terça-feira, 31 de julho de 2012

Santo Inácio de Loyola


Neste dia celebramos a memória deste santo que, em sua bula de canonização, foi reconhecido como tendo "uma alma maior que o mundo".

Inácio nasceu em Loyola na Espanha, no ano de 1491, e pertenceu a uma nobre e numerosa família religiosa (era o mais novo de doze irmãos), ao ponto de receber com 14 anos a tonsura, mas preferiu a carreira militar e assim como jovem valente entregou-se às ambições e às aventuras das armas e dos amores. Aconteceu que, durante a defesa do castelo de Pamplona, Inácio quebrou uma perna, precisando assim ficar paralisado por um tempo; desse mal Deus tirou o bem da sua conversão, já que depois de ler a vida de Jesus e alguns livros da vida dos santos concluiu: "São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos isso, pois eu tenho também de o fazer".

Realmente ele fez, como os santos o fizeram, e levou muitos a fazerem "tudo para a maior glória de Deus", pois pendurou sua espada aos pés da imagem de Nossa Senhora de Montserrat, entregou-se à vida eremítica, na qual viveu seus "famosos" Exercícios Espirituais, e logo depois de estudar Filosofia e Teologia lançou os fundamentos da Companhia de Jesus. A instituição de Inácio iniciada em 1534 era algo novo e original, além de providencial para os tempos da Contra-Reforma. Ele mesmo esclarece: "O fim desta Companhia não é somente ocupar-se com a graça divina, da salvação e perfeição da alma própria, mas, com a mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição da alma do próximo".

Com Deus, Santo Inácio de Loyola conseguiu testemunhar sua paixão convertida, pois sua ambição única tornou-se a aventura do salvar almas e o seu amor a Jesus. Foi para o céu com 65 anos e lá intercede para que nós façamos o mesmo agora "com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade", repetia.

Oração de Santo Inácio
Tomai, Senhor, e recebei
Toda a minha liberdade, a minha memória também.
O meu entendimento e toda a minha vontade
Tudo o que tenho e possuo, vós me destes com amor.
Todos os dons que me destes, com gratidão vos devolvo
Disponde deles, Senhor, segundo a vossa vontade.
Dai-me somente, o vosso amor, vossa graça
Isto me basta, nada mais quero pedir.
 
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!


"Jesus é realmente fundamental. Sem Ele nada teria sentido!"
Santo Inácio de Loyola



quinta-feira, 26 de julho de 2012

Sant'Ana e São Joaquim, os pais de Nossa Senhora


Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant’Ana.
Em hebraico, Ana exprime “graça” e Joaquim equivale a “Javé prepara ou fortalece”.
Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant’Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora.
Sant’Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.
O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant’Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça.
A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José. A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.

Rezemos pedindo a intercessão dos avós de Jesus:

Ó Beatíssimos pais da Mãe de Deus, S. Joaquim e Sant’Ana, nós vos saudámos e bendizemos com devoção e amor. Alegramo-nos de todo o coração pela vossa glória e por aquele sublime privilégio pela qual Deus vos escolheu para serdes os pais da Mãe de Deus, Maria Santíssima. Rogai por nós a Jesus e a Maria para que nós os agrademos em tudo. Tende piedade de nós como os pais têm de seus filhos. Nós vos pedimos do fundo do coração para que intercedeis ao vosso divino Neto para que nos ajude na nossa caminhada e ilumine os nossos espíritos. Sede nossos consoladores na vida e na morte. Assisti-nos na nossa última agonia, para que dignamente recebamos os santos sacramentos da Igreja e, partindo deste mundo com o coração contrito, possamos chegar ao céu.
 
São Joaquim e Sant’Ana, rogai por nós!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Educar os jovens para a justiça e a paz


Vamos preparar os nossos jovens para a justiça e a paz

Com este tema o Papa Bento XVI deixou-nos uma profunda mensagem para o Dia Mundial da Paz, centrando seu pensamento nos jovens e sua educação. Diante das sombras que pairam sobre o mundo, educar os jovens é a saída e a esperança; mas para isso é preciso formá-los  no conhecimento da verdade e nas virtudes. E o Papa traça o itinerário a ser percorrido: educar os jovens para a compaixão, a solidariedade, a colaboração, a fraternidade, porque a crise que aflige a sociedade, mais do que financeira é uma crise cujas raízes são culturais e humanas.
Como os jovens são o futuro do mundo, então é preciso educá-los na esperança, fazendo-os ter apreço pelo valor da vida, sem medo de formar uma família e serem preparados para ter a capacidade de intervir no mundo da política, da cultura e da economia, contribuindo para a construção de uma sociedade melhor para todos.
O Papa insiste que a Igreja olha para os jovens com esperança, e encoraja-os a procurar a verdade e a defender o bem comum. Para isso é preciso dar-lhes uma educação integral, que não se limite ao corpo e ao intelecto, mas que atinja também a dimensão transcende, a vida espiritual. Ele relembra-nos que a educação é “a aventura mais fascinante e difícil da vida” que significa fazer crescer a pessoa de forma integral sem perder de vista a dimensão moral e espiritual do seu ser e o seu fim último que é Deus e o bem da sociedade.
Para que o jovem seja educado adequadamente, deverá antes de tudo receber na família, onde os pais são os primeiros educadores, as lições das virtudes e aprender a colocar a esperança antes de tudo em Deus. Que cada ambiente educativo seja aberto ao transcendente, e não se perca no materialismo e no consumismo alienante. Que os jovens sejam levados a apreciar e valorizar os irmãos, fugindo do egoísmo vazio. Que as instituições, especialmente o Estado, cooperem com a família e respeite os valores morais e religiosos dos pais, sem intervir neste espaço sagrado. Que os políticos deem aos jovens um exemplo transparente na política, como verdadeiro serviço para o bem de todos, sem politicagem, corrupção, e outros maus exemplos aos jovens. Que os meios de comunicação de massa informem segundo a verdade e a responsabilidade, com ética e respeito. Que se ensine aos jovens fazer uso bom e consciente da liberdade.
Sobre este aspecto da liberdade o Papa insiste na necessidade de educar para a verdade e para a liberdade porque o jovem traz no coração uma sede de infinito, que é também uma sede de verdade plena, capaz de explicar o sentido da vida: ele foi criado à imagem e semelhança de Deus. Não é possível educar o jovem sem leva-lo a reconhecer em si e nos outros a imagem de Deus, e assim ter um profundo respeito por cada ser humano. Sem a relação com Deus o homem não pode compreender o significado da sua liberdade. Sem isso ele se acha um ser absoluto, independente de tudo e de todos, podendo fazer tudo o que quer, acabando por  anular  a verdade sobre si mesmo e perdendo a verdadeira liberdade. Isso leva-o a viver numa terrível prisão fechado dentro do próprio “eu”.
O Papa denuncia em sua mensagem certa cultura moderna, baseada em princípios económicos racionalistas e individualistas, e que desvirtuam o conceito de justiça, separando-o da caridade e da fraternidade. E mais uma vez lembra o perigo do relativismo, que ele tem chamado de uma ditadura, que nada reconhece como definitivo, e que deixa apenas o eu como última medida. Isto gera uma falsa e perigosa liberdade. Dentro de um horizonte relativista como este, não é possível uma verdadeira educação, porque sem a luz da verdade a pessoa está condenada a duvidar da bondade da sua própria vida e da possibilidade de construir com os outros algo em comum.
Por fim o Papa lembra que para os cristãos, Cristo é a nossa verdadeira paz: n’Ele, na sua Cruz. Insiste que não são as ideologias que salvam o mundo – elas geraram muitas mortes –  mas a fé no Deus vivo é que garante a nossa liberdade, o que é bom e verdadeiro.
Aos jovens pede que fujam das “soluções fáceis para problemas difíceis”, como já tinha dito Paulo VI, e que destrói o mundo. Não se iludam com soluções fáceis para resolver os problemas. E que cientes dos seus talentos e potencialidades, nunca se fechem em si mesmos, mas que trabalhem por um mundo melhor para todos.

Fonte: Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 24 de julho de 2012

TRISTEZA E ALEGRIA


Psiquiatras e psicólogos estão alarmados com o crescimento do suicídio entre os jovens, uma das principais causas de morte entre eles, sinal de sua profunda tristeza e infelicidade.


Em sua mensagem para o XXVII Dia Mundial da Juventude de 2012 cujo tema é a frase de São Paulo: “Alegrai-vos sempre no Senhor!” (Fl 4,4), o Papa Bento XVI lembra que “a alegria é um elemento central da experiência cristã”. Eis alguns belos trechos:


“A Igreja tem a vocação de levar ao mundo a alegria, a alegria autêntica e duradoura, aquela que os anjos anunciaram aos pastores de Belém na noite do nascimento de Jesus (cfr Lc 2,10)... No difícil contexto atual, tantos jovens em torno de nós têm uma grande necessidade de sentir que a mensagem cristã é uma mensagem de alegria e de esperança! Gostaria de refletir com vocês, então, sobre as estradas para encontrá-la, a fim que possam vivê-la sempre mais em profundidade e que vocês possam ser mensageiros entre aqueles que estão à sua volta”.


“O nosso coração é feito para a alegria... E cada dia são tantas as alegrias simples que o Senhor nos oferece: a alegria de viver, a alegria diante da beleza da natureza, a alegria de um trabalho bem feito, a alegria do serviço, a alegria do amor sincero e puro..., os belos momentos de vida familiar, a amizade partilhada, a descoberta das próprias capacidades pessoais e o alcance de bons resultados, o apreço por parte de outros, a sensação de ser úteis ao próximo... Cada dia, porém, nos deparamos também com tantas dificuldades e nos corações existem preocupações para com o futuro... Como distinguir as alegrias realmente duradouras dos prazeres imediatos e enganosos? Como encontrar a verdadeira alegria na vida, aquela que dura e não nos abandona também nos momentos difíceis?”


“Deus é a fonte da verdadeira alegria. Na realidade, as alegrias autênticas, aquelas pequenas do cotidiano ou aquelas grandes da vida, encontram toda sua origem em Deus, mesmo se não parece à primeira vista... Deus quer fazer-nos participantes de sua alegria, divina e eterna, fazendo-nos descobrir que o valor e o sentido profundo da nossa vida está no ser aceito, acolhido e amado por Ele: eu sou querido, tenho um lugar no mundo e na história, sou amado pessoalmente por Deus. E se Deus me aceita, me ama e eu me torno seguro, sei de modo claro e certo que é bom que eu seja, que eu exista.”


“Este amor infinito de Deus por cada um de nós se manifesta de modo pleno em Jesus Cristo. Nele se encontra a alegria que buscamos... E, de fato, do encontro com Jesus nasce sempre uma grande alegria interior. Um cristão não pode ser jamais triste porque encontrou Cristo, que deu a vida por ele. Queridos jovens, não tenhais medo de arriscar vossa vida, abrindo-a a Jesus Cristo e seu Evangelho... Gostaria de exortar-lhes a serem missionários da alegria. Não se pode ser feliz se os outros não são: a alegria, portanto, deve ser compartilhada. Vão e contem aos outros jovens a alegria de vocês por terem encontrado aquele tesouro precioso que é o próprio Jesus”.

Dom Fernando Arêas Rifan *                                          
 *Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A amizade

“Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro” (Eclesiástico 6,14).
 
 A amizade tem a sua origem no céu; é um dom precioso que nasce do coração de Deus, o Melhor Amigo que podemos ter. É a mais bela flor de Seu jardim. Uma amizade verdadeira é tão bela quanto o coro dos querubins e serafins.  A amizade é inabalável como a rocha, como uma casa construída em terra firme.  Quem tem um amigo encontrou um tesouro, que nem mesmo todas as riquezas do mundo seriam capazes de comprar.  A amizade é como uma semente lançada em terra boa, como um pássaro que voa com segurança ao seu ninho. A ternura de um sorriso e de uma palavra amiga traduzem na alma a imagem e semelhança de Deus.
  Ter um amigo é ter a certeza de que se pode contar com alguém, para compartilhar as alegrias quanto para superar as tristezas.
         A amizade tem a leveza de um sorriso de uma criança que brinca, de um raio de sol que entra pela janela na manhã, de uma gota que chuva de molha uma flor.
         A amizade é um escudo que supera todos os obstáculos,  que seria capaz de vencer todos os exércitos e seus soldados.
         Amigo é aquele em quem se pode confiar de olhos fechados, é como um anjo da guarda em momentos difíceis, e como um abraço materno nas horas de alegria.
         Entre amigos não existe desconfiança nem inveja, mas paciência e perdão.
         A amizade não tem medo, é como uma criança que pula do alto de um muro nos braços de seu pai.
         A amizade é uma porta para a santidade, a amizade é a melhor cumplicidade.
 
 Rezemos hoje de modo especial por todos os nossos queridos amigos!
FELIZ DIA DO AMIGO!
 
 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Devoção à Nossa Senhora do Carmo


"Ó vinde cristãos Louvar a Maria,
com hino singelo de eterna alegria.
Flor do Carmelo, nossa alegria!
Salve, salve, Maria!
Foi lá no Carmelo que a Virgem,
do mar uma nuvem Elias a viu!
Flor do Carmelo, nossa alegria!
Salve, salve, Maria!" 
A devoção a Nossa Senhora do Carmo é muito antiga na Igreja. Sua origem veio do Monte Carmelo, na Palestina, quando no século XIII, São Simão Stock, então superior da Ordem Carmelita rezava para Nossa Senhora, pedindo proteção pelas perseguições que recebia. Foi para atender a este pedido que Nossa Senhora do Carmo apareceu e lhe fez a seguinte promessa: “Recebe, querido filho, este Escapulário de tua Ordem, privilégio para ti e para todos os meus filhos que usarem: aquele que morrer revestido deste ‘manto’ será preservado do fogo do inferno. Ele é sinal de salvação, proteção dos perigos.”
A partir daí a devoção difundiu-se rapidamente na Europa e propagou-se amplamente em outros lugares, inclusive na América Latina.
O Escapulário
Sinal de confiança e amor a Maria


O Escapulário é um sinal externo de devoção mariana, que consiste na consagração a Santíssima Virgem Maria, na esperança de sua proteção maternal. No dizer do Vaticano II, "um sinal sagrado, segundo o modelo dos sacramentos, por intermédio do qual significam efeitos, sobretudo espirituais, que se obtêm pela intercessão da Igreja". Em suas normas práticas o Escapulário é imposto só uma vez por um sacerdote ou diácono. Seu uso exige, no mínimo, a oração diária de três Ave-Marias em honra a Nossa Senhora do Carmo.
O Escapulário do Carmo não é: um sinal de proteção mágica ou amuleto; uma garantia automática de salvação; uma dispensa de viver as exigências da vida Cristã. O Escapulário do Carmo é composto por duas peças de pano, de cor marrom, unidas entre si por dois cordões. A palavra "escapulário" indica uma vestimenta que os frades usavam sobre o hábito religioso, durante o trabalho manual. Com o passar dos anos, a Igreja entendendo os privilégios e benefícios espirituais do escapulário, percebe a necessidade de reduzir o seu tamanho para que todos os fiéis o pudessem receber.
João Paulo II diz que a forma mais genuína da devoção à Virgem Maria, expressa pelo humilde sinal do escapulário, é a consagração ao seu Imaculado Coração (cf. Pio XII, Carta Neminem profecto; LG, 67). Pela consagração se realiza, no coração dos fiéis, uma crescente comunhão e familiaridade com Nossa Senhora. Trata-se de uma maneira nova de viver para Deus e de continuar aqui na terra o amor do Filho à sua mãe Maria.
Andrea Riccardi, historiador e acadêmico italiano, fundador da Comunidade de Santo Egídio, conheceu de perto o Santo Padre e escreveu sobre sua devoção no livro “João Paulo II: a biografia”. Nele, o autor fala sobre a vivência da consagração do Pontífice: “Esta piedade acompanhará toda a vida de João Paulo II que, desde jovem, anda com o escapulário de Senhora do Carmelo”. O Papa polonês uniu as duas espiritualidades: a devoção a Nossa Senhora do Carmo e a consagração segundo o método do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, de São Luís Maria Grignion de Montfort.
João Paulo II afirmava que o escapulário é sinal da "proteção contínua da Virgem Santíssima", não só ao longo do caminho da vida, mas também no momento da passagem para a plenitude da glória eterna”. No entanto, a devoção a Maria não pode se limitar a orações e oferecimentos em sua honra em algumas momentos, mas “deve constituir um hábito, isto é, um ponto de referência permanente do seu comportamento cristão, tecido de oração e de vida interior, mediante a prática frequente dos sacramentos e o exercício concreto das obras de misericórdia espiritual e corporal”.
O escapulário é sinal da aliança e da comunhão recíproca entre Maria e os fiéis. Ele traduz, de maneira concreta, a entrega que Jesus fez na cruz. Cristo entregou a João, e nele a todos nós, a sua mãe. Neste mesmo ato, confiou o seu apóstolo predileto e, também nós, a Virgem Maria, constituindo-a nossa mãe espiritual (cf. Jo 19, 25-27).
As palavras de João Paulo II aos religiosos e às religiosas do Carmelo e aos demais fiéis que veneram filialmente a Virgem Maria são um convite também para nós, hoje, para “crescer no seu amor e irradiar, no mundo, a presença desta mulher do silêncio e da oração, invocada como mãe da misericórdia, mãe da esperança e da graça”.

Oração à Nossa Senhora do Carmo
Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais com especial bondade para quem trás o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto de vossa fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a eternidade.
Nossa Senhora do Carmo libertai as benditas almas do purgatório.
Amém.

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós! 


sábado, 14 de julho de 2012

São Camilo de Lellis

A HISTÓRIA DE SÃO CAMILO DE LELLIS
Pertencente de uma nobre e tradicional família, Camilo de Lellis foi militar e pelo seu caráter, expulso da tropa. Viciado em jogo, levava vida profana e decadente. Perdeu todos os seus bens. No momento mais melancólico de sua vida, em uma situação de mendicância, Camilo foi tocado pela graça divina, arrependendo-se de todos os seus pecados, passando a dedicar sua vida a servir, por espírito de caridade, aos doentes pobres em hospitais. E diante de tanta dedicação, fundou a Companhia dos Servidores dos Enfermos, conhecidos como Camilianos. E não é por menos que tornou-se patrono dos enfermos e dos hospitais
Seu sobrenome remonta à história da igreja, época de Teodoro de Lellis, o Cardeal Pio II. Mas São Camilo de Lellis fez a própria história e deixou sua fé e sua dedicação aos enfermos disseminadas por todo o mundo.
São Camilo era italiano de Abruzzo, mas precisamente da cidade de Bucchianico. Em 1550, ano de seu nascimento, sua família carregava no sangue virtude, coragem e brio dos que lutaram nas Cruzadas.
 Seu nascimento coroou o casamento de tantos anos da senhora Camila, a mãe, que até os 60 anos de idade não tinha conseguido dar um herdeiro ao esposo João.
Vida Voluntária
 E foi com 17 anos que Camilo alistou-se como voluntário no exército de Veneza. Naquela época, pôde conviver com o drama dos enfermos que agonizavam diante de várias doenças. Foi dessa época também que Camilo passou a viver com uma dolorosa úlcera no pé, que o acompanhou até o último dia de vida. Nesse período, também sofreu a perda do pai e sua vida enveredou-se para os prazeres mundanos, como o da jogatina.
 A vida de Camilo mudou completamente. Sofreu diante da falta de condições financeiras e de saúde. Doente, não conseguiu local para internar-se, o que o fez partir para Roma, pedindo auxílio no Hospital Santiago, justamente para tratar da chaga no pé direito. Camilo não tinha dinheiro para pagar o tratamento e ofereceu-se para trabalhos de servente e de enfermeiro.
 Mal cicatrizada a ferida, Camilo, sem nenhum recurso financeiro, soube que o país recrutava voluntários para combater os turcos. E lá foi ele. Não parou tão cedo. Em 1573, mais um combate. Neste ano, quase restabelecido economicamente, Camilo, mais uma vez, rendeu-se aos prazeres mundanos e atirou-se aos jogos. Perdeu tudo. Ficou a zero, reduzido à miséria. Retornou a Nápoles e prometeu se fazer religioso franciscano.
 Um ano depois, Camilo esqueceu-se do voto que fizera de se tornar religioso franciscano e mergulhou novamente no jogo. O jogo e a bebida tornaram-se vícios em sua vida. Ficou novamente na miséria. Partiu para Veneza. Passou frio e fome. Não tinha onde morar, nem dormir. Em uma das derrotas no jogo, deu como pagamento a própria camisa. Depois de muito perambular, conseguiu abrigo no convento dos capuchinhos, momento em que lembrou do voto de tornar-se religioso. Converteu-se realmente.
Cumpriu Abnegado Sua Missão
 Camilo retornou ao Hospital Santiago, desta vez como mestre da casa. Apesar de doente, tratou dos enfermos como de si. Em 1581, com a saúde precária, decide tratar dos doentes gratuitamente. Na época, Camilo foi levado a agir assim diante da exploração, desonestidade e falta de escrúpulos dos médicos para com os doentes. Em 1582, Camilo teve a primeira inspiração de instituir uma companhia de homens piedosos que aceitassem, generosamente, a missão de socorrer os pobres enfermos, sem preocupação de recompensa.
Aos 32 anos voltou aos estudos, sendo ordenado sacerdote aos 34 anos. Aos 18 de março de 1586, o papa Sixto V aprova a Congregação Religiosa fundada por Camilo.
 Em 21 de setembro de 1591, o papa Gregório XIV eleva a Congregação de Camilo ao “status” de Ordem Religiosa.
 Na guerra que logo em seguida houve na Hungria, os “Camilianos” trabalharam como primeira unidade médica de campo, cuidando dos feridos.
Não bastou a Camilo tomar consigo apenas bons enfermeiros e alguns até médicos, os doentes careciam também de assistência religiosa. É evidente que a alma bem cuidada dispõe melhor o corpo para suportar os sofrimentos e sobrepor-se à doença. Vale destacar que antes de ser santo, Camilo não tinha qualquer ligação de fé no Senhor.
Muito doente, Camilo renunciou ao cargo de Superior Geral de sua Ordem Religiosa em 1607.
Faleceu em Roma aos 14 de julho de 1614. Sua festa é celebrada aos 14 de julho, data de sua morte.
Nos primeiros dias de julho de 1614, já no seu leito de morte, recebeu a última comunhão e deixou as seguintes recomendações:
 ”Observai bem as regras. Haja entre vós uma grande união e muito amor. Amai, e muito, a nossa Ordem, e dedicai-vos ao apostolado dos enfermos. Trabalhai com muita alegria nesta vinha do Senhor. Se Deus me levar para o Céu, vos hei de ajudar muito de lá. As perseguições que sofreu nossa obra vieram do ódio que o demônio tem ao ver quantas almas lhe escaparam pelas garras. E já que Deus se serviu de mim, vilíssimo pecador para fundar miraculosamente esta Ordem, Ele há de propagá-las para o bem de muitas almas pelo mundo inteiro. Meus padres e queridos irmãos: eu peço misericórdia a Deus e perdão ao padre Geral aqui presente e a todos vós, de todo mau exemplo que eu pudesse ter dado, talvez mais pela minha ignorância, do que pela má vontade. Enfim, eu vos concedo da parte de Deus, como vosso Pai, em nome da Santíssima Trindade e da bem-aventurada Virgem Maria, a vós aqui presentes, aos ausentes e aos futuros, mil bênçãos”.
 Camilo de Lellis morreu no dia 14 de julho de 1614. Seu féretro foi marcado por muita comoção e acompanhado por uma multidão. Mas um milagre era visto naquele dia: enquanto preparavam o corpo de Camilo para o funeral, os médicos, estarrecidos, notaram que a chaga havia desaparecido.
Em 1746, durante uma festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, o Papa Bento XIV, no dia 29 de junho, declara Santo o nome de Camilo de Lellis.
Em 1886, Leão XIII declarou São Camilo, juntamente com São João de Deus, Celestes protetores de todos os enfermos e hospitais do mundo católico.
No dia 28 de setembro de 1.930, Pio XI proclamou Camilo ” Protetor dos profissionais da saúde”


ORAÇÃO DE SÃO CAMILO

Glorioso São Camilo, volvei um olhar de misericórdia sobre os que sofrem e sobre os que os assistem. Concedei aos doentes aceitação cristã, confiança na bondade e no poder de Deus. Dai aos que cuidam dos doentes dedicação generosa e cheia de amor. Ajudai-me a entender o mistério do sofrimento, como meio de redenção e caminho para Deus. Vossa proteção conforte os doentes e familiares, e os encoraje na vivência do amor. Abençoai os que se dedicam aos enfermos, e que o bom Deus conceda paz e esperança a todos. Amém.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória.
São Camilo, rogai por nós!

São Camilo de Lellis, rogai por nós e por todos os enfermos!

Biografia de São Camilo de Lelis pelos Camilianos



 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Santa Teresa de Jesus dos Andes

Hoje celebrando o dia de Santa Teresa de Jesus dos Andes encontramos grande devoção a esta santa mulher na JMJ 2013, que foi escolhida como Intercessora da Jornada do próximo ano.


Partilhamos um resumo da vida de Santa Teresa de Jesus dos Andes, que foi publicado no site oficial do Vaticano:

"Teresa de Jesus dos Andes  põe-nos diante dos olhos o testemunho vivo do Evangelho, encarnado até às últimas exigências na sua própria vida.

Ela é, para a humanidade, prova indiscutível de que a chamada de Cristo à santidade é atual, possível e verdadeira. Ela ergue-se diante de nós para demonstrar que a radicalidade do seguimento de Cristo é o único que vale a pena e o único capaz de fazer-nos felizes. Teresa dos Andes, com a eloquência duma vida intensamente vivida, confirma-nos que Deus existe, que Deus é amor e alegria, que é a nossa plenitude.

Nasceu em Santiago do Chile a 13 de Julho de 1900. No Batismo foi-lhe dado o nome de Joana Henriqueta Josefina dos Sagrados Corações Fernández Solar. Familiarmente era conhecida, e é-o ainda hoje, pelo nome de Juanita.
Viveu uma infância normal no seio da família: os pais, Miguel Fernández e Lucia Solar; três irmãos e duas irmãs; o avô materno, tios, tias e primos. A família gozava de boa posição económica e guardava fielmente a fé cristã que vivia com sinceridade e constância.
 
Joana recebeu a sua formação escolar no colégio das Irmãs francesas do Sagrado Coração... Aos catorze anos, movida por Deus, já ela se decidiu a consagrar-se a Ele como religiosa, em concreto, como carmelita descalça.

Este seu desejo veio a realizar-se a 7 de Maio de 1919, quando entrou no pequeno mosteiro do Espírito Santo na povoação de Los Andes, a cerca de 90 kms de Santiago. Vestiu o hábito de carmelita no dia 14 de Outubro desse mesmo ano, iniciando assim o noviciado com o nome de Teresa de Jesus...
 
Após muitas tribulações interiores e indizíveis padecimentos fisicos, causados por um violento ataque de tifo que lhe consumiu a vida, passou deste mundo para o Pai no entardecer do dia 12 de Abril de 1920. Tinha recebido com sumo fervor os santos sacramentos da Igreja e no dia 7 de Abril fez a profissão religiosa em artigo de morte...

Esta é a trajetória externa desta jovem chilena de Santiago. Desconcerta e desperta em nós uma grande interrogação: Mas, que fez ela de importante? Para tal pergunta, uma resposta igualmente desconcertante: viver, crer, amar...

Tinha compreendido, já desde pequena, que o amor se mostra mais com obras que com palavras. Por isso traduziu-o em todos os atos da própria vida, desde a sua motivação mais profunda. Olhou-se a si mesma de frente com olhos sinceros e sábios e compreendeu que, para ser de Deus, era necessário morrer para si mesma e para tudo o que não fosse Ele...
 
Com abundante graça de Deus e a generosidade duma jovem apaixonada, entregou-se à oração, à aquisição das virtudes e à prática da vida segundo o Evangelho, de tal modo que em breves anos foi elevada a alto grau de união com Deus...

A santidade da sua vida resplandeceu nos atos ordinários de cada dia em qualquer ambiente onde viveu: a família, o colégio, as amigas, os vizinhos com quem passava parte das suas férias e a quem, com zelo apostólico, catequizou e ajudou...

 
A sua vida no convento carmelita descalço, de 7 de Maio de 1919 até à morte, foi o último degrau da sua ascensão ao cume da santidade. Nada mais que onze meses bastaram para consumar uma vida totalmente cristificada...

Os seus restos são venerados no Santuário de Auco-Rinconada dos Andes por milhares de peregrinos que buscam e encontram nela a consolação, a luz, e o caminho reto para Deus.
Santa Teresa de Jesus nos Andres  é a primeira Santa chilena, a primeira Santa carmelita descalça de além fronteiras da Europa e a quarta Santa Teresa do Carmelo, depois das Santas Teresas de Avila, de Florença e de Lisieux"

Santa Teresa de Jesus dos Andes, rogai por nós!


 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

São Bento

Bento nasceu por volta de 470 em Núrsia, a cerca de oitenta quilômetros de Roma. Cresceu em família rica, que pôde enviá-lo para a capital para se aperfeiçoar nos estudos.
Se na cidade eterna tinha sido reacendida a esperança de um retorno ao antigo esplendor, era devido a Teodorico. Em maio do ano 500, o rei ostrogodo visitou Roma e fez o seu brilhante discurso no fórum. Talvez, entre os numerosos estudantes curiosos, estivesse também Bento. O encanto, porém, durou pouco, devido às lutas internas entre os romanos e o rei Ostrogodo.
Valia a pena continuar os estudos para depois se colocar a serviço dos corruptos? Bento fugiu então para Enfide, hoje Affile, e se hospedou na casa do pároco do lugar. Por lá, permaneceu por pouco tempo, retirando-se para uma gruta entre os bosques Subiaco, conhecida hoje como a Gruta Sagrada. Foram três anos de meditação e de oração profunda.
Após uma experiência frustrante na coordenação do mosteiro de Viviaco, foi acolhido novamente em Subiaco por jovens que viviam só para Deus, afastados das vaidades e da corrupção do mundo. Preparou para eles doze pequenos mosteiros, enquanto cuidava da vigilância de todos. Mudou-se, mais tarde, para Montecassino, onde amadureceu um Novo projeto para seu grupo de monges.
A fama de Monte cassino
Bento concedeu o mosteiro como um lugar onde se realiza em plenitude o reino dos céus. Os monges são homens livres submetidos à “escola do serviço divino”, sob a direção sábia e paterna do abade.
De Monte cassino já se falava em toda parte sobre o mosteiro de Bento. Personagens ilustres subiam a santa montanha para encontrá-lo, como São Sabino de Canosa e São Germano, bispo de Cápua, amigo intimo de Bento, que viu sua alma subir ao céu em forma de um globo de fogo.
O “paraíso” de Bento
Houve um acontecimento verdadeiramente extraordinário na vida de São Bento:
No dia 29 de outubro de 540, chegou a Monte cassino o diácono Servando, que se distinguia pela eminente doutrina espiritual. Bento ofereceu-lhe o próprio quarto no primeiro andar da torre. Ao anoitecer, o santo patriarca havia já antecipado a hora da oração em vigília. Por aquele gosto pela natureza que possuem os grandes amigos de Deus, orava junto à janela. Pouco a pouco, aprofundando-se na divina contemplação, o santo sentia que seu coração se inflamava. Em certo momento, sua alma sentiu-se transportada para contemplar sem mistérios o rosto daquele que “habita numa luz inacessível” (História de São Bento e do seu tempo, A. I. Schuster).
Os autores místicos, a começar por Gregório Magno, trataram longamente sobre a natureza dessa elevação do santo patriarca. São Boaventura afirma que o vidente contempla Deus, e tudo conhece nele. O Papa Urbano VIII, em uma bula sobre São Bento, afirma que o santo, embora estando aqui na terra, mereceu ver seu Criador e cada criatura em Deus. Sua alma dilatou no Senhor, como bem explica São Gregório: “Arrebatado em Deus, sua mente se dilatou e ele viu sem dificuldade toda a criação”.
A visão foi breve, mas os efeitos não puderam mais ser apagados de seu espírito. Durante os sete anos que ainda viveu, não fazia outra coisa a não ser falar e suspirar pelo paraíso. Desde a noite em que contemplou a divina luz no céu, sua fisionomia transformou-se. O homem de Deus tinha aspecto sereno e um porte angelical. Envolvia-o uma atmosfera de luz celeste, de tal modo que, vivendo ainda na terra, compreendia com afeto que sua casa estava no céu.
Se Bento foi favorecido por uma visão celeste, não foi para premiar sua virtude heroica, mas para que seu carisma tivesse a força de reproduzir a vida do céu no mosteiro, e contribuir para restabelecer a harmonia da criação.

Oração pedindo a Intercessão de São Bento:

"Ó Glorioso São Bento, que sempre se mostrou compassivo com os necessitados, fazei que também nós, recorrendo à Vossa poderosa intercessão, obtenhamos auxílio em todas as nossas aflições.
Que em nossas famílias reine a paz e a tranquilidade, que se afastem todas as desgraças, tanto corporais como espirituais, especialmente o pecado.
Alcançai São Bento, do Senhor Nosso Deus, a graça que necessitamos: (coloque no colo de Jesus sua intenção, tudo o que lhe aflinge).
São Bento dai-nos a graça de que, ao terminar nossa vida neste vale de lágrimas, possamos ir louvar a Deus convosco no Paraíso.
Rogai por nós, ó glorioso patriarca São Bento, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
São Bento libertai-nos do mal!
São Bento libertai-nos da inveja!
São Bento libertai-nos do pecado!
São Bento libertai-nos de todo e qualquer tipo de aflição.
Amém".



São Bento, rogai por nós!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Dom Eugênio Sales foi autêntica testemunha do Evangelho, diz Papa

Cardeal Eugênio Sales com o Papa Bento XVI na Catedral de São Paulo, por ocasião da visita do Santo Padre ao Brasil, em 2007

Telegrama de Bento XVI pela morte de Dom Eugênio Sales 

Boletim da Santa Sé

Exmo Revmo Dom Orani João Tempesta
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro
Recebi a triste notícia do falecimento do Venerado Cardeal Eugênio de Araujo Sales, depois de uma longa vida de dedicação à Igreja no Brasil, venho exprimir meus pêsames a si e aos bispos auxiliares, ao clero e comunidades religiosas, aos fiéis da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, que por três décadas teve nele um intrépido pastor, revelando-se autêntica testemunha do Evangelho no meio do seu povo.
Dou graças ao Senhor por ter dado à Igreja tão generoso pastor que, nos seus setenta anos de sacerdócio e cinquenta e oito de episcopado, procurou apontar a todos a senda da verdade na caridade e do serviço à comunidade, em permanente atenção pelos mais desfavorecidos, na fidelidade ao seu lema episcopal: “Impendam et superimpendar” (gastarei e gastar-me-ei por inteiro por vós).
Enquanto elevo fervorosas preces para que Deus acolha na sua felicidade eterna este seu servo bom e fiel, envio a essa comunidade arquidiocesana, que lamenta perda dessa admirada figura, à Igreja no Brasil, que nele sempre teve um seguro ponto de referência e de fidelidade à Sé Apostólica e a quantos tomam parte nos sufrágios animados pela esperança da ressurreição, uma confortadora bênção apostólica.

 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Santa Paulina


Celebramos hoje a festa de Santa Paulina(1865-1942), cujos restos mortais se encontram na Capela Sagrada Família, na Avenida Nazaré.
Santa Paulina foi beatificada pelo Papa João Paulo II aos 18 de outubro de 1991, em Florianópolis, SC, e canonizada pelo mesmo Papa em 19 de maio de 2002, na cidade de Roma, Itália.
Olhando para a vida e a obra de Santa Paulina, seja em Santa Catarina ou em São Paulo, verificamos as singelas manifestações de sua resposta de conduta moral ao dom da santidade que Deus lhe oferecera no batismo: amor a Jesus Cristo e a Nossa Senhora; sentido de pertença à Igreja e obediência aos bispos; serviço desinteressado aos doentes, órfãos, empobrecidos e idosos; cultivo da virtude da humildade em grau máximo.
Em Santa Paulina houve um sólido equilíbrio entre as dimensões vertical e horizontal da fé, entre relação com Deus e vida de fraternidade. A conjunção destes elementos, do divino e do humano, permitiu-lhe uma configuração heróica com a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus encarnado para a salvação dos homens, do mundo e da história. Nela a fé floresceu vicejante e produziu frutos de qualidade e em abundância.
Vivemos tempos de crise da fé que animou a vida de Santa Paulina. O Papa Bento XVI conclama o Povo de Deus a fazer um ano da fé, a começar em outubro de 2012 e encerrar em novembro de 2013, um período para acolher, fundamentar, professar e transmitir o dom da fé derramado em nossos corações pelo Divino Espírito Santo.
Em nossos dias, o revigoramento da vida da fé no Povo de Deus, com as devidas repercussões no mundo e na história, passa pela recuperação da simplicidade da vida de fé, tal como encontramos em Santa Paulina. Ao longo do tempo, a título de explicitação e enriquecimento, muitos elementos foram acrescidos à vida de fé, tornando-a demasiadamente complexa e pesada para os fiéis.
Na sociedade, vivemos o tempo da objetividade, do funcional, da linguagem direta e das indicações precisas. Estas são também exigências humanas atuais para a vida e a linguagem da fé, que precisaria ser menos prolixa e mais direta, menos conceitual e mais existencial, menos pastoralista e mais pastoral, valorizando a vida ordinária iluminada pelos valores oriundos da fé em Jesus Cristo.
Em Santa Paulina, a vida de fé é complexa sem ser complicada, é simples sem ser simplória, é teológica sem ser ideológica, é divina sem deixar de ser humana, é cristológica e mariana sem deixar de ser moral, é fundada na Palavra de Deus sem esquecer os sinais dos tempos.
Para acolher, conhecer, viver, aprofundar, professar e transmitir a nossa fé, a vida dos santos nos ajuda, pois são exemplos vivos de pessoas que viveram da e na fé. Olhemos nesta semana para Santa Paulina, e deixemos que ela nos ajude com seu exemplo e intercessão a sermos firmes e fortes na fé, deixando que ela, a fé, nos rejuvenesça sempre.

Santa Paulina, rogai por nós!

sábado, 7 de julho de 2012

Novena a Nossa Senhora do Carmo


No dia 16 de julho, celebramos, a memória de Nossa Senhora do Carmo e hoje, dia 7,  damos início a novena.
Peçamos a Nossa Senhora do Carmo a graça da santificação de toda Administração Apostólica e a graça da nossa perseverança na Fé!


Oração preparatória
Deus Eterno e todo-poderoso, Padre, Filho e Espírito Santo, postrado em vossa misericórdia pelos méritos de vossa Filha predileta, Mãe soberana e Esposa Santíssima, a exelsa Virgem Maria do Monte Carmelo, maternal protetora de todos os nessecitados na vida, na morte e no purgatório. Ouvi-me, Senhor, nesta novena que a Ela consagro, e concedei-me o viver e morrer em vossa graça, para vos contemplar e bendizer eternamente na sua gloriosa companhia. Amém.

Primeiro Dia

Oh! Maria, Virgem Mãe Imaculada, Rainha do Carmelo, que fostes contemplada pelo Profeta Elias na nuvenzinha que subia do mar, depois transformada em chuva copiosa, derramai sobre toda a humanidade as graças de vosso Coração Imaculado e convertei aos pobres pecadores.
Ave-Maria.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

Segundo Dia

Rainha e Mãe do Carmelo, Virgem Mãe Imaculada, que durante séculos fostes honrada em vossa Maternidade Divina no Monte Carmelo pelo Profeta Elias e seus sucessores - os Filhos dos Profetas - fazei reinar em nossas famílias essa mesma entranhada devoção que torne cada vez mais presente em nossos lares os vosso Divino Filho Jesus que nos guarde, para a vida eterna.
Ave-Maria.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

Terceiro Dia

Oh! Maria Imaculada, Virgem Santíssima do Carmo, que visitastes vossos Filhos Carmelitas no Monte Carmelo, consolando-os, dando-lhes graças abundantes, visitai também as nossas almas, ajudando-nos a fugir do pecado e a praticar com amor as obras de misericórdia.
Ave-Maria.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

Quarto Dia

Maria, Virgem imaculada, Rainha do Carmelo, lembrai-vos que vossos Filhos Carmelitas do Monte Carmelo após o Pentecostes abraçaram o Evangelho e o anunciaram por toda parte, ensinado também todos a Vos conhecerem e amarem; e no Monte Carmelo Vos consagraram o primeiro templo do mundo em vossa honra. Dai-nos muitos missionários, que por toda parte vos façam conhecer, para a dilatação do Reino de Jesus.
Ave-Maria.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós. 

Quinto Dia 

Maria, Rainha e Mãe dos Carmelitas, que lhes destes como penhor da salvação o Santo Escapulário, nós vos agradecemos e Vos suplicamos a graça de viver na fidelidade à Lei de Deus para que em nossa morte possamos contar com a vossa presença e ir ao céu contemplar-Vos eternamente.
Ave-Maria.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

Sexto Dia

Maria, Virgem Mãe Imaculada, Rainha do Carmelo, que tendes concedido as mais extraordinárias graças através de vosso Santo Escapulário, ajudai-me a trazê-lo dignamente, conservando a pureza de coração e de costumes, repelindo tudo o que possa magoar o vosso olhar puríssimo.
Ave-Maria.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

Sétimo Dia

Rainha e Mãe do Carmelo, que fizestes grandes milagres através do Santo Escapulário, cobri o mundo com o esplendor de Vosso Imaculado Coração para que seja enfraquecido o reino do mal e do pecado, e todos os povos se aproximem de Vós para imitar vossa pureza e caridade.
Ave-Maria.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

Oitavo Dia

Maria, Virgem - Mãe Imaculada Rainha do Carmelo, que sempre concedestes as maiores graças aos Carmelitas, enviai-nos muitas vocações sacerdotais, religiosas e para o Carmelo Secular, para que o vosso Nome seja sempre mais glorificado, para a glória de vosso Filho Jesus Cristo.
Ave-Maria.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

Nono Dia

Maria, Rainha e Mãe do Carmelo, que velais pela Santa Igreja com maternal amor, abençoai o Santo Padre, o nosso Bispo, os sacerdotes, os religiosos e todo o povo cristão. Abençoai a cada um de nós que desejamos vossa proteção agora e na hora de nossa morte.
Ave-Maria.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

Oração para todos os dias

Nossa Senhora do Carmo que deixastes o Santo Escapulário como sinal do Vosso amor e proteção
Sois reconhecida como assistência na vida e consoladora amável na hora da morte, eu, vosso filho e devoto, pronto a Vos servir, disposto a Vos amar, me apresento a Vós e nesta Novena faço o meu pedido (Peça a Graça que você necessita)
Nossa Senhora do Carmo, nunca se ouviu dizer que alguém necessitado, tendo recorrido a Vós, tenha ficado desamparado
Com confiança, Mãe do Escapulário, intercedei junto ao Vosso filho Jesus Cristo, por mim, por aqueles por quem devo rezar sempre e por aqueles que se confiam às minhas orações
(3 Ave-Marias)
Mãe amável, sede-nos propícia e rogai por nós a Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Santa Maria Goretti

A Igreja, neste dia, celebra a virgem e mártir que encantou e continua enriquecendo os cristãos com seu testemunho de "sim" a Deus e "não" ao pecado. Nascida em Corinaldo, centro da Itália, era de família pobre, numerosa e camponesa, mas muito temente a Deus.

Com a morte do pai, Maria Goretti, com os seus, foram morar num local perto de Roma, sob o mesmo teto de uma família composta por um pai viúvo e dois filhos, sendo um deles Alexandre. Aconteceu que este jovem por várias vezes tentou seduzir Goretti, que ficava em casa para cuidar dos irmãozinhos. E por ser uma menina temente a Deus, sua resposta era cheia de maturidade: "Não, não, Deus não quer; é pecado!"

Santa Maria Goretti, certa vez, estava em casa e em oração, por isso quando o jovem, que era de maior estatura e idade, tentou novamente seduzi-la, Goretti resistiu com mais um grande não. A resposta de Alexandre foram 14 facadas, enquanto da parte de Goretti, percebemos a santidade, na confidência à sua mãe: "Sim, o perdôo... Lá no céu, rogarei para que ele se arrependa... Quero que ele esteja junto comigo na glória eterna".

O martírio desta adolescente, de apenas 12 anos, foi a causa da conversão do jovem assassino, que depois de sair da cadeia esteve com as 400 mil pessoas, na Praça de São Pedro, na ocasião da canonização dessa santa, e ao lado da mãe dela, que o perdoou também.

Santa Maria Goretti manteve-se pura e santa por causa do seu amor a Deus, por isso na glória reina com Cristo intercedendo por nós.

Santa Maria Goretti, rogai por nós!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Santo Antônio Maria Zaccaria


O santo de hoje foi um grande apaixonado por Jesus Eucarístico e pela Virgem Maria, por isso, santificado e "santificador" de muitos. Antônio Maria, nasceu em Cremona, no norte da Itália em 1502 e, ao perder o pai muito cedo teve de sua mãe o grande gesto de amor que consistiu em dedicar-se somente para sua educação, tanto assim que, com apenas 22 anos, já era médico.

Ele fazia de sua profissão um apostolado, por isso não cuidava só do corpo, mas também da alma dos seus pacientes que eram tratados como irmãos deste médico corajoso, pois viviam em um ambiente impregnado pelo humanismo sem Deus.

Chamado por Cristo, ampliou seu apostolado ao ser ordenado sacerdote e, desta forma, pôde testemunhar Jesus e a unidade da Igreja num tempo em que as ciências de fundo pagão, a decadência das ordens religiosas, do clero, pediam não uma Reforma Protestante, mas sim uma santidade transformadora.

Fundador dos Clérigos Regulares de São Paulo e, com a ajuda de uma condessa, da Congregação das Angélicas de São Paulo, Antônio viveu, comunicou vida num dos períodos mais difíceis da Igreja de Cristo. Depois de muito propagar a devoção a Jesus Eucarístico, por ter trabalhado demais, veio com 37 anos "dormir" nos braços de sua mãe terrestre e acordar nos braços de sua Mãe Celeste.


Santo Antônio Maria Zaccaria, rogai por nós!

terça-feira, 3 de julho de 2012

A grandeza do Sangue de Cristo


Preciosíssimo Sangue de Jesus
A Igreja dedica o mês de julho à devoção do preciosíssimo Sangue de Cristo, derramado pelo perdão dos nossos pecados. Depois de meditar longamente sobre o Coração misericordioso de Jesus, no mês de junho, a mãe Igreja deseja que veneremos profundamente o precisosíssimo Sangue do Senhor.
Os judeus celebravam diariamente o “holocausto perpétuo”, dois cordeirinhos sem defeito eram imolados às seis horas da manhã e às seis da tarde, afim de que o sangue do cordeiro oferecido a Deus obtivesse o perdão dos pecados do povo naquele dia. Esse cordeiro era apenas um sinal, uma prefiguração do verdadeiro Cordeiro que seria imolado na Cruz.
São João Batista o apresentou ao mundo dizendo: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29). Sem o Sangue desse Cordeiro não há salvação. O Sangue precioso de Cristo foi prefigurado também naquele sangue do cordeiro pascal que os judeus colocaram nos umbrais das portas de suas casas, no dia da Páscoa, na saída do Egito, para que o anjo exterminador nenhum mal fizesse ao primogênito daquela casa. É sinal do Sangue do Cristo que nos protege de todos os males do corpo e da alma.
A devoção ao preciosíssimo Sangue de Jesus sempre esteve presente na Igreja desde o início e sempre aumentou através de solenidades, orações, escritos dos papas, e  uma  Ladainha para  pedir a Deus perdão dos pecados e afastar de nós os males do corpo e da alma.
São Gaspar de Búfalo propagou fortemente esta devoção, tendo a  aprovação da Santa Sé; por isso, é chamado de o “Apóstolo do Preciosíssimo Sangue”. O Papa Bento XIV (1740-1748) ordenou a missa e o ofício em honra ao Sangue de Jesus, que foi estendida à Igreja Universal por decreto do Papa Pio IX (1846-1878). O santo foi o fundador da Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – CPPS, em 1815. Nasceu em Roma aos 06 de Janeiro de 1786.
O Papa João XXIII (1958-1963) escreveu a Carta Apostólica “Inde a Primis”, sobre o preciosíssimo Sangue de Cristo, a fim de promover o seu culto, o que foi lembrado pelo Papa João Paulo II em sua Carta Apostólica “Angelus Domini”, onde repetiu o que João XXIII disse sobre o valor infinito do Sangue de Cristo, do qual “uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer culpa”.
O Sangue de Cristo representa a Sua Vida humana e divina, de valor infinito, oferecida à Justiça divina para o perdão dos pecados de todos os homens de todos os tempos e lugares. Quem for batizado e crer, como disse Jesus, será salvo (Mc 16,16) pelo Sangue de Cristo.
“Isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados” (Mt 26, 28).
Em cada Santa Missa a Igreja renova, presentifica, atualiza e eterniza este Sacrifício expiatório pela Redenção da humanidade. Em média, a cada quatro segundos essa oferta divina sobe ao Céu em todo o mundo.
O Catecismo da Igreja ensina que: “Nenhum homem, ainda que o mais santo, tinha condições de tomar sobre si os pecados de todos os homens e de oferecer-se em sacrifício por todos” (§616); para isso era preciso um sacrifício humano, mas de valor infinito. Só Deus poderia oferecer este sacrifício; então, o Verbo divino, dignou-se assumir a nossa natureza humana, para oferecer a Deus um sacrifício de valor infinito. A majestade de Deus é infinita; e foi ofendida pelos pecados dos homens. Logo, só um sacrifício de valor infinito poderia restabelecer a paz entre a humanidade e Deus.
São Pedro ensina que fomos resgatados pelo Sangue do Cordeiro de Deus mediante “a aspersão do seu sangue” (1Pe 1, 2). “Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso Sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum, aquele que foi predestinado antes da criação do mundo.” (1Pe 1,19).
Assim, o Sangue do Senhor nos libertou do pecado, da morte eterna e da escravidão do demônio. São Paulo diz: “Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5,9). Por seu Sangue Cristo nos reconciliou com Deus: “ por seu intermédio reconciliou consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus” (Cl 1,20).
Com o seu Sangue Cristo nos resgatou, nos comprou, nos fez um povo Seu: “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue”(At 20,29). “Por esse motivo, irmãos, temos ampla confiança de poder entrar no santuário eterno, em virtude do sangue de Jesus” (Hb 10,19).
“Cantavam um cântico novo, dizendo: Tu és digno de receber o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste imolado e resgataste para Deus, ao preço de teu sangue, homens de toda tribo, língua, povo e raça; (Ap 5,9)
Hoje esse Sangue redentor de Cristo está à nossa disposição de muitas maneiras. Em primeiro lugar pela fé; somos justificados por esse Sangue ensina S. Paulo: “Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu Sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5, 8-9). “Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1,7).
Este Sangue redentor está à nossa disposição também no Sacramento da Confissão; pelo ministério da Igreja e dos sacerdotes o Cristo nos perdoa dos pecados e lava a nossa alma com o seu precioso Sangue. Infelizmente muitos católicos ainda não entenderam a profundidade deste Sacramento e fogem dele por falta de fé ou de humildade. O Sangue de Cristo perdoa os nossos pecados na Confissão e cura as nossas enfermidades espirituais e psicológicas.
Este Sangue está presente na Eucaristia: Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus. “O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo?.. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor ” (1 Cor 10,16-27).
Na Comunhão podemos ser lavados e inebriados pelo Sangue redentor do Cordeiro sem mancha que veio tirar o pecado de nossa alma. Mas é preciso parar para adorá-lo no Seu Corpo dado a nós. Infelizmente muitos ainda comungam mal, com pressa, sem Ação de Graças, sem permitir que o Sangue Real e divino lave a alma pecadora e doente.
“Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,53-56).
É pela força do sangue de Cristo que os santos e os mártires deram testemunho de sua fé e chegaram ao céu: “Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7,14).“Estes venceram-no por causa do sangue do Cordeiro e de seu eloqüente testemunho. Desprezaram a vida até aceitar a morte” (Ap 12, 11).
É pelo Sangue derramado que Ele venceu e se tornou Rei e Senhor:
“Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome é Verbo de Deus… Um nome está escrito sobre o seu manto: Rei dos reis e Senhor dos Senhores”(Ap 19,13-16).
 
Fonte: Felipe Aquino

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Visitação de Nossa Senhora

Sabemos que Nossa Senhora foi visitada pelo Arcanjo Gabriel com esta mensagem de amor, com esta proposta de fazer dela a mãe do nosso Salvador. E ela aceitou. E aceitar Jesus é estar aberto a aceitar o outro. O anjo também comunicou a ela que sua parenta - Santa Isabel - já estava grávida. Aí encontramos o testemunho da Santíssima Virgem - no Evangelho de São Lucas no capitulo 1, - quando depois de andar cerca de 100 km ela encontrou-se com Isabel.

Nesta festa, também vamos descobrindo a raiz da nossa devoção a Maria. Ela cantou o Magnificat, glorificando a Deus. Em certa altura ela reconheceu sua pequenez, e a razão pela qual devemos ter essa devoção, que passa de século a século.

“Porque olhou para sua pobre serva, por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações.” (Lucas 1,48)

A Palavra de Deus nos convida a proclamarmos bem-aventurada aquela que, por aceitar Jesus, também se abriu à necessidade do outro. É impossível dizer que se ama a Deus, se não se ama o outro. A visitação de Maria a sua prima nos convoca a essa caridade ativa. A essa fé que se opera pelo amor. Amor que o outro tanto precisa.

Quem será que precisa de nós?

Peçamos a Virgem Maria que interceda por nós junto a Jesus, para que sejamos cada vez mais sensíveis à dor do outro. Mas que a nossa sensibilidade não fique no sentimentalismo, mas se concretize através da caridade.

Virgem Maria, Mãe da visitação, rogai por nós!

domingo, 1 de julho de 2012

Devemos pedir a Deus o dom da fé, ensina Bento XVI

 O que devemos pedir com insistência é uma fé sempre mais sólida

ROMA, domingo, 1 de julho de 2012 - Publicamos a seguir as palavras do Santo Padre Bento XVI dirigidas hoje aos fiéis peregrinos reunidos na Praça de São Pedro antes da oração do Ângelus.

Queridos irmãos e irmãs,
Neste domingo, o evangelista Marcos nos apresenta a narração de duas curas milagrosas que Jesus realiza em favor de duas mulheres: a filha de um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, e uma mulher que sofria de hemorragia (cf. Mc 5 0,21-43). São dois episódios que têm dois níveis de interpretação; o puramente físico: Jesus se inclina sobre o sofrimento humano e cura o corpo; e aquele espiritual: Jesus veio para curar o coração do homem, para dar a salvação e pede a fé Nele.
No primeiro episódio, de fato, com a notícia de que a filha de Jairo morreu, Jesus diz ao chefe da Sinagoga: "Não temas, somente tenha fé! (v. 36), vão juntos para onde estava a criança e exclama: "Menina, eu te digo: Levanta-te!" (v. 41). E ela se levantou e começou a andar. São Jerônimo comenta estas palavras, enfatizando o poder salvador de Jesus: "Menina, levanta-te por mim: não por mérito teu, mas pela minha graça. Levanta-te portanto por mim: o fato de ser curada não depende das tuas forças” (Homilias sobre o Evangelho de Marcos, 3). O segundo episódio, o da mulher que sofria de hemorragias, re-enfatiza como Jesus veio para libertar o ser humano em sua totalidade. De fato, o milagre acontece em duas fases: primeiro acontece a cura física, mas esta está intimamente ligada à cura mais profunda, aquela que doa a graça de Deus a quem se abre à Ele com fé. Jesus diz à mulher: "Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e seja curada da tua doença" (Mc 5,34).
Essas duas histórias de cura são para nós um convite para vencermos uma visão puramente horizontal e materialista da vida. Pedimos para Deus muitas curas dos problemas, das necessidades concretas, e está bem, mas o que devemos pedir com insistência é uma fé sempre mais sólida, para que o Senhor renove a nossa vida, e uma firme confiança no seu amor, na sua providência que não nos abandona.
Jesus, que está atento ao sofrimento humano nos faz pensar também em todos aqueles que ajudam os doentes a levarem as suas cruzes, especialmente os médicos, os profissionais da saúde e todos aqueles que prestam assistência pastoral nas caras de cura. Eles são "reservas de amor", que transmitem serenidade e esperança aos que sofrem. Na Encíclica Deus Caritas Est, observei que, neste precioso serviço, é necessário antes de mais nada a competência profissional -  é um requisito primário, fundamental – mas sozinha não é suficiente. Trata-se, de fato, de seres humanos, que têm necessidade de humanidade e de atenção do coração. “Por isso, além da preparação profissional, tais profissionais precisam também, e acima de tudo, da “formação do coração”: é necessário levá-los àquele encontro com Deus em Cristo que suscite neles o amor e abra o seu coração ao outro” (n. 31).
Pedimos à Virgem Maria para acompanhar o nosso caminho de fé e o nosso compromisso de amor concreto especialmente para aqueles que estão precisando, enquanto invocamos a sua materna intercessão pelos nossos irmãos que vivem um sofrimento no corpo e no espírito.

Depois do Ângelus o Santo Padre dirigiu essas palavras em português:
Saúdo cordialmente os fiéis brasileiros de Umuarama e Paranavaí e demais peregrinos de língua portuguesa, sobre cujos passos e compromissos cristãos imploro, pela intercessão da Virgem Mãe, as maiores bênçãos divinas. Deixai Cristo tomar posse da vossa vida, para serdes cada vez mais vida e presença de Cristo! Ide com Deus.

 Fonte: (ZENIT.org)
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