terça-feira, 30 de abril de 2013

Santa Catarina de Sena

Neste dia, celebramos a vida de uma das mulheres que marcaram profundamente a história da Igreja: Santa Catarina de Sena. Reconhecida como Doutora da Igreja, era de uma enorme e pobre família de Sena, na Itália, onde nasceu em 1347.
Voltada à oração, ao silêncio e à penitência, não se consagrou em uma congregação, mas continuou, no seu cotidiano dos serviços domésticos, a servir a Cristo e Sua Igreja, já que tudo o que fazia, oferecia pela salvação das almas. Através de cartas às autoridades, embora analfabeta e de frágil constituição física, conseguia mover homens para a reconciliação e paz como um gigante.

Dotada de dons místicos, recebeu espiritual e realmente as chagas do Cristo; além de manter uma profunda comunhão com Deus Pai, por meio da qual teve origem sua obra: “O Diálogo”. Comungando também com a situação dos seus, ajudou-o em muito, socorrendo o povo italiano, que sofria com uma peste mortífera e com igual amor socorreu a Igreja que, com dois Papas, sofria cisão, até que Catarina, santamente, movimentou os céus e a terra, conseguindo banir toda confusão. Morreu no ano de 1380, repetindo: "Se morrer, sabeis que morro de paixão pela Igreja".

Santa Catarina de Sena, rogai por nós!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

A CNBB



             De 9 a 19 de abril, aconteceu em Aparecida a 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na qual estive presente com os outros irmãos no episcopado, demonstrando a nossa comunhão eclesial efetiva e afetiva.
            A natureza das conferências episcopais foi exposta na Carta Apostólica Apostolos suos, do Beato João Paulo II, onde cita o decreto Christus Dominus do Concílio Vaticano II, que considera “muito conveniente que, em todo o mundo, os Bispos da mesma nação ou região se reúnam periodicamente em assembleia, para que, da comunicação de pareceres e experiências, e da troca de opiniões, resulte uma santa colaboração de esforços para bem comum das Igrejas”. Ensina ele que “a união colegial do Episcopado manifesta a natureza da Igreja... Assim como a Igreja é una e universal, assim também o Episcopado é uno e indiviso, sendo tão extenso como a comunidade visível da Igreja e constituindo a expressão da sua rica variedade. Princípio e fundamento visível dessa unidade é o Romano Pontífice, cabeça do corpo episcopal”.
         Mas a Conferência Episcopal, instituição eclesiástica, não existe para anular o poder dos Bispos, instituição divina. O Papa emérito Bento XVI, quando Cardeal, falou sobre um dos “efeitos paradoxais do pós-concílio”: “A decidida retomada (no Concílio) do papel do Bispo, na realidade, enfraqueceu-se um pouco, ou corre até mesmo o risco de ser sufocada pela inserção dos prelados em conferências episcopais sempre mais organizadas, com estruturas burocráticas frequentemente pesadas. No entanto, não devemos esquecer que as conferências episcopais... não fazem parte da estrutura indispensável da Igreja, assim como querida por Cristo: têm somente uma função prática, concreta”. É, aliás, continua, o que confirma o Direito Canônico, que fixa os âmbitos de autoridade das Conferências, que “não podem agir validamente em nome de todos os bispos, a menos que todos e cada um dos bispos tenham dado o seu consentimento”, e quando não se trate de “matérias sobre as quais haja disposto o direito universal ou o estabeleça um especial mandato da Sé Apostólica”. E recorda o Código e o Concílio: “o Bispo é o autêntico doutor e mestre da Fé para os fiéis confiados aos seus cuidados”. “Nenhuma Conferência Episcopal tem, enquanto tal, uma missão de ensino: seus documentos não têm valor específico, mas o valor do consenso que lhes é atribuído pelos bispos individualmente”.
            E continua o Papa emérito: “O grupo dos bispos unidos nas Conferências depende, na prática, para as decisões, de outros grupos, de comissões específicas, que elaboram roteiros preparatórios. Acontece, além disso, que a busca de um ponto comum entre as várias tendências e o esforço de mediação dão lugar, muitas vezes, a documentos nivelados por baixo, em que as posições precisas são atenuadas”. E ele recorda que, em seu país, existia uma Conferência Episcopal já nos anos 30: “Pois bem, os textos realmente vigorosos contra o nazismo foram os que vieram individualmente de prelados corajosos. Os da Conferência, no entanto, pareciam um tanto abrandados, fracos demais com relação ao que a tragédia exigia” (A Fé em crise, IV).

  Dom Fernando Arêas Rifan
 Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Postulador fala da santidade de Nhá Chica como modelo para todos

O Brasil terá uma nova beata no dia 4 de maio. Francisca de Paula de Jesus, conhecida como Nhá Chica, será a terceira brasileira a ser beatificada, último passo antes de se tornar santa. 
A espiritualidade, da humilde ex-escrava, ultrapassou as fronteiras da pequena cidade mineira em que viveu, Baependi (MG), e chama a atenção do postulador da causa de beatificação, que chegou a compará-la com a espiritualidade do Santuário Mariano de Fátima, em Portugal. “Eu fui em Baependi e fiquei impressionado com a espiritualidade do lugar, a mesma coisa provei no Santuário de Fátima, muito espiritual, sempre tinha uma pessoa a rezar, ou um menino, uma família,” conta Paollo Villotta. 
Essa espiritualidade deu a Nhá Chica, ainda em vida, fama de santidade. Fama que se espalhou, de maneira que, pessoas de lugares distantes começaram a visitar Baependi para conhecê-la. Para Paollo Villotta isso se deu porque sua vida foi toda cristã. “Foi uma pessoa para todos. Acolhia a pessoa pobre, o rico, o doente. Ela falava com o governador do Rio de Janeiro na época, com todo mundo, jornalistas”.
O postulador considera a historicidade um ponto importante no processo que a levou à beatificação. Ele explica que os estudiosos que analisaram a vida de Nhá Chica destacam a tradição oral, ou seja, a maneira como uma pessoa passava para a outra a história e o testemunho da futura beata. “Essa tradição, era a fama de santidade, que foi transmitida da morte até hoje, todo mundo sempre falava sobre a história de Nhá Chica”.
Para Villotta duas atitudes a tornaram santa: a dedicação da sua vida ao amor a Deus e ao próximo e sua humildade. “Uma mulher negra que fez um voto interior, não um voto religioso. Dedicou toda vida para o amor de Deus, e seu amor a Deus foi transmitido para os outros. Depois, na sua simplicidade e humildade, ela foi heroica extraordinária, pode dar um contributo de esperança de ensinamento para todo mundo, do maior ao menor.”
O postulador defende que essa experiência de santidade é atual e pode ser vivida por todo mundo. “Essa santidade é para cada pessoa que queira amar a Deus. Quando se ama a Deus, pode se fazer uma vida como fez Nhá Chica, de renúncia e ajuda ao próximo”.

Processo de Beatificação e Canonização
A cura aceita pela Comissão de Médicos do Vaticano, que tornou possível a Beatificação de Nhá Chica, aconteceu em 1995. Uma professora aposentada de Caxambu (MG), tinha um problema congênito no coração e foi curada sem necessitar de cirurgia. “Para a canonização precisa de outro milagre”, explica o postulador.
Ao recordar as inúmeras etapas pelas quais um processo de beatificação deve passar, Paollo Villotta fez questão de destacar a etapa jurídica do processo que teve como responsáveis, Frei Paolo Lombardo e Irmã Célia Cadorin, a mesma postuladora da canonização de Frei Galvão. “Eles fizeram um ótimo trabalho.”
Cerimônia de Beatificação
A Missa de Beatificação de Nhá Chica, será no dia 4 de maio, às 15 horas, em Baependi (MG). A celebração será presidida pelo Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos e Delegado do Papa Francisco.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Detalhes da JMJ Rio2013 são apresentados aos bispos brasileiros

O andamento das inscrições, detalhes da programação fixa e o planejamento da mobilidade dos peregrinos durante a JMJ Rio2013 são algumas das informações apresentadas aos bispos do Brasil na 51ª Assembleia Geral que acontece desde o dia 10 de abril, em Aparecida/SP. A apresentação foi feita na manhã desta quarta-feira, dia 17, pelo arcebispo do Rio de Janeiro e presidente do Comitê Organizador Local, Dom Orani João Tempesta, e pelo secretario-executivo do COL, monsenhor Joel Portella Amado.
Dom Orani iniciou o momento fazendo uma apresentação geral da Jornada. O arcebispo falou da alegria da Arquidiocese do Rio de Janeiro em assumir a realização da JMJ e de como tem percebido a boa vontade dos bispos em promover e abraçar a JMJ em suas dioceses e realidades. Em seguida, apresentou rapidamente as principais notícias e trabalhos em andamento na organização do evento, entre eles o cotidiano do peregrino durante a JMJ, a transmissão televisiva e radiofônica, a preparação dos locais dos Atos Centrais, como o Campus Fidei. Também falou do centro de operações que começou a funcionar e o aplicativo para smartphone que começou a ser desenvolvido, a preocupação pela segurança e comodidade dos participantes e o protagonismo da juventude na preparação da Jornada.
“Nosso trabalho tem sido grande. Ás vezes saem notícias que nem sempre correspondem a verdade [...] Mas tem sido uma alegria para todos nós, para os bispos que nos assessoram de perto em toda a parte administrativa e pastoral, nos dá uma alegria muito grande contribuir para a Igreja do mundo e para o futuro da humanidade através da Jornada Mundial da Juventude”, afirmou Dom Orani.
O secretario-executivo do COL apresentou a parte mais detalhada da JMJ Rio2013 ao oferecer informações mais aprofundadas em assuntos que foram notadas como as maiores dúvidas. Foram destacados seis pontos: programação, organização, chegada e partida do Rio, acomodações, deslocamentos e paramentos.
A Jornada Mundial da Juventude também foi um dos temas da entrevista coletiva do dia, promovida pela CNBB diariamente durante a edição da Assembleia Geral. Na ocasião, Dom Orani respondeu perguntas dos jornalistas presentes para a cobertura.

Programação da Jornada
Para esclarecer algumas dúvidas sobre as atividades da JMJ, monsenhor Joel apresentou as cinco grandes linhas de programação. Os Atos Centrais (Missa de abertura, acolhida do Papa, Via-Sacra, Vigília e Missa de envio). Nas Catequeses os peregrinos devidamente inscritos poderão participar de momentos de formação com bispos do mundo todo, entre os dias 24 e 26 de julho, das 9h às 13h, separados por grupos linguísticos distribuídos em cerca de 300 locais por toda a cidade. Também há os Atos Culturais, que são reunidos na agenda do Festival da Juventude.
A maior parte das dúvidas e especulações está em outros pontos da agenda. Os Atos Especiais, que podem ser com ou sem o papa, englobam visitas do Santo Padre a grupos previamente selecionados e/ou eventos especiais para os bispos, por exemplo. Já os Atos Protocolados, remetem a programação do Papa como chefe de Estado e, por enquanto, já estão fechados três: a chegada e a saída do Sumo Pontífice e o encontro com a presidente do Brasil. Segundo Monsenhor Joel, o Comitê deve receber a visita do responsável pelas viagens do Santo Padre, Alberto Gasbarri, no final de abril, e no início de maio já deve surgir mais detalhes sobre essas agendas.

Zonas de referências para diminuir mobilidade de peregrinos
Outra preocupação dos bispos é a mobilidade durante a Jornada e como serão distribuídas as atividades pela cidade. O secretario explicou a organização da Jornada por sede e subsedes e que a região metropolitana será dividida em zonas de referências, organizadas por línguas. Cada zona terá um raio de circulação médio de 7km e contará com um ponto de referência, o local da catequese, hospedagem (familiar e alojamentos) e distribuição de café da manhã para os peregrinos.
Com a imagem do mapa geográfico da cidade, Monsenhor Joel apresentou o fluxo de mobilidade no Rio e como, a partir dai, serão planejados os locais das zonas de referência. “Se o Rio de Janeiro tem belezas, com montanhas e praias, isso é uma preocupação para os técnicos. E o conceito de zonas de referência é um conceito que vence isso”, afirmou. No mapa, mostrou onde acontecerão os Atos Centrais e a preocupação da organização para que os grandes deslocamentos de peregrinos sejam somente em direção de Copacabana e Guaratiba.
Transporte fretado será organizado em bolsões
A chegada e a saída ao Rio são divididos pelos dois aeroportos e a rodoviária. Nesses pontos, haverá um polo de acolhimento para informações e o direcionamento dos peregrinos até as zonas de referência.
Os veículos fretados não entrarão na cidade e tem uma dinâmica diferenciada, estacionados em bolsões em pontos da cidade. Segundo Pe. Joel, a organização desse transporte será feito em duas etapas. Primeiro eles farão uma checagem em uma cidade no caminho ao Rio de Janeiro, onde ganharão adesivos ou outro tipo de sinalização de circulação, e depois terão acesso aos bolsões de estacionamento na entrada do Rio. Por enquanto, foram planejados três bolsões de checagem: um em Aparecida/SP, para os veículos que vem do Mato Grosso do Sul e dos três Estados da região sul; outro em Casemiro de Abreu/RJ, para os peregrinos que chegam do sul da Bahia e do Espírito Santo; e em Petrópolis/RJ, de Minas Gerais e das regiões do Norte e Nordeste do Brasil.
Os bolsões de estacionamento serão localizados nas seguintes regiões cariocas: Deodoro, Penha, Quinta da Boa Vista e em Santa Cruz. Desses locais, os peregrinos irão se locomover através do transporte público municipal. Os veículos próprios terão circulação restrita. Todo o planejamento de transporte ainda está sendo definido em unidade entre o COL e os poderes públicos responsáveis, o que pode gerar mudanças ao longo da preparação para o evento.
Números de inscrição
Ao final, Monsenhor Joel falou sobre a não obrigatoriedade da inscrição, mas a importância dela para a partilha de custos da Jornada. Assinalou ainda as vantagens de participar como peregrino, ou no caso dos bispos, credenciado, como seguro, acesso aos transportes, alimentação e kit.
Também foram apresentados números atuais sobre as inscrições. Até a noite de sexta-feira, dia 12, 196.901 peregrinos já tinham iniciado o procedimento de inscrição, sendo que destes, 125.749 já completaram o processo. São 10.204 grupos de 165 países, de todos os continentes. Os brasileiros, claro, são maioria, com 73.804 peregrinos, 58% dos inscritos até o momento. A maioria é composta por mulheres, com 67% dos peregrinos. Outro número representativo são os quase 500 deficientes que já garantiam sua participação na Jornada e contarão com várias medidas de acessibilidade na JMJ Rio2013.

Fonte: JMJ RIO 2013

terça-feira, 16 de abril de 2013

Santa Bernadete


Hoje celebramos a festa de Santa Bernadete, a confidente da Imaculada.

Santa Bernadete nasceu em Lourdes, na França, em 1844. Chamava-se Maria Bernarda. Filha de gente simples, mas educada para piedade e para a virtude.

As aparições de Nossa Senhora a Bernadete tiveram início no dia 11 de fevereiro de 1858. No dia 25 de março a bela Senhora revelou o seu nome: 'Eu sou a Imaculada Conceição'. Foiram no total 18 aparições. Nossa Senhora pede a oração, conversão e penitência.

Após as aparições, Bernadete ingressou no Convento das Irmãs de Nevers, onde viveu 13 anos, muitas vezes incompreendida e tratada com dureza pelas superioras e co-irmãs.

Viveu uma vida inteiramente escondida, rezando rezando pela conversão dos pecadores. Sua vida primou pela humildade e entrega nas mãos de Deus.

Bernadete morreu no dia 16 de abril de 1879. Morreu pronunciando oração de súplica a Maria: 'Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por mim, pobre pecadora'.

O corpo de Santa Bernadete se encontra milagrosamente incorrupto com as articulações flexíveis. Apenas uma ligeira camada de cera foi passada no rosto para evitar a formação de mofo. Ele está exposto na capela do convento de Saint-Gildard, em Nevers, onde ela faleceu, numa preciosa urna de cristal e metal dourado.

Corpo Incorrupto

Após quase 150 anos, não há o mínimo sinal de putrefação no corpo de Santa Bernadete.
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Em 22 de setembro de 1909, trinta anos após o velório, seu cadáver foi exumado e o corpo encontrado intacto.

-Relatório dos Drs David e Jordan, que conduziram esta primeira exumação:

“O caixão foi aberto na presença do Bispo e do Prefeito de Nevers, seus principais representantes e diversos religiosos. Não notamos nenhum odor. O corpo estava vestido com o Hábito da Ordem a que pertencia Bernadete. O Hábito estava úmido. Apenas a face, mãos e antebraços estavam descobertos." "A cabeça estava inclinada para a esquerda. A face estava lânguida e branca. A pele estava apegada aos músculos e estes apegados aos ossos. As cavidades oculares estavam cobertas pelas pálpebras[...] Nariz dilatado e enrugado. Boca levemente aberta e se podia ver os dentes no lugar. As mãos, cruzadas sobre o peito, estavam perfeitamente preservadas, bem como suas unhas. As mãos seguravam um terço. Podia se observar as veias no antebraço." "Os pés estavam enrugados e as unhas intactas Quando o Hábito foi removido e o véu levantado de sua cabeça, pode se observar um corpo rígido, pele esticada[...] Seu cabelo estava com um corte curto e bem preso à cabeça. As orelhas estavam em perfeito estado de conservação[...] O abdome estava esticado, assim como o resto do corpo. Ao ser tocado, tinha um som como de papelão. O joelho direito estava mais largo que o esquerdo. As costelas e músculos se observavam sob a pele[...] "O corpo estava tão rígido que podia ser virado para um lado e para o outro[...]" Em testemunho de que temos corretamente escrito esta presente declaração, a qual representa a verdade em sua totalidade.
Nevers, 22 de setembro de 1909, Drs. Ch. David, A. Jourdan.”

Em 23 de outubro de 1909 é aberto o processo ordinário na Sagrada Congregação de Ritos, em 13 de agosto de 1913 segue-se o processo apostólico sob o controle direto da Santa Sé.

Dez anos depois da primeira exumação, em 1919, houve uma nova exumação do corpo de Santa Bernadete, conduzida pelos Doutores Talon e Comte, com a presença do Bispo da cidade de Nevers, bem como do Comissário de Polícia e representantes da municipalidade e da igreja. A situação encontrada foi exatamente a mesma da primeira exumação.

Parte do relatório do Dr. Comte, sobre esta segunda exumação:

“Deste exame, concluo que permanece intacto o corpo da Venerável Bernadete, esqueleto completo, músculos atrofiados, mas bem preservados; apenas a pele, que estava enrugada, pelos efeitos da umidade do caixão.[...] O corpo não estava em putrefação nem decomposição, o que seria esperado como normal, após quarenta anos de seu sepultamento."
Nevers, 3 de abril de 1919, Dr. Comte

A 18 de novembro de 1923 o Papa Pio XI assina o decreto que reconhece a heroicidade das virtudes de Bernadette.

Uma terceira exumação foi efetuada em 12 de Junho de 1925, para a retirada das “Relíquias”, logo após sua beatificação. A canonização viria oito anos mais tarde, em 1933. Sobre esta última exumação, escreveu o Dr. Comte em seu relatório:

“Eu queria abrir o lado esquerdo do tórax para retirar algumas costelas e então remover o coração, o qual eu tinha certeza que estaria intacto. Porém, como o tronco estava levemente apoiado no braço esquerdo, haveria dificuldade em ter acesso ao coração. Como a Madre Superiora expressou o desejo de que o coração de Santa Bernadette não fosse retirado, bem como também este era o desejo do Bispo, mudei de ideia de abrir o lado esquerdo do tórax e apenas retirei duas costelas do lado direito, que estavam mais acessíveis. O que mais me impressionou durante esta exumação foi o perfeito estado de conservação do esqueleto, tecidos fibrosos, musculatura flexível e firme, ligamentos e pele após quarenta e seis anos de sua morte. Após tanto tempo, qualquer organismo morto tenderia a desintegra-se, a se decompor e adquirir uma consistência calcária. Contudo, ao cortar, eu percebi uma consistência quase normal e macia. Naquele momento, eu fiz esta observação a todos os presentes de que eu não via aquilo como um fenômeno natural.”

Uma urna de cristal foi confeccionada para guardar o corpo de Santa Bernadette.

As freiras cobriram seu rosto e as mãos com uma camada fina de cera e, desse jeito, foi colocada dentro da urna. Esta urna com seu corpo ainda incorruptível encontra-se desde 3 de agosto de 1925 na Igreja de Saint Gildard, em Nevers, França. As Irmãs de Nevers não enclausuraram sua urna, estando livre para visitação e encorajam os visitantes a se aprofundarem mais no estudo do exemplo de vida e mensagens deixadas pela Santa.

domingo, 14 de abril de 2013

100 dias: começa a contagem regressiva para JMJ Rio2013

 Começou, neste domingo, 14, a contagem regressiva de 100 dias para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013, a qual será realizada, no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho, com o lema 
“Ide e fazei discípulos entre todas as nações!” (cf. Mt 28, 19).

Deixem-se atrair pelo Cristo Redentor, e venha conosco fazer discípulos de todas as nações!

sábado, 13 de abril de 2013

Domingo do Bom Pastor

 
"Eu sou o Bom Pastor. O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas... Tenho também outras ovelhas que não são deste aprisco; e importa que eu as traga, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor" (Evangelho do Domigo do Bom Pastor) 
Neste Domingo do Bom Pastor, rezemos pelas Vocações Sacerdotais e pela santificação de nosso Sacerdotes!
"É com muita alegria que lhes apresente o vídeo "Por que?". Por que o sacerdote? Nossos seminaristas e padres respondem a esta pergunta. Linda imagens do quotidiano do Seminário. Termina com um pedido de ajuda para a construção do Seminário."
Padre Gaspar Pelegrini, reitor do Seminário
Seminário da Imaculada Conceição
Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianey

sábado, 6 de abril de 2013

Domingo da Divina Misericórdia


A Divina Misericórdia
Neste Domingo da Divina Misericórdia somos chamados a renovar a nossa fé, como o apóstolo São Tomé. Esta fé, no entanto, não é uma fé genérica. Devemos crer na misericórdia que se manifesta no Mistério Pascal: paixão, morte e ressurreição. Jesus recorda a Santa Faustina que os demônios sabem de outros atributos de Deus, mas a misericórdia é uma característica na qual eles não conseguem crer.
Esta incredulidade é uma verdadeira ferida no coração de Jesus. Por isto Nosso Senhor pede a Santa Faustina a instituição da festa da Divina Misericórdia. Nela os pecadores devem se aproximar com confiança do coração misericordioso que nos lava de nossos pecados (raio de luz branca – água) e nos imerge no amor de Deus (raio de luz vermelha – sangue).
"Oh! Como Me fere a incredulidade da alma! Essa alma confessa que sou Santo e Justo e não crê que sou Misericórdia, não acredita em Minha bondade. Alegra-se o Meu Coração com esse título da Misericórdia. Diz que a Misericórdia é o maior atributo de Deus. Todas as obras das Minhas mãos são coroadas pela misericórdia". (Santa Faustina Kowalska, Diário. A Misericórdia Divina na minha alma, Editora Mãe da Misericórdia, Curitiba, 201140).
O Bem-aventurado João Paulo II, seguindo as indicações de Jesus a Santa Faustina, não somente instituiu a festa, mas concedeu indulgência plenária aos fiéis neste domingo:
"Concede-se a Indulgência plenária nas habituais condições (Confissão sacramental, Comunhão eucarística e orações segundo a intenção do Sumo Pontífice) ao fiel que no segundo Domingo de Páscoa, ou seja, da "Misericórdia Divina", em qualquer igreja ou oratório, com o espírito desapegado completamente da afeição a qualquer pecado, também venial, participe nas práticas de piedade em honra da Divina Misericórdia, ou pelo menos recite, na presença do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, publicamente exposto ou guardado no Tabernáculo, o Pai-Nosso e o Credo, juntamente com uma invocação piedosa ao Senhor Jesus Misericordioso (por ex., "Ó Jesus Misericordioso, confio em Ti"). (Decreto da Penitenciaria apostólicas, Anexadas indulgências aos atos de culto, realizados em honra da Misericórdia Divina, 29 de junho de 2002)
"A misericórdia é a compaixão que o nosso coração experimenta pela miséria alheia, que nos leva a socorrê-la, se o pudermos" (Santo Agostinho, De civitate Dei, IX, 5).
"Ser misericordioso é próprio de Deus e é pela misericórdia que ele principalmente manifesta a sua onipotência. Em relação ao que possui, a misericórdia não é a maior das virtudes, salvo se ele for o maior, não havendo ninguém acima dele, e todos lhe sendo submissos. Pois quem tem superior, é maior e melhor unir-se a ele do que suprir as deficiências do inferior. Eis porque, para o homem, que tem Deus como superior, a caridade que o une a Deus, é maior que a misericórdia" (Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, II-II, 30, 4).

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Papa fala da fé na Ressurreição de Cristo e destaca importância do testemunho

Na audiência geral de quarta-feira, 3, o Papa Francisco retomou o ciclo de catequeses dedicado ao Ano da Fé. Reunido com peregrinos de todo o mundo na Praça São Pedro, o Santo Padre refletiu sobre a fé em Cristo Ressuscitado, que permanece vivo na vida do homem.


Catequese
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 3 de abril de 2013
Boletim da Santa Sé
Queridos irmãos e irmãs, bom dia,
Hoje retomamos as Catequeses do Ano da Fé. No Credo repetimos esta expressão: “Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras”. É propriamente o evento que estamos celebrando: a Ressurreição de Jesus, centro da mensagem cristã, ecoando desde o início e transmitido porque se estende até nós. São Paulo escreve aos cristãos de Corinto: “A vós…transmiti, antes de tudo, aquilo que também eu recebi; isso é, que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e que ressuscitou ao terceiro dia segundo as Escrituras e que apareceu a Cefas e aos Doze” (1 Cor 15, 3-5). Esta breve confissão de fé anuncia propriamente o Mistério Pascal, com as primeiras aparições do Ressuscitado a Pedro e aos Doze: a Morte e a Ressurreição de Jesus são propriamente o coração da nossa esperança. Sem esta fé na morte e na ressurreição de Jesus a nossa esperança será frágil, mas não haverá esperança nenhuma, e propriamente a morte e a ressurreição de Jesus são o coração da nossa esperança. O Apóstolo afirma: “Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé e vós estais ainda em vossos pecados” (v. 17). Infelizmente, sempre se procurou obscurecer a fé na Ressurreição de Jesus, e também entre os próprios crentes se insinuaram dúvidas. Um pouco daquela fé “água de rosas”, como dizemos nós; não é a fé forte. E isto por superficialidade, às vezes por indiferença, ocupados por mil coisas que são consideradas mais importantes que a fé, ou por uma visão somente horizontal da vida. Mas é propriamente a Ressurreição que nos abre à esperança maior, porque abre a nossa vida e a vida do mundo ao futuro eterno de Deus, à felicidade plena, à certeza de que o mal, o pecado, a morte podem ser vencidos. E isto leva a viver com mais confiança as realidades cotidianas, enfrentá-las com coragem e com compromisso. A Ressurreição de Cristo ilumina com uma luz nova estas realidades cotidianas. A Ressurreição de Cristo é a nossa força!
Mas como nos foi transmitida a verdade de fé da Ressurreição de Cristo? Há dois tipos de testemunho no Novo Testamento: alguns são na forma de profissão de fé, isso é, de fórmulas sintéticas que indicam o centro da fé; outras, porém, são em forma de relatos do acontecimento da Ressurreição e de fatos ligados a ela. A primeira: a forma da profissão de fé, por exemplo, é aquela que escutamos há pouco, ou aquela da Carta aos Romanos na qual São Paulo escreve: “Se com a tua boca proclamarás: ‘Jesus é o Senhor!’, e com o teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo” (10, 9). Desde os primeiros passos da Igreja está bem clara e firme a fé no Mistério de Morte e Ressurreição de Jesus. Hoje, porém, gostaria de concentrar-me sobre a segunda, sobre o testemunho na forma de relatos, que encontramos nos Evangelhos. Antes de tudo, notamos que as primeiras testemunhas deste acontecimento foram as mulheres. Ao amanhecer, essas vão ao sepulcro para ungir o corpo de Jesus, e encontram o primeiro sinal: o túmulo vazio (cfr Mc 16,1). Segue depois o encontro com um Mensageiro de Deus que anuncia: Jesus de Nazaré, o Crucificado, não está aqui, ressuscitou (cfr vv. 5-6). As mulheres são movidas por amor e estão prontas para aceitar este anúncio com fé: acreditam, e imediatamente o transmitem, não o guardam para si mesmas, transmitem-no. A alegria de saber que Jesus está vivo, a esperança que enche o coração, não se pode conter. Isto também deve ser feito na nossa vida. Sintamos a alegria de ser cristãos! Nós cremos em um Ressuscitado que venceu o mal e a morte! Tenhamos a coragem de “sair” para levar esta alegria e esta luz a todos os lugares da nossa vida! A Ressurreição de Cristo é a nossa maior certeza; é o tesouro mais precioso! Como não compartilhar com os outros este tesouro, esta certeza? Não é somente para nós, é para transmiti-la, para doá-la aos outros, compartilhá-la com os outros. É propriamente o nosso testemunho.
Um outro elemento. Nas profissões de fé do Novo Testamento, como testemunhas da Ressurreição são recordados somente homens, os Apóstolos, mas não as mulheres. Isto porque, segundo a Lei judaica daquele tempo, as mulheres e as crianças não podiam dar testemunho confiável, credível. Nos Evangelhos, em vez disso, as mulheres têm um papel primário, fundamental. Aqui podemos colher um elemento a favor da historicidade da Ressurreição: se fosse um fato inventado, no contexto daquele tempo não estaria ligado ao testemunho das mulheres. Os evangelistas, em vez disso, narram simplesmente isso que aconteceu: são as mulheres as primeiras testemunhas. Isto mostra que Deus não escolhe segundo os critérios humanos: as primeiras testemunhas do nascimento de Jesus são os pastores, gente simples e humilde; as primeiras testemunhas da Ressurreição são as mulheres. E isto é belo. E isto é um pouco a missão das mulheres: das mamães, das mulheres! Dar testemunho aos filhos, aos sobrinhos, que Jesus está vivo, está vivo, ressuscitou. Mães e mulheres, sigam adiante com este testemunho! Para Deus conta o coração, o quanto estamos abertos a Ele, se somos como as crianças que confiam. Mas isto nos faz refletir também sobre como as mulheres, na Igreja e no caminho de fé, tiveram e têm também hoje um papel particular no abrir as portas ao Senhor, no segui-Lo e no comunicar a sua Face, porque o olhar de fé tem sempre necessidade do olhar simples e profundo do amor. Os apóstolos e os discípulos encontraram dificuldades para acreditar. As mulheres não. Pedro corre ao sepulcro, mas para diante do túmulo vazio; Tomé precisa tocar com as suas mãos as feridas do corpo de Jesus. Também no nosso caminho de fé é importante saber e sentir que Deus nos ama, não ter medo de amá-Lo: a fé se professa com a boca e com o coração, com a palavra e com o amor.
Depois das aparições às mulheres, seguem outras: Jesus torna-se presente de modo novo: é o Crucificado, mas o seu corpo é glorioso; não tornou à vida terrena, mas sim em uma nova condição. No início não O reconhecem, e somente através de suas palavras e os seus gestos os olhos se abrem: o encontro com o Ressuscitado transforma, dá uma nova força à fé, um fundamento inabalável. Também para nós há tantos sinais no qual o Ressuscitado se faz reconhecer: a Sagrada Escritura, a Eucaristia, os outros Sacramentos, a caridade, aqueles gestos de amor que trazem um raio do Ressuscitado. Deixemo-nos iluminar pela Ressurreição de Cristo, deixemo-nos transformar pela sua força, para que também através de nós no mundo os sinais de morte deixem o lugar aos sinais de vida. Vi que há tantos jovens na praça. Aqui estão eles! A vocês digo: levem adiante esta certeza: o Senhor está vivo e caminha ao nosso lado na vida. Essa é a missão de vocês! Levem adiante esta esperança. Estejam ancorados nesta esperança: esta âncora que está no céu; segurem forte a corda, estejam ancorados e levem adiante a esperança.  Vocês, testemunhas de Jesus, levem adiante o testemunho de que Jesus está vivo e isto nos dará esperança, dará esperança a este mundo um pouco envelhecido pelas guerras, pelo mal, pelo pecado. Avante, jovens!
Papa Francisco

Fonte: CN

quarta-feira, 3 de abril de 2013

A DERROTA E A VITÓRIA


Estamos na semana da Páscoa, a maior festa religiosa do calendário cristão, a festa da gloriosa Ressurreição de Jesus Cristo, a sua vitória sobre o pecado, sobre a morte e sobre a aparente derrota da Cruz. Cristo ressuscitou glorioso e triunfante para nunca mais morrer, dando-nos o penhor da nossa vitória e da nossa ressurreição. Choramos a sua Paixão e nos alegramos com a vitória da sua Ressurreição. Para se chegar a ela, para vencer com ele, aprendemos que é preciso sofrer com ele: “Quem quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16,24). “Que por sua Paixão e morte de Cruz cheguemos à glória da Ressurreição”. 

Como figura, esta festa já existia no Antigo Testamento. Era a celebração da libertação da escravidão do Egito, na qual sofreram os israelitas, povo de Deus, por muitas gerações, sendo libertados por Moisés que, por ordem do Senhor, fulminou os egípcios com as célebres dez pragas. Na última dessas pragas, na passagem do anjo de Deus (Páscoa, em hebraico), os egípcios foram castigados com a morte dos seus primogênitos, ao passo que os hebreus foram poupados pelo sangue do cordeiro que imolaram, conforme o Senhor havia prescrito. Todos os anos, em ação de graças, eles repetiam, por ordem de Deus, essa ceia de Páscoa: milhares de cordeiros eram imolados na sexta-feira antes da Páscoa.
Esse cordeiro pascal era figura daquele Cordeiro de Deus que, numa sexta-feira antes da Páscoa foi também imolado, realizando, com o seu sangue, a libertação do mundo do pecado, ressuscitando no terceiro dia. Essa é a nossa festa da Páscoa, a festa da Ressurreição de Cristo, o verdadeiro Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, e, ressuscitado, nos dá a vida.
“Jesus não é um morto, ressuscitou, é o Vivente! Não regressou simplesmente à vida, mas é a própria vida, porque é o Filho de Deus, que é o Vivente (cf. Nm 14, 21-28; Dt 5, 26, Js 3, 10). Jesus já não está no passado, mas vive no presente e lança-Se para o futuro; Jesus é o «hoje» eterno de Deus. Assim se apresenta a novidade de Deus diante dos olhos das mulheres, dos discípulos, de todos nós: a vitória sobre o pecado, sobre o mal, sobre a morte, sobre tudo o que oprime a vida e lhe dá um rosto menos humano. E isto é uma mensagem dirigida a mim, a ti, amada irmã, a ti amado irmão. Quantas vezes precisamos que o Amor nos diga: Por que buscais o Vivente entre os mortos? Os problemas, as preocupações de todos os dias tendem a fechar-nos em nós mesmos, na tristeza, na amargura… e aí está a morte. Não procuremos aí o Vivente! Aceita então que Jesus Ressuscitado entre na tua vida, acolhe-O como amigo, com confiança: Ele é a vida! Se até agora estiveste longe d’Ele, basta que faças um pequeno passo e Ele te acolherá de braços abertos. Se és indiferente, aceita arriscar: não ficarás desiludido. Se te parece difícil segui-Lo, não tenhas medo, entrega-te a Ele, podes estar seguro de que Ele está perto de ti, está contigo e dar-te-á a paz que procuras e a força para viver como Ele quer” (Papa Francisco, Homilia da Vigília Pascal).




Dom Fernando Arêas Rifan 
Bispo da Administração Apostólica Pessoal

                                                                   São João Maria Vianney.
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