. Presentes cardeais, bispos, religiosos e religiosas, além de expoentes de diversas Igrejas e Comunidades Eclesiais. Embalada por bonitos hinos e cânticos, o final da tarde deste 25 de janeiro decorreu em um clima de profunda espiritualidade, na solenidade que encerrou a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. 
 
A unidade dos cristãos, foi, portanto, o tema que inspirou grande parte da celebração, estando presente nas palavras de saudação dirigidas a Bento XVI pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, e na homilia do Santo Padre. Em alusão ao tema dessa Semana “Todos seremos transformados pela vitória de Jesus Cristo, nosso Senhor”, disse o Pontífice: “Por experimentar, nos nossos dias, a situação dolorosa da divisão, nós cristãos podemos e devemos olhar o futuro com esperança, enquanto a vitória de Cristo significa a superação de tudo aquilo que nos distrai de compartilhar a plenitude de vida com Ele e com os outros. A ressurreição de Jesus Cristo confirma que a bondade de Deus vence o mal, o amor supera a morte.”

Bento XVI falou também sobre a vida e a transformação de São Paulo: “Em seguida ao evento extraordinário que aconteceu ao longo da estrada de Damasco, Saulo, que se distinguia pelo zelo com o qual perseguia a Igreja nascente, foi transformado em um incansável apóstolo do Evangelho de Jesus Cristo. Na façanha desse extraordinário evangelizador, aparece claro que tal transformação não é resultado de uma longa reflexão interior, nem mesmo fruto de um esforço pessoal. Ela é, primeiramente, obra da graça de Deus que agiu segundo as suas imperscrutáveis vias.”

“A experiência pessoal vivida por São Paulo – ressaltou o Papa - o permitiu esperar com fundamentada esperança o cumprimento desse mistério de transformação, que tocará a todos aqueles que acreditaram em Jesus Cristo e também toda a humanidade e a Criação inteira.”

Bento XVI relacionou tal espera com a espera pela unidade visível da Igreja, a qual ele afirmou que “deve ser paciente e confiante”. “Somente em tal disposição – disse o Pontífice - encontram o seu pleno significado a nossa oração e o nosso empenho cotidianos pela unidade dos cristãos.” Bento XVI advertiu, contudo, que “a postura de espera paciente não significa passividade ou resignação, mas resposta pronta e atenta a cada possibilidade de comunhão e fraternidade que o Senhor nos dá”.

Encerrando sua homilia, o Papa confiou à intercessão de São Paulo “todos aqueles que, com a sua oração e o seu empenho, trabalham para a causa da unidade dos cristãos”. “Mesmo se às vezes se pode ter a impressão que a estrada em direção ao pleno restabelecimento da comunhão seja ainda muito longa e cheia de obstáculos – concluiu o Santo Padre -, convido todos a renovarem a própria determinação de prosseguir, com coragem e generosidade, a unidade que é vontade de Deus, seguindo o exemplo de São Paulo, que, diante das dificuldades de cada tipo, conservou sempre firme a confiança em Deus, que leva ao cumprimento de sua obra.” (ED) 


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Bento XVI propõe que as redes sociais sejam espaços de silêncio e reflexão


VATICANO, 25 Jan. 12 / 07:58 am (ACI/EWTN Noticias)

Papa Bento XVI pediu considerar "com interesse para as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem atual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões deoração, meditação ou partilha da Palavra de Deus".

O Santo Padre refletiu sobre o papel dos ambientes virtuais em sua mensagem para a 46º Jornada Mundial das Comunicações Sociais, titulado "Silêncio e palavra: Caminho de Evangelização", publicado neste 24 de janeiro dia em que a Igreja celebra a São Francisco de Sales.

Em alusão a redes como Facebook e Twitter, onde os usuários compartilham apenas breves mensagens de máximo 140 caracteres, o Papa explicou que "na sua essencialidade, breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico – podem exprimir pensamentos profundos, se cada um não descuidar o cultivo da sua própria interioridade".

Na mensagem dirigida aos comunicadores, o Santo Padre destaca a importância do silêncio e a palavra, um aspecto que "às vezes fica esquecido, sendo hoje particularmente necessário lembrá-lo".

Estes são dois momentos da comunicação "que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas. ".

"Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca um certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado", acrescenta o Pontífice.

O Papa sublinha também que "o silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos".

“Por isso, do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços", expressou.

O silêncio também ajuda a discernir e a relações as situações que "à primeira vista, pareciam não ter ligação entre si, a avaliar e analisar as mensagens; e isto faz com que se possam compartilhar opiniões ponderadas e pertinentes, gerando um conhecimento comum autêntico. Por isso é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons".

O Papa logo se referiu às perguntas essenciais que se faz toda pessoa sobre sua origem e seu destino, que constituem um convite à reflexão, ao diálogo "e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem".

O silêncio, prossegue o Papa, é o lugar aonde fala Deus ao homem: "se Deus falar com homem também no silêncio, o homem igualmente descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus".

"A contemplação silenciosa –continua Bento XVI– nos inunda na fonte do Amor, que nos conduz para nosso próximo, para sentir sua dor e oferecer a luz de Cristo, sua Mensagem de vida, seu dom de amor total que salva".

Depois de recordar que para a pergunta sobre o sentido do homem encontra-se a resposta no mistério de Cristo, do qual nasce a missão da Igreja de evangelizar, o Papa reitera que a palavra e o silêncio são a base para a evangelização.

"Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo", conclui.

A Jornada Mundial das Comunicações Sociais será celebrada no próximo 20 de maio. Participaram da apresentação da mensagem o Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Arcebispo Claudio Maria Celli; Dom Paul Tighe, Secretário do mesmo dicastério, Dom Giuseppe Antonio Scotti, Secretário adjunto do mesmo; e o subsecretário o Dr. Angelo Scelzo.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Capela em honra da Beata Chiara Luce no GPACI repercute em Roma


Pelo menos dois diários europeus editados em Roma destacaram, agora no início de janeiro, a inauguração, em Sorocaba, da primeira Capela do mundo dedicada à jovem Beata Chiara Luce Badano, que morreu vitimada por um terrível câncer nos ossos aos 18 anos de idade, em 1990, e menos de vinte anos depois teve suas virtudes heroicas e de santidade reconhecidas ao ser declarada canonicamente Beata pela Igreja a 25 de setembro de 2010, após um primeiro significativo milagre por sua intercessão ser comprovado pela Sagrada Congregação Pontifícia para o Culto dos Santos e aprovado pelo papa Bento XVI.

A inauguração dessa Capela, às vésperas do Natal, junto ao Hospital “Sarina Rolim Caracante”, do GPACI (Grupo de Pesquisa e Assistência Infantil), mereceu primeiramente destaque dentro da edição diária em língua italiana do jornal “L´Osservatore Romano”, órgão da Santa Sé e porta-voz oficial do Estado do Vaticano. 

Com texto preparado por uma de suas correspondentes no Brasil, a jornalista Carla Cotignoli, focolarina, também presente à cerimônia, inclusive reproduzindo palavras emocionantes do arcebispo metropolitano de Sorocaba, dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, que na missa natalina que marcou o acontecimento manifestou firme esperança de que da Capela da Beata Chiara Luce Badano, implantada justamente ao lado do corredor de acesso ao novo centro cirúrgico do Hospital do GPACI possa sair o milagre ou os muitos milagres que motivarão, agora, a breve futura canonização da jovem italiana, a um passo de ser declarada Santa. 

“Fico até um pouco constrangido diante de Deus, mas peço que muitas curas de crianças com câncer possam ser operadas neste Hospital por intercessão da Beata Chiara Luce Badano, ela que morreu vitimada por um câncer terrível aos 18 anos de idade”, afirmou dom Eduardo Benes na oportunidade, levando às lágrimas os presentes, sobretudo dezenas de pais e familiares de crianças e adolescentes vitimados pelo câncer que são ali atendidos e aguardam a cura.

“La Beata Badano, luce per i bambini che soffrono” (“A Beata Badano, luz para as crianças que sofrem”) foi, por outro lado, o título de reportagem de página inteira estampada por outro significativo diário laico italiano, o “Avvenire”, em sua edição de 5 de janeiro, com o selo `Vangelo e Societá´, ou seja, `Evangelho e Sociedade´. 

Aqui, o texto é assinado pela jornalista Margherita Dassano, com base em informações também da colega Carla Cotignoli, há oito meses no Brasil, destacando como introdução: “In um ospedale pediátrico Del Brasile, l´arcivescovo de Sales Rodrigues há inaugurato uma cappella intitolata alla 18enne morta per um tumore ósseo. `Gioiosa anche nella malattia´”. Ou seja: “Em um hospital pediátrico do Brasil, o arcebispo Sales Rodrigues inaugurou uma capela dedicada à jovem que aos 18 anos morreu de câncer ósseo, em meio à alegria também na doença”.

Além de registrar o fato de sua nova Capela ser a primeira do mundo dedicada à Beata Chiara Luce Badano, a reportagem do “Avvenire” destaca a importância do Hospital “Sarina Rolim Caracante”, do GPACI de Sorocaba, na luta contra o câncer infantil no Brasil, mostrando toda sua caminhada de quase trinta anos e os avanços atuais, pelas palavras de seu presidente, professor Carlos Camargo Costa, da vice-presidente, a advogada Maria Lúcia Neiva de Lima,  e de seu diretor-clínico, o médico pediatra dr. Fábio Bernardes.

Na Capela do GPACI, uma frase junto ao quadro da Beata Chiara Luce resume sua proposta de vida: “Por ti, Jesus; se queres (o sofrimento, a dor), eu também quero!”

Foto Fernando Rezende; enviado por José Benedito

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

São Sebastião - 20 de janeiro

A reprodução do martírio de São Sebastião, amarrado a uma árvore e atravessado por flechas é uma imagem milhares de vezes retratada em quadros, pinturas e esculturas, por artistas de todos os tempos. Entretanto, nem todos sabem que o destemido Santo não morreu daquela maneira. O suplício das flechas não lhe tirou a vida, resguardada pela fé em Cristo. Vejamos como tudo aconteceu. 

Sebastião nasceu em Narbônia, na Gália, atual França, mas foi criado por sua mãe em Milão, na Itália, de acordo com os registros de Santo Ambrósio. Pertencente a uma família cristã, foi batizado ainda pequenino. Mais tarde, tomou a decisão de engajar-se nas fileiras romanas e chegou a ser considerado um dos oficiais prediletos do imperador Diocleciano. Contudo, nunca deixou de ser um cristão convicto e protetor ativo dos cristãos. 

Ele fazia tudo para ajudar os irmãos na fé, procurando revelar o Deus verdadeiro aos soldados e aos prisioneiros. Secretamente, Sebastião conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo. Até mesmo o governador de Roma, Cromácio, e seu filho Tibúrcio foram convertidos por ele. Em certa ocasião, Sebastião foi denunciado, pois estava contrariando o seu dever de oficial da lei. Teve então, que comparecer ante ao imperador para dar satisfações sobre o seu procedimento. 

O imperador da época era ninguém menos que o sanguinário Diocleciano, que lhe dispensara admiração e confiara nele, esperando vê-lo em destacada posição no seu exército, numa brilhante carreira e por isso considerou-se traído. Levado à sua presença, Sebastião não negou sua fé. O imperador lhe deu ainda uma chance para que escolhesse entre sua fé em Cristo e o seu posto no exército romano. Ele não titubeou, ficou mesmo com Cristo. A sentença foi imediata: deveria ser amarrado a uma árvore e executado a flechadas. 

Após a ordem ser executada, Sebastião foi dado como morto e ali mesmo abandonado, pela mesma guarda pretoriana que antes chefiara. Entretanto, quando uma senhora cristã foi até o local à noite, pretendendo dar-lhe um túmulo digno encontrou-o vivo! Levou-o para casa e tratou de suas feridas até vê-lo curado. 

Depois, cumprindo o que lhe vinha da alma, ele mesmo se apresentou àquele imperador anunciando o poder de Nosso Senhor Jesus Cristo e censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusando-o de inimigo do Estado. Perplexo e irado com tamanha ousadia, o sanguinário Diocleciano o entregou à guarda pretoriana após condena-lo, desta vez, ao martírio no Circo. Sebastião foi executado então com pauladas e boladas de chumbo, sendo açoitado até a morte, no dia 20 de janeiro de 288. 

Os algozes cumpriram a ordem e, para evitar a sua veneração, foi jogado numa fossa, de onde a piedosa cristã Santa Luciana o tirou, para sepulta-lo junto de São Pedro e São Paulo. Posteriormente, em 680, as relíquias foram transportadas solenemente para a Basílica de São Paulo Fora dos Muros, construída pelo imperador Constantino. Naquela ocasião em Roma a peste vitimava muita gente, mas a terrível epidemia desapareceu na hora daquela transladação. Em outras ocasiões foi constatado o mesmo fato; em 1575 em Milão, e em 1599 em Lisboa, ambas ficando livres da peste pela intercessão do glorioso mártir São Sebastião 

No Brasil, diz a tradição, que no dia da festa do padroeiro, em 1565, ocorreu a batalha final que expulsou os franceses que ocupavam a cidade do Rio de Janeiro, quando São Sebastião foi visto de espada na mão entre os portugueses, mamelucos e índios, lutando contra os invasores franceses calvinistas. 

Ele é o protetor da Humanidade, contra a fome, a peste e a guerra e é claro do cartão postal do Brasil, a cidade maravilhosa de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Quem é Deus para mim?


Padre Demétrio Gomes
Foto: Mariana Lazarin/cancaonova.com
Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos discípulos: “Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem?” Eles responderam: “Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros ainda, Jeremias ou algum dos profetas”. “E vós”, retomou Jesus, “quem dizeis que eu sou?” (Mateus 16,13-15).

Hoje, podemos nos sentir interpelados por Deus, que nos pergunta: "E vós, quem dizeis que eu sou? Quem os homens dizem que é Filho do Homem?"

No mundo em que vivemos, muitas pessoas conhecem Jesus Cristo, falam d'Ele, mas será que nós sabemos quem é Jesus Cristo? Eu penso que não. Se fizéssemos uma pesquisa ao final de uma Santa Missa e perguntássemos às pessoas: "Quem é Jesus Cristo?" Ouviríamos respostas muito diferentes, porque cada um acha que Ele é uma determinada pessoa ou imagem, mas geralmente não é Aquele que se revela a nós. Se fizermos essa pergunta a alguém que tenha uma visão marxista, possivelmente ouviríamos: “Jesus Cristo é o grande revolucionário libertador, que nos libertou da opressão do Império Romano, que vem nos salvar das opressões políticas”. Se perguntarmos isso a um jovem, com certeza, ouviríamos: “Jesus Cristo é o cara!”, “É o meu amigão”. Mas muitas dessas visões são redutivistas, não expressam quem é o Senhor em toda Sua grandeza. O Senhor não é simplesmente o “meu amigo”, Ele é o Cristo, o Filho de Deus vivo.

Em muitos desses exemplos, a figura de Cristo é definida em relação a "mim". Ele é o "meu" libertador, o espírito de luz que veio para "me" iluminar. São sempre definições funcionais. Não interessa quem é Cristo em si mesmo, mas quem Ele é para "mim". Isso não é uma novidade na Teologia, na história da Igreja.

No século 16, Martinho Lutero dizia que a razão do homem estava tão corrompida pelo pecado que não podia perceber quem era Deus. “O que Jesus Cristo é em si mesmo não me importa, o que me importa é quem é Jesus para mim. E Ele é o salvador para mim”. Lutero ignora toda uma tradição da Igreja, pela qual tantos homens tiveram que morrer para defendê-la.

Uma visão funcional de Deus pode ser sempre substituída. Se Deus é sempre o meu amigo, posso encontrar um amigo aqui na terra e substituí-Lo. Grande parte do ateísmo contemporâneo é parte disso. Nós católicos não podemos ir à Missa porque ela nos faz bem, mas porque Deus é Deus e merece toda adoração. Não vamos à igreja para nos sentirmos bem, mas para dar o culto verdadeiro ao único Deus verdadeiro. 
"Não vamos à igreja para nos sentirmos bem, mas para dar o culto verdadeiro ao único Deus verdadeiro."
Foto: Mariana Lazarin/cancaonova.com

Seria errado dizer que o Senhor é o meu libertador, o meu salvador, o meu amigo? Não, mas tudo é consequência daquilo que Deus é. Por isso interessa aqui descobrir um pouco mais sobre quem é esse Deus maravilhoso de que tanto os homens falam. Não seria petulante de nossa parte definir quem é o Senhor? Seria e não pretendo fazer isso. Nós podemos conhecer algo de Deus, mas não completamente. Deus é sempre cognoscível, mas não compreensível. Isso significa que podemos sempre conhecer algo do Senhor, mas não podemos esgotar tudo aquilo que Ele é na nossa pequena inteligência.

Deus é infinito, mas, quando o homem quer encaixá-Lo na sua pequena cabeça, entram aí as heresias. Então, como falar desse Deus cognoscível, mas não compreensível? Nós somos capazes de Deus, somos capazes de conhecê-Lo. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) enumera algumas fontes. O primeiro meio é a obra da criação. O Senhor quando cria, deixa na criação a Sua pegada, os Seus rastros.

“Pois o que de Deus se pode conhecer é a eles manifesto, já que Deus mesmo lhes deu esse conhecimento.20.De fato, as perfeições invisíveis de Deus — não somente seu poder eterno, mas também a sua eterna divindade — são claramente conhecidas, através de suas obras, desde a criação do mundo. Portanto, eles não têm desculpa” (Romanos 1,19-20).

Através da beleza da criação, o homem chega ao seu Criador. Portanto, existe, sim, um meio racional para nos aproximarmos desse conhecimento de Deus. A Igreja exalta a razão humana, ela é uma das únicas vozes que se levantam para defender a razão do homem.

Papa João Paulo II, na Encíclica “Fé e Razão”, afirma que “a fé e a razão são como duas asas que nos elevam ao conhecimento de Deus”, portanto, ambas nos aproximam do Senhor. Por isso a Igreja nunca temerá a ciência, porque esta nunca poderá negar tudo aquilo em que ela crê. Por essa razão, se quisermos ser fiéis a Cristo, temos de aprender a pensar, a raciocinar, pois é sobre a razão que se assenta a nossa fé.

A fé não suprime a razão, mas a dilata, abre seus horizontes. Portanto, católicos: aprendam a rezar a sua fé, conheçam a doutrina da Igreja, que nos salva e nos dá a verdadeira e autêntica libertação.

No final deste ano de 2012, entraremos no 'Ano da Fé' a pedido do Papa Bento XVI. Ele tem reiterado aos católicos que estudem o Catecismo da Igreja Católica, que nos debrucemos sobre ele. Um católico que não estuda é um católico que não tem raízes. Não estudar é um pecado de omissão. Um católico que não estuda sua fé se torna um verdadeiro parasita na Igreja.
"A criação é ato do transbordamento do amor de Deus."
Foto: Mariana Lazarin/cancaonova.com


A poucos dias, o Papa Bento XVI fez um discurso aos diplomatas da Santa Sé e afirmou que as uniões do mesmo sexo implicam um grande desastre para a humanidade, porque homem com homem e mulher com mulher não dão seguimento à sociedade, aos homens, pois não podem gerar.

Caríssimos, o que nós católicos queremos é que os homens utilizem a sua razão. Essas críticas ao Papa e à Igreja são fundamentalistas. Amigos, usem a razão; se não podem alcançar a fé, façam uma força para pensar. Dialogue no plano da razão se você não for humilde o bastante para dialogar na fé. A razão, portanto, é um meio de conhecermos Deus, mas ela não está totalmente plena.

Existe um meio superior para conhecer a Deus que é a revelação. O que o Magistério da Igreja afirma que, embora possamos conhecer algo do Senhor, frequentemente nos equivocamos acerca d'Ele, por isso Ele vem ao homem e se revela a ele. A nossa religião nada de forma contrária às outras religiões, pois estas testemunham o homem que busca a Deus e, frequentemente, o fazem por caminhos errados. Mas nós falamos de Deus que se revela ao homem, que se dá a ele por meio de patriarcas e profetas.

O segundo meio de conhecimento de Deus é a fé. Podemos conhecer o Senhor graças à revelação. Quem é esse Deus a quem adoramos, que, se não Se revelasse, não O conheceríamos plenamente? Deus é amor e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele. O Todo-poderoso se autodefine como amor.

Os filósofos neoplatônicos do século I diziam que o bem é difusivo por natureza, tende a se espalhar, ele se difunde, e Deus é o Sumo Bem. O amor também quer fazer com que outros seres participem do seu amor.

A criação é ato do transbordamento do amor de Deus. Tudo o que é criado só existe porque Deus ama. Inclusive o demônio é amado pelo Senhor, porque, se não o fosse, simplesmente desapareceria.

Foi por cada um de nós que Deus criou todo o universo. Toda a criação existe para o homem. Toda a natureza existe para que o homem cuide dela. Dentre as obras perfeitas do Senhor está a Virgem Maria, a obra mais perfeita que saiu das mãos do Senhor.

Ele cria tudo por nós, mas o homem O nega. O que mais impressiona é Deus praticamente "mendigar" o amor do homem. Ele não desiste de nós. O Senhor tem sede de que tenhamos sede d'Ele. Ele implora nosso amor e não podemos ficar indiferentes a esse amor. A razão de nossa alegria está no Senhor. Ele nos ama com amor eterno e isso nos basta. Só essa afirmação seria o bastante para curar todos os desamores que experimentamos ao longo da vida, seja com a família seja com os amigos.

Essa é a alegria de nossa vida. O Senhor nos ama com amor eterno e esse amor é totalmente gratuito. Se não tivéssemos isso claro, seríamos verdadeiros "voluntaristas", ou seja, sujeitos que fazem as coisas porque fazem, porque mandam-nos fazer, porque querem. Mas devemos rezar, porque os nossos sacrifícios nascem de um coração agradecido a Deus. Quando entendermos isso, pararemos de reclamar das dificuldades da vida, porque elas nos unem ao Senhor.

Quero pedir a você o firme propósito que o Papa tem nos pedido. Todos nós temos o firme compromisso de estudarmos o Catecismo da Igreja Católica e nos debruçarmos na doutrina sagrada.

Sejam católicos coerentes que amam o Senhor, não só com o coração, mas com toda a mente e com toda a força.
Transcrição e adaptação: Michelle Mimoso

sábado, 14 de janeiro de 2012

O DESAFIO DE VIVER A VOCAÇÃO CRISTÃ NO MUNDO DE HOJE

 Vivemos num mundo onde os valores do poder, do ter e do prazer são objetos de adoração e de idolatria. A luta pelo poder torna as pessoas desumanas. As guerras, o ódio e as tensões ameaçam o mundo que já encontra-se dividido entre ricos e pobres e divida-se cada vez mais em bandos antagônicos e inimigos que lutam para aniquilar o adversário. A sexualidade tornou-se presa fácil e objeto de prazer despojando o ser humano de sua dignidade e intimidade. A vida em seu conjunto perde a dimensão fraternal e comunitária e torna-se uma guerra onde os homens se desumanizam as serviço de valores-objetos como o poder, o ter e o prazer.
A secularização se expande cada vez mais e vai tomando conta das pessoas. O ser humano vai perdendo o sentido profundo de sua vida, sua razão de ser no mundo e tornando-se escravo de si mesmo, das leis criadas por ele mesmo e da máquina que deveria estar ao seu serviço.
 É dentro dessa realidade toda que nos encontramos como pessoas cristãs, chamadas a transformá-la, vivendo o compromisso que assumimos no Batismo.
Lembro-me que, em 1989, o Papa João Paulo II fazia um apelo aos jovens da época, muito válido aos jovens e a todos os cristãos de todos os tempos:
 “… não tenhais medo de ser santos! Tende a coragem de buscar e encontrar a verdade, para além do relativismo e da indiferença daqueles que tendem a edificar o nosso mundo como se Deus não existisse. Jamais sereis desiludidos se conservardes como ponto de referência na vossa busca, Cristo, verdade do homem. A revelar o mistério do Pai e do seu Amor, Ele ‘manifesta perfeitamente o homem ao próprio homem e descobre-lhe a sublimidade de sua vocação’ (GS 22).
Tende a coragem da solidariedade, na Igreja e no mundo: convidai todos a serem, juntamente convosco, os artífices da ‘civilização do amor’, que o evangelho exige que edifiquemos, superando as divisões e os ódios que se escondem no coração humano, reconciliando os homens com as criaturas, os homens entre si e os homens com Deus. Eis aqui o enorme projeto que se vos apresenta. Compete-vos pô-lo em prática!
… Ide também vós, por todos os lugares, sempre conscientes do desejo de (Jesus) Cristo: ‘Vim lançar fogo sobre a terra; e que quero eu senão que ele se tenha ateado?’ (Lc 12,49). Fazei com que arda este fogo que Jesus trouxe, o fogop do Espírito Santo, que queima toda a miséria humana, todo o mesquinho egoísmo, todo o mau pensamento. Deixai este fogo que se propague em seu coração”. (L’Osservatore Romano, nº 39/09/1991).
Em março de 1991, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, entre outras, o Papa dirige estas palavras à juventude em cadeia de rádio: “É tarefa dos jovens lembrar à humanidade, por palavras e pelo testemunho, que Deus é Pai de todos. (…) Exorto-vos a colocarem Cristo no centro de vossas vidas e a darem testemunho de Cristo, para construírem um mundo mais justo e mais fraterno”.
 O desafio está lançado, transformar este mundo que está se estruturando como se Deus não existisse, de tal forma que as pessoas estão caindo na solidão, no vazio: drogas, alcoolismo, depressão, prostituição, ganância, corrupção, abortos, violência ... e aumenta cada vez mais o numero dos suicídios. O homem vai se afastando cada vez mais de Deus e atraindo para si a morte, pois está esquecendo que Deus é o princípio, o fim e a presença da vida. Ele é a Vida.
O homem está esquecendo que é imagem e semelhança de Deus. Que Deus lhe preparou todo um universo, o ambiente da vida, e que é a presença de Deus, a união, a intimidade com Ele que mantém a vida.
Estamos esquecendo que Deus se fez um de nós, encarnou-se, veio recuperar, resgatar em nós esta imagem e semelhança sua maculada pelo pecado. Que Ele veio resgatar e nos mostrar pessoalmente a dignidade da vida.
Esta perda da consciência daquilo que somos é visível. Basta nos perguntar sobre a postura que temos diante da vida. Basta ver a realidade do matrimônio e da família como centro de formação da vida. Olhar para o número de abortos praticados a cada ano. E tantas outras realidades onde as cenas de morte parece ser normais nos dias de hoje.
A proposta de Jesus vem ao encontro de todas essas realidades como uma proposta de VIDA, proposta de amor.
Jesus Cristo nos revela que o Pai é AMOR, que ele quer a vida de seus filhos, pecadores, e não a morte. Já o Livro de Ezequiel nos aponta para esta vontade do senhor quando diz: “Certamente não tenho prazer na morte do ímpio; mas antes na sua conversão, em que ele se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos. Por que haveis de morrer, ó casa de Israel” (Ez 33,11). Já Lucas nos apresenta as seguintes palavras de Jesus: “Os sãos não têm necessidade de médico e sim os doentes; não vim chamar os justos, mas sim os pecadores, ao arrependimento” (Lc 5,31).
Cristo tem uma proposta concreta, baseada no mandamento do amor. Esta proposta se concretiza em várias dimensões:
PERDÃO – Deus nos perdoa e vem fazer-se presente no meio de nós. Ele mostra que o perdão é essencial como caminho, como condição para voltar à verdadeira vida. Cristo é a união de Deus com os homens e disse: “Eu vim para que todos tenham vida” ( Jo 10,10).
ANÚNCIO DA BOA NOVA – Cristo ensina ao mundo qual é a Vontade de Deus, ou seja, o que é essencial para a vida do ser humano.
TESTEMUNHO – Cristo dá a sua vida pela nossa vida. Testemunha, vive tudo o que fala, e finalmente morre na cruz para nos reconciliar plenamente com Deus.
VIDA ETERNA – Ressurreição. Nos dá a razão, o sentido da fé. Garante-nos a eternidade.
 Cristo mostra que todos são filhos de Deus e têm os mesmos direitos diante de Deus. Sua proposta é de fraternidade, de encontro e união entre todos. Para que isto aconteça, Ele propõe o AMOR: amor a tal ponto de amar os inimigos. Sua proposta é radical. Vai contra os valores individualistas do mundo.
A fim de que mude a situação de pecado é necessário que haja a conversão. A conversão é um “parto doído”, um sair das estruturas de pecado (do individualismo), para entrar numa nova estrutura: a comunidade do amor.
Nós já fomos perdoados por Cristo, através do seu mistério Pascal. Pelo Batismo assumimos o compromisso com Cristo: tornamo-nos cristãos. Somos herdeiros de Deus, elevados por Cristo à condição de filhos (cf. Gal 4, 1-7).
Ser cristão é reproduzir hoje a imagem de Cristo em nós. É perdoar a ponto de amar o inimigo. É anunciar ao mundo a Boa Nova que assumimos, testemunhando-a com a vida. Fazer do Evangelho, dos valores do reino a nossa conduta de vida. Viver o Evangelho no mundo de hoje como viveram as primeiras comunidades cristãs em seu tempo e em seu mundo (cf. At 2, 42 ss). Encontrar formas de mostrar ao mundo de hoje os valores nops quais nós acreditamos. Ter uma postura de vida coerente: traduzir a fé em gestos concretos, em atitude permanente.      Tantas vezes temos medo de ser diferentes. Esquecemos que se é necessário conversão, temos que ser o testemunho vivo daquilo que diferencia a situação.
Ser cristão hoje, necessita “nadar contra a correnteza” que o mundo apresenta. E o próprio cristo nos alerta que o mundo nos odiará. Por isso Ele pede para vigiarmos sem cessar.
Portanto, é necessário perseverar na luta. E todos sabemos como isso é difícil. Mas o próprio Cristo nos mostra que o reino de Deus é conquistado com esta força: a força da nossa vontade, consoante com a vontade e a graça de Deus que se faz presente.
Para isso, necessitamos da oração, da leitura e reflexão da Palavra de Deus, do silêncio e da escuta, a fim de descobrirmos a Vontade de Deus que nos levará à caridade, à vivência desta proposta.
Tudo isto começa pela fé em Jesus Cristo. Como poderemos manifestar o nosso testemunho ao mundo se não estivermos convictos de que aquilo no que e em Quem acreditamos é a Verdade?
Nós afirmamos que Deus é Amor, é Vida, é Pai. Não estamos satisfeitos com a situação do mundo hodierno. Dizemos que o Evangelho é Verdade... Mas, nos perguntemos agora: quanto tempo por dia dedicamos à leitura e à meditação da Verdade – da Palavra de Deus? Como está a nossa freqüência à Eucaristia? Como tornamos presente, no cotidiano da vida, o Cristo que recebemos na Palavra e na eucaristia? Façamos um exame de consciência.
Nós, cristãos, temos as três grande virtudes: Fé, Esperança e Caridade. Estas virtudes nos identificam como cristãos. Mas, se não as vivermos, que esperança, que sinal seremos para o mundo? Não seremos sal e luz para o mundo. Como é triste um cristão sem esperanças!
Se a nossa vida no dia-a-dia, o nosso modo de ser e de viver, a partirem das menores coisas e momentos que sejam, a nossa honestidade, coerência, caridade, fidelidade, não esquentarem o coração das pessoas, não as atraírem para Deus, estamos sendo falsos cristãos, nossa vida não está sendo de acordo com a nossa fé.
Nosso momento é agora. Não importa os passos dados, mas os que estamos e estaremos dando a partir de agora.
Que São Paulo, o perseguidor que converteu-se no maior missionário e testemunho de Cristo de todos os tempos, nos sirva de modelo e inspiração em nossa vivência cristã do dia-a-dia.
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