Neste dia, celebramos a vida de uma das mulheres que marcaram
profundamente a história da Igreja: Santa Catarina de Sena. Reconhecida
como Doutora da Igreja, era de uma enorme e pobre família de Sena, na
Itália, onde nasceu em 1347.
Voltada à oração, ao silêncio e à penitência, não se consagrou em uma
congregação, mas continuou, no seu cotidiano dos serviços domésticos, a
servir a Cristo e Sua Igreja, já que tudo o que fazia, oferecia pela
salvação das almas. Através de cartas às autoridades, embora analfabeta e
de frágil constituição física, conseguia mover homens para a
reconciliação e paz como um gigante.
Dotada de dons místicos, recebeu espiritual e realmente as chagas do
Cristo; além de manter uma profunda comunhão com Deus Pai, por meio da
qual teve origem sua obra: “O Diálogo”. Comungando também com a situação
dos seus, ajudou-o em muito, socorrendo o povo italiano, que sofria com
uma peste mortífera e com igual amor socorreu a Igreja que, com dois
Papas, sofria cisão, até que Catarina, santamente, movimentou os céus e a
terra, conseguindo banir toda confusão. Morreu no ano de 1380,
repetindo: "Se morrer, sabeis que morro de paixão pela Igreja".
Santa Catarina de Sena, rogai por nós!
A Divina Misericórdia
Neste Domingo da Divina Misericórdia somos chamados a renovar a nossa
fé, como o apóstolo São Tomé. Esta fé, no entanto, não é uma fé
genérica. Devemos crer na misericórdia que se manifesta no Mistério
Pascal: paixão, morte e ressurreição. Jesus recorda a Santa Faustina que
os demônios sabem de outros atributos de Deus, mas a misericórdia é uma
característica na qual eles não conseguem crer.Esta incredulidade é uma verdadeira ferida no coração de Jesus. Por isto Nosso Senhor pede a Santa Faustina a instituição da festa da Divina Misericórdia. Nela os pecadores devem se aproximar com confiança do coração misericordioso que nos lava de nossos pecados (raio de luz branca – água) e nos imerge no amor de Deus (raio de luz vermelha – sangue).
"Oh! Como Me fere a incredulidade da alma! Essa alma confessa que sou Santo e Justo e não crê que sou Misericórdia, não acredita em Minha bondade. Alegra-se o Meu Coração com esse título da Misericórdia. Diz que a Misericórdia é o maior atributo de Deus. Todas as obras das Minhas mãos são coroadas pela misericórdia". (Santa Faustina Kowalska, Diário. A Misericórdia Divina na minha alma, Editora Mãe da Misericórdia, Curitiba, 201140).O Bem-aventurado João Paulo II, seguindo as indicações de Jesus a Santa Faustina, não somente instituiu a festa, mas concedeu indulgência plenária aos fiéis neste domingo:
"Concede-se a Indulgência plenária nas habituais condições (Confissão sacramental, Comunhão eucarística e orações segundo a intenção do Sumo Pontífice) ao fiel que no segundo Domingo de Páscoa, ou seja, da "Misericórdia Divina", em qualquer igreja ou oratório, com o espírito desapegado completamente da afeição a qualquer pecado, também venial, participe nas práticas de piedade em honra da Divina Misericórdia, ou pelo menos recite, na presença do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, publicamente exposto ou guardado no Tabernáculo, o Pai-Nosso e o Credo, juntamente com uma invocação piedosa ao Senhor Jesus Misericordioso (por ex., "Ó Jesus Misericordioso, confio em Ti"). (Decreto da Penitenciaria apostólicas, Anexadas indulgências aos atos de culto, realizados em honra da Misericórdia Divina, 29 de junho de 2002)
"A misericórdia é a compaixão que o nosso coração experimenta pela miséria alheia, que nos leva a socorrê-la, se o pudermos" (Santo Agostinho, De civitate Dei, IX, 5).
"Ser misericordioso é próprio de Deus e é pela misericórdia que ele principalmente manifesta a sua onipotência. Em relação ao que possui, a misericórdia não é a maior das virtudes, salvo se ele for o maior, não havendo ninguém acima dele, e todos lhe sendo submissos. Pois quem tem superior, é maior e melhor unir-se a ele do que suprir as deficiências do inferior. Eis porque, para o homem, que tem Deus como superior, a caridade que o une a Deus, é maior que a misericórdia" (Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, II-II, 30, 4).