domingo, 30 de junho de 2013

Papa Francisco falou da necessidade de saber falar com Deus para ser cristãos livres

Angelus com Papa Francisco – 30/06/2013

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O Evangelho deste domingo (Lc 9, 51-62) mostra uma passagem muito importante na vida de Cristo: o momento no qual – como escreve São Lucas – “Jesus toma a firme decisão de colocar-se em caminho rumo a Jerusalém” (9, 51). Jerusalém é a meta final, onde Jesus, em sua última Páscoa, deve morrer e ressuscitar, e assim cumprir a sua missão de salvação.
Daquele momento, depois da “firme decisão”, Jesus fixa a meta, e também às pessoas que encontra e que pedem para segui-Lo, diz claramente quais são as condições: não ter uma moradia permanente; desapegar-se dos afetos humanos; não ceder à nostalgia do passado.
Mas Jesus diz também aos seus discípulos, encarregados de precedê-lo no caminho rumo a Jerusalém para anunciarem a sua passagem, para não imporem nada: se não encontrarem disponibilidade de acolhê-Lo, que prossigam, sigam adiante. Jesus não impõe nunca, Jesus é humilde, Jesus convida. Se você quer, vem. A humildade de Jesus é assim: Ele convida sempre, não impõe.
Tudo isto nos faz pensar. Isso nos diz, por exemplo, a importância que, também para Jesus, teve a consciência: o escutar no seu coração a voz do Pai e segui-la. Jesus, na sua existência terrena, não era, por assim dizer, “telecomandado”: era o Verbo encarnado, o Filho de Deus feito homem, e em certo ponto tomou a firme decisão de sair para Jerusalém pela última vez; uma decisão tomada na sua consciência, mas não sozinho: junto do Pai, em plena união com Ele! Decidiu em obediência ao Pai, em escuta profunda, íntima da sua vontade. E por isto a decisão era firme, porque tomada junto com o Pai. E no Pai Jesus encontrava a força e a luz para o seu caminho. E Jesus era livre, naquela decisão era livre. Jesus quer nós cristãos livres como Ele, com aquela liberdade que vem deste diálogo com o Pai, deste diálogo com Deus. Jesus não quer cristãos egoístas, que seguem o próprio “eu”, não falam com Deus; nem cristãos fracos, cristãos que não têm vontade, cristãos “telecomandados”, incapazes de criatividade, que buscam sempre conectar-se com a vontade do outro e não são livres. Jesus nos quer livres e esta liberdade acontece onde? Acontece no diálogo com Deus na própria consciência. Se um cristão não sabe falar com Deus, não sabe sentir Deus na própria consciência, não é livre, não é livre.
Por isto devemos aprender a escutar mais a nossa consciência. Mas atenção! Isto não significa seguir o próprio “eu”, fazer aquilo que me interessa, que me convém, que me agrada… Não é isto! A consciência é o espaço interior da escuta da verdade, do bem, da escuta de Deus; é o lugar interior da minha relação com Ele, que fala ao meu coração e me ajuda a discernir, a compreender o caminho que devo percorrer e, uma vez tomada a decisão, a seguir adiante, a permanecer fiel.
Nós tivemos um exemplo maravilhoso de como é esta relação com Deus na própria consciência, um recente exemplo maravilhoso. O Papa Bento XVI nos deu este grande exemplo quando  o Senhor o fez entender, na oração, qual era o passo que devia seguir. Seguiu, com grande senso de discernimento e coragem, a sua consciência, isso é, a vontade de Deus que falava ao seu coração. E este exemplo do nosso Padre faz tanto bem a todos nós, como um exemplo a seguir.
Nossa Senhora, com grande simplicidade, escutava e meditava no íntimo de si mesma a Palavra de Deus e aquilo que aconteceu com Jesus. Seguiu o seu Filho com íntima convicção, com firme esperança. Ajude-nos, Maria, a transformar-nos sempre mais homens e mulheres de consciência, livres na consciência, porque é na consciência que se dá o diálogo com Deus; homens e mulheres capazes de escutar a voz de Deus e de segui-la com decisão, capazes de escutar a voz de Deus e de segui-la com decisão.
Papa Francisco
Fonte: CN

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Professar a fé - A alegria de festejar São Pedro e São Paulo

Para "ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé", o Papa Bento XVI, a seu tempo, proclamou o Ano da Fé, confirmado pelo atual sucessor de Pedro e Bispo de Roma, o Papa Francisco. Durante todo o ano, somos positivamente provocados a experimentar e testemunhar a fé que recebemos no batismo. "Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da Sua Morte e Ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor" (Bento XVI, "A Porta da Fé", 1).

Em sua história, a Igreja sempre ofereceu testemunhas qualificadas da fé, cujas vidas edificam as gerações e lhes possibilitam atualizar a mesma profissão de fé.  Pedro, ostentando a chave, símbolo do ministério a ele confiado pelo Senhor: "Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,19). Chaves entregues para abrir portas e não para fechá-las, como tem testemunhado o Papa Francisco! 

Como "a Palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante que qualquer espada de dois gumes, penetra até dividir alma e espírito, articulações e medulas, julga os pensamentos e as intenções do coração" (Hb 4,12), o apóstolo das gentes, expressão da missão da Igreja, que deve levar o Evangelho a todos os recantos da terra, traz uma espada nas mãos. Pedro e Paulo, "por diferentes meios, congregaram a única família de Cristo e, unidos pela coroa do martírio, recebem hoje, por toda a terra, igual veneração" (Prefácio da Missa de São Pedro e São Paulo).
Para "ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé", o Papa Bento XVI, a seu tempo, proclamou o Ano da Fé, confirmado pelo atual sucessor de Pedro e Bispo de Roma, o Papa Francisco. Durante todo o ano, somos positivamente provocados a experimentar e testemunhar a fé que recebemos no batismo. "Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da Sua Morte e Ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor" (Bento XVI, "A Porta da Fé", 1).
A partir do testemunho dos apóstolos, no correr dos séculos, uma imensa multidão, de toda raça, povo e nação, tem oferecido o testemunho da fé professada. A medida alta da vida cristã há de ser a prontidão para derramar o sangue pelo Senhor, no qual depositamos a nossa confiança! É a forma radical de serviço a Deus. Se também em nossos dias o martírio pela fé continua atual e todos precisam estar dispostos a ele, nem sempre nos será pedido. Ao lado da radicalidade do martírio, há outros modos de testemunhar a fé a serem abraçados por todos nós! Buscamos "uma adesão mais profunda à Palavra de Deus, quer pela renovação da profissão de fé em muitas comunidades, quer pela confirmação da própria fé, com o testemunho de uma vida autenticamente cristã" (Paulo VI, Credo do Povo de Deus, 2). A certeza interior da fé, com convicções arraigadas que a consideram o maior tesouro da vida, é o ponto de partida.
Professar a fé em nossas famílias, tomando consciência de que os pais começam a evangelizar os filhos a partir da concepção dos mesmos. Como os pais são os primeiros catequistas das crianças, a confissão da fé passa pelo afeto com que são cuidados, pelo ambiente familiar correspondente à fé católica, para depois encaminhá-los à Igreja e aos sacramentos. Os valores cristãos da sinceridade e da verdade, a honestidade e a retidão pessoal, cultivadas em casa, atraem muitas outras pessoas. Também sobre esta fé simples e profunda se edifica a Igreja!

Professar a fé publicamente, com a coragem de não esconder as certezas que dela recebemos. Não é possível aos cristãos compactuarem com a cultura da morte, representada pela mentalidade abortista e anti-vida. Os valores da dignidade da pessoa humana, da família e da verdade são irrenunciáveis. Radical seja o combate contra a corrupção, a mentira e o relaxamento da consciência. Firme a solidariedade com os mais pobres e sofredores, corajosa a voz levantada em defesa dos mais fracos. Manifestar de forma varonil as convicções, das ruas aos parlamentos, passando pelas relações comerciais e profissionais, o trato com o dinheiro público e a fidelidade aos compromissos assumidos! Trata-se de um leque aberto, cujas expressões serão suscitadas pelo Espírito Santo! Na história dos santos, homens e mulheres foram reconhecidos como "confessores" da fé. Aqui está a vertente a ser seguida pela maior parte dos cristãos que querem ser fiéis!

Professar a fé publicamente significa cerrar fileiras com o Sucessor de Pedro e os bispos em comunhão com ele. Quer dizer comprometer-se em ser Igreja de portas abertas, sem medo da ternura e da bondade, superando a tentação de permanecer voltados para si mesmos. Abrir-se ao desafio missionário, abraçar a causa da evangelização em primeira pessoa! Sim, fé professada é fé testemunhada segundo o dom recebido de Deus. São Paulo abriu um largo horizonte dos serviços na Igreja para que ninguém fique de fora: “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes atividades, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito, em vista do bem de todos. A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de conhecimento segundo o mesmo Espírito. A outro é dada a fé pelo mesmo Espírito; a outro são dados dons de cura pelo mesmo Espírito. A outro, o poder de fazer milagres. A outro, a profecia. A outro, o discernimento dos espíritos. A outro, diversidade de línguas. A outro, o dom de as interpretar. Todas essas coisas as realiza um e o mesmo Espírito, que distribui a cada um conforme quer. Um só corpo, muitos membros. Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo” (1 Cor 12, 4-12). Homens e mulheres de fé, a mesma certeza interior, manifestações diversas do único Espírito Santo que leva a servir e amar!

Celebrando as duas colunas da Igreja, podemos pedir confiantes: "Ó Deus, que nos concedeis a alegria de festejar São Pedro e São Paulo, concedei à vossa Igreja seguir em tudo os ensinamentos destes apóstolos que nos deram as primícias da fé".

Fonte: Formação CN

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Jovens se preparam para "gritar sobre os telhados" a vida de Chiara Luce

Equipe de Eventos dos Focolares no Rio de Janeiro fala sobre como Chiara Luce tornou-se intercessora da Jornada Mundial da Juventude e como os jovens do Movimento estão preparando o espetáculo que narrará a vida da beata durante o encontro mundial com o Papa Francisco

Um dia para conhecer Chiara Luce
Foi muito interessante conhecer uma das intercessoras da JMJ. Com a Beata Chiara Luce percebi a força do Evangelho (...).”
Senti que hoje se pode buscar a santidade no dia a dia. Não é uma busca por algo impossível. Chiara Luce mostra isso para nós, nos encoraja a buscar a santidade.”
Foi ótimo... Foi a descoberta da vida. Hoje eu decidi viver o Evangelho. Foi lindo ver a vida de uma santa tão jovem. Deu para perceber que para ser santo não tem idade. Deus não está distante de nós, o que precisamos é descobrir a sua presença junto de nós e é através do amor ao próximo que isto acontece. Apesar dos sofrimentos, Chiara Luce viveu sem lamúrias, ao contrário, amou mais e mais. Esta é a fé no amor de Deus.”
Tenho um problema crônico de saúde que me causa fortes dores físicas e emocionais. Beata Chiara Luce me ajuda a viver este tempo de sofrimento, mas também de amadurecimento, me estimula a não me entregar às minhas mazelas.”
Estes foram depoimentos de alguns dos 1.200 participantes à Jornada dedicada a conhecer Chiara Luce em julho do ano passado em um local perto de onde será a Vigília com o Papa nos dias 27 e 28 na JMJ 2013. O evento, que teve como organizadores os jovens do Movimento dos Focolares, foi realizado a pedido da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Modelo de santidade mais atual, mais próxima do jovem de hoje
Quando o Papa Francisco encontrar com os milhões de jovens e pessoas de todas as idades que participarão da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), de 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro, todos terão a oportunidade de “mergulhar” na experiência de Chiara Luce. Por meio de um Espetáculo, no dia 24 de julho, em duas sessões, um grupo de jovens compartilhará com todos os presentes o belíssimo testemunho de santidade e vivência apaixonada da vontade de Deus demonstrados por essa beata, que “partiu para o Paraíso" em 1990, aos 18 anos de idade.
Chiara Luce entrou na JMJ depois que alguns bispos do Rio de Janeiro, em visita Ad Limina no Vaticano, participaram da “Festa para Chiara Luce”, por ocasião da beatificação dela, na Sala Paulo VI. Desde então, a idéia de que ela deveria ser modelo para os jovens foi-se tornando realidade. Segundo aqueles bispos, ela “é o modelo de santidade mais atual, mais próxima do jovem de hoje”. Foi, de fatto, eleita uma das intercessoras da JMJ.
Numa outra Jornada, realizada pelos Jovens Por Um Mundo Unido - que teve como tema “Reescrever o Evangelho com a própria Vida” –, foi apresentada a experiência da intercessora, por meio de canções e outros números artísticos, além do testemunho pessoal dos próprios organizadores. Nos jovens que participaram, permanece e cresce um profundo relacionamento espiritual com a beata. Esses jovens divulgaram o que viram e ouviram na jornada para outros jovens, com seus relatos e com os livros e vídeos sobre a beata, que adquiriram no evento. Esses vídeos e livros vão passando de mão em mão, e as informações também reverberam na internet, num extraordinário efeito multiplicador.

Um musical
O convite para a seleção dos participantes do “Espetáculo sobre a vida de Chiara Luce” que os jovens dos Focolares realizarão na JMJ foi divulgado via facebook, e-mail, e feito pessoalmente. O grupo que está atuando é heterogêneo, de diversos perfis e crenças: jovens que participaram da Jornada de julho de 2012, de paróquias diversas, de diversos movimentos e Igrejas cristãs, pessoas que conheceram Chiara Luce pela TV, outras que pouco sabem sobre o cristianismo, e ainda uma jovem budista e uma espírita...
Uma estudante de dança, que já ficara encantada com Chiara Luce durante um evento em Cachoeira Paulista no ano passado, no qual foram apresentados os intercessores da jornada – e estava inclusive querendo montar justamente um musical sobre a beata – ficou maravilhada ao saber que poderia participar de um espetáculo que já estava sendo produzido.

Sinais da intercessora
A própria Chiara Luce está providenciando para que um belíssimo espetáculo veicule para milhões e milhões de pessoas o seu testemunho.
Assim como essa estudante, que está sendo uma grande contribuição para a produção do espetáculo, parecem 'enviados' pela beata, muitos outros, profissionais ou não, em diversas funções necessárias no musical, que têm se oferecido com entusiasmo para participar; como atores, atrizes, coreógrafas, figurinistas e dançarinos, totalizando cerca de 50 pessoas.
Também não cessam de manifestar-se outros sinais – como o caso da professora de dança que cedeu sua própria academia e ofereceu-se para criar a coreografia – de que Ela mesma, Chiara Luce, está trabalhando para que, não só no Rio, mas em todo o mundo, pela enorme audiência que a Jornada Mundial da Juventude terá, o maior número de pessoas possível conheça o Ideal da Unidade.

 Fonte: Chiara Luce Bandano

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O CAOS

     
  
              As recentes manifestações - à parte os lamentáveis excessos, desordens e infiltrações dos que querem o pior, - mostram o lado positivo de os jovens, saindo de uma lamentável inércia, se entusiasmar por uma causa comum, fora deles mesmos, pelo bem da sociedade. Somos-lhes solidários nas justas causas e protestos. Mas é claro que devem sempre discernir sobre os limites da sua inconformidade e saber contra quem e o quê estão se manifestando.
          “O direito democrático a manifestações como estas deve ser sempre garantido pelo Estado. De todos espera-se o respeito à paz e à ordem. Nada justifica a violência, a destruição do patrimônio público e privado, o desrespeito e a agressão a pessoas e instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência. Quando isso ocorre, negam-se os valores inerentes às manifestações, instalando-se uma incoerência corrosiva que leva ao descrédito” (Nota da CNBB, 21/6/2013).
          Segundo análise da imprensa, a mensagem deixada pelas manifestações foi clara: o sentimento contra a política atual. Política deveria ser “uma prudente solicitude pelo bem comum” (João Paulo II, Laborem exercens, 20 e). Por isso, os jovens católicos devem participar da política, em vista do bem comum. E devem usar uma arma mais poderosa do que as passeatas: o voto consciente. Como já disse alguém: “não adianta rugir nas ruas como um leão e nas urnas votar como um jumento!” Se urge uma reforma política, uma reforma dos políticos é mais urgente ainda! Parecendo falar hojeEça de Queirós em 1871, escrevia: “Estamos perdidos há muito tempo... O país perdeu a inteligência e a consciência moral... A prática da vida tem por única direção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido... Ninguém crê na honestidade dos homens públicos... A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia... Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente... A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte, o país está perdido! Algum opositor do atual governo? Não!”.
            É preciso menos intervencionismo estatal e mais iniciativa de cada cidadão e da sociedade civil organizada; menos Estado açambarcador e mais princípio de subsidiariedade; menos protecionismo do Governo e mais competitividade e qualidade da iniciativa particular; menos autoritarismo do Estado e menos monopólio do poder nas mãos de uma casta e mais instituições democráticas sérias e sólidas, como uma imprensa livre, veraz e conscienciosa; menos esmolas estatais e mais oportunidades e incentivo ao trabalho; menos desperdício e mais transparência e correção no uso do dinheiro público; menos impunidade e mais justiça imparcial para todos; e, sobretudo, nada de corrupção.
           A existência de partidos políticos, oposição e situação, faz parte do regime democrático, bem como o equilíbrio que deve haver entre os três poderes, legislativo, executivo e judiciário. Quando deixa de existir a legítima oposição, com os seus partidos comprados pela situação em espúrias alianças, quando o equilíbrio dos três poderes vacila por influências de interesses inconfessos, aí a democracia começa a perecer, a ditatura velada aparece, o fisiologismo e o populismo imperam e a política, de coisa boa se transforma em ruim, se torna um caos.
          Diz uma anedota que alguns profissionais, um médico, um arquiteto, um advogado e um político, discutiam sobre qual seria a mais antiga profissão. O médico disse que era a sua, pois Deus ao criar Eva, tirada da costela de Adão, fez uma cirurgia. O arquiteto interveio dizendo que antes de Deus criar Adão ele arquitetou o universo. O advogado interpelou dizendo que antes de Deus criar o universo, ele pôs ordem no caos, o que é uma função de advogado. E o político, com um sorriso maroto de vitória, perguntou: e quem fez o caos?! 





           Dom Fernando Arêas Rifan*                                                                                                
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

JMJ Rio 2013: Protagonistas

Dom Orani, arcebispo do Rio de Janeiro, recorda que daqui a um mês, estaremos iniciando a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro

Daqui a exatamente um mês, estaremos iniciando a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Antes de nos encontrarmos no Santuário Mundial da Juventude, os jovens estarão vivendo a “semana missionária” por todas as cidades do Brasil. Eis um tempo de graça e de esperança! 
Na oração oficial da JMJ, nós concluímos pedindo que, impulsionados por este momento único, os jovens se tornem “grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo”.
É justamente isso que tenho visto por onde tenho encontrado os jovens. É o que constatamos com a peregrinação dos símbolos da JMJ por todos os cantos do mundo e agora, nestes dois últimos anos, pelo nosso país.
Basta ver o “Comitê Organizador Local” – o COL – para perceber a maioria de jovens que decide e organiza o evento mundial com capacidade, criatividade, animação. Também sabem vencer as dificuldades e problemas que a cada momento ocorrem numa organização como essa. Nestes dias em que os jovens brasileiros expõem ao mundo seus anseios de uma vida mais justa, fraterna e com dignidade, focando de maneira especial na saúde, educação e transporte, vemos a importância desse momento para o país. Esse programa precisa ser acrescentado com o saneamento básico, dignidade de moradia, segurança, lazer, alimentação e tantos outros itens. Como teremos aqui, durante a JMJ, jovens de mais de 172 nações, a partilha de experiências poderá ajudar o mundo a ser diferente com o protagonismo deles.
Em todas as Dioceses por onde passaram os símbolos da JMJ, o testemunho foi sempre de entusiasmo e participação! É alegria por ver o despertar dos jovens.
O interesse de todos para participar da JMJ aparece a cada momento e para nós, organizadores, isso soa como um momento de comunhão, de unidade em meio a tanta diversidade.
Temos valores que norteiam nossas vidas e também nosso trabalho. Acreditamos que os valores cristãos que marcam a nossa civilização poderão ser a luz que ilumina todos os anseios de um mundo novo nascendo em nosso tempo.
Por isso, é providencial que tenhamos justamente neste tempo esse momento com os jovens do mundo e com o Papa Francisco. É a graça de Deus que nos precede e nos alimenta em nossa esperança e caminhada.
Os episódios lamentáveis que alguns grupos minoritários causaram nestes dias demonstram como necessitamos de uma espiritualidade para alimentar o coração e curar feridas e, assim, construir positivamente esse sonhado tempo novo.
Nós cremos num mundo novo com Cristo Ressuscitado! A boa notícia que nos enche a vida a cada momento deve ser extravasada para contagiar, com uma alegria incontida, todos os que de nós se aproximam nesses dias de partilha de vida em nossa JMJ.
Os jovens que vêm como peregrinos, fazendo sacrifícios para estarem aqui conosco, irão encontrar uma família de irmãos e irmãs que os acolhem. Irão encontrar uma cidade que, à semelhança do Cristo Redentor, os acolhe de braços abertos. Irão encontrar seus irmãos jovens que anseiam, como eles, por dias melhores para a sociedade. O jovem é protagonista de tudo isso. Eles estiveram no início de tudo e estarão nas consequências como protagonistas desse mundo novo.
Teremos muitos legados importantes da JMJ: rede para atender os dependentes químicos, educação ecológica, sustentabilidade, acessibilidade, trabalho em conjunto com entidades internacionais e nacionais sobre Paz, justiça, futuro. Viveremos isso no diálogo com as religiões e entre os cristãos. Teremos também a oportunidade da admiração do belo e da arte para os que em nada creem. Mas a grande herança que queremos deixar para todos é a esperança de um “novo amanhecer” para o mundo. É ver os sonhos que todos trazem em seus corações terem caminhos de solução. Em tempos de tantas situações e diversidades o poder dizer, providencialmente, que “o mundo tem jeito” e que a esperança deve estar presente no olhar de cada jovem será um legado que eles levarão para sempre em seus corações.
E diante de tudo isto, depois de tantas controvérsias, trabalhos, incompreensões, lutas, preocupações poderemos olhar para traz com alegria do dever cumprido e, voltados para o futuro, dizer: “valeu a pena”! Deus seja louvado por esse dom que nos concedeu!
† Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

terça-feira, 18 de junho de 2013

O gigante acordou!

Acompanhando os últimos dias e suas respectivas últimas notícias vi muita coisa acontecendo Brasil e mundo a fora. Jovens indo às ruas e se movimentando referente à taxas de transporte público, corrupção, gasto de dinheiro público em construção de estádios, PEC 37 e por ai vai. Acredito que ninguém esperava que existisse uma juventude assim, que luta por uma causa, acreditavam que os jovens estavam dormindo e ai meu amigo se surpreenderam!
Sim, os jovens estão acordados! Há muita coisa a se fazer e a propor a diferença! Há uma civilização do amor a construir e isto é pra ontem!
Porém fiquei pensando na #ogiganteacordou , isto é fantástico, não temos noção ainda da força deste gigante que pode mudar o cenário de um país, uma nação. Um gigante de jovens que podem construir uma nova sociedade marcada  pela justiça, pela paz e a dignidade da pessoa humana!
Mas você já parou pra pensar o que acontece quando se acorda?
Alguns acordam e precisam de um tempinho a mais para se localizar no tempo e espaço, tipo, antes de sair da cama é importante abrir bem os olhos se perceber no espaço antes de tomar uma direção, vai que acerta o pé em algo tipo o guarda-roupa, a porta  e aí? Hum que dor terrível.
Outras pessoas quando acordam, o humor é super lá embaixo, e o azedume é perceptível nas palavras de raiva e rancor. E tanto mal faz àqueles que com elas convivem. Atitudes bem violentas estas  não?
E ainda tem pessoas que acordam, se levantam e nem abrem os olhos, simplesmente vão andando sem direção. Nesta hora pode aparecer alguém que te conduza por um ou outro caminho.
O que tem a ver tudo isso?
Cara, não basta acordar e levantar (isso também), mas é preciso pensar, refletir e tomar uma direção. Pois se você é um dos que ao acordar não para e pensa, pode simplesmente sair sem direção e acertar o pé em coisas desconhecidas (ideologias, estratégias de manipulação e etc). Ou pode ser ainda que ao acordar tenha um ânimo de humor lá embaixo e acredita que com sua raiva e indignação pode partir para violência e nesta hora muita gente sai perdendo principalmente os inocentes. E creio ainda que ao acordar possa sair de olhos fechados para a realidade e nesta hora aparecer alguém que resolva te guiar por caminhos não tão justos e sim egoístas, que no final das contas gerará um totalitarismo ditatorial.
Sim o gigante acordou e está na hora de uma reflexão crítica e inteligente, pensar em um foco e numa mudança que urge acontecer. Está na hora de mostrarmos que temos um sonho de um mundo melhor sim! E que a injustiça social precisa ser tocada e transformada.
Mas acorde, abra bem os olhos e dê o passo! Saiba: como Cristãos temos o dever de nos posicionarmos e temos muita matéria (Doutrina Social da Igreja) para refletirmos e agirmos! Não dá para simplesmente acordar!
#verasqueumfilhoteunaofogealuta

Fonte: Revolução Jesus

segunda-feira, 17 de junho de 2013

"Somente dos santos, somente de Deus vem a verdadeira revolução"

Que a JMJ seja a verdadeira revolução capaz de acordar o gigante que trazemos no nosso coração

Ondas de revolução passam pelo Brasil. O que está acontecendo? Que revolução é essa?
Nas redes sociais fotos e mais fotos de rostos machucados, agressivos, jornalistas sendo vaiados, manifestantes em confronto com a força pública, ou ao contrário...; juntamente com vídeos de indignação e violência, gás lacrimogêneo, “vinagre”...
E vem aí “a grande revolução”, como um carro alegórico entrando na pista.
“Que grande revolução é essa que se aproxima?”, os mais espertos se perguntam.
“E o gigante está acordando”, e o “povo, por fim, está se dando conta”, e “acabou a farça”, são os slogans compartilhados e “curtidos” por milhares de brasileiros nessa segunda-feira em todas as redes sociais.
Para um católico, não deixa de ser uma oportunidade para refletir no termo “revolução” e perguntar-se: onde está e qual é a verdadeira revolução?
“Eis aqui a verdadeira revolução trazida por Cristo, a do amor!”, disse o Papa emérito Bento XVI no dia 15 de setembro de 2012.
Estamos há quase um mês de uma grande manifestação que pode mudar a cara do Brasil e do mundo: a Jornada Mundial da Juventude. Como assim?
“Não pode haver verdadeira paz sem verdadeira justiça”, dizia Paulo VI no dia 1 de Janeiro de 1972 e ressaltava porém: “Difícil equação aquela da justiça e da paz: requer sabedoria, prudência, paciência, gradualidade, não violência, não revolução (que são outras injustiças), mas deverá ser perseguida com tenacidade, com sacrifício, alto e sincero amor pela humanidade”.
E, na grande vigília da Jornada Mundial da Juventude de Colônia, disse aos jovens Bento XVI: “Os santos, já o dissemos, são os verdadeiros reformadores. E agora gostaria de expressá-lo de forma mais radical. Somente dos santos, somente de Deus vem a verdadeira revolução, a mudança decisiva do mundo” porque “a revolução consiste unicamente no voltar-se sem reservas para Deus que é a medida do que é justo e ao mesmo tempo é amor eterno”.
Portanto, parece ser que os rostos jovens da nossa nação não precisam se esconder detrás de máscaras para protestar e sair às ruas. Fazê-lo de forma pacífica, buscando objetivos claros, é um bem para a nação, diante das inegáveis injustiças que essa sofre. Depredar, destruir, violência, é causar uma injustiça maior.
Que os milhões de jovens reunidos em vigília de oração com o Papa em Guaratiba na JMJ Rio 2013 sejam uma grande luz, capaz de iluminar cada canto na nossa nação e do mundo.
Ali sim, ali o gigante acordará! O grande gigante que cada batizado em estado de graça traz dentro da sua alma: a Santíssima Trindade! E aí a verdadeira revolução começa.

 Fonte: ZENIT - O Mundo visto de Roma

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Santo Antônio

Neste dia, celebramos a memória do popular santo – doutor da Igreja – que nasceu em Lisboa, em 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231, por isso é conhecido como Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua. O nome de batismo dele era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo.
Ainda jovem pertenceu à Ordem dos Cônegos Regulares, tanto que pôde estudar Filosofia e Teologia, em Coimbra, até ser ordenado sacerdote. Não encontrou dificuldade nos estudos, porque era de inteligência e memória formidáveis, acompanhadas por grande zelo apostólico e santidade. Aconteceu que em Portugal, onde estava, Antônio conheceu a família dos Franciscanos, que não só o encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, como também o arrastou para a vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças.
Ao ir para Marrocos, Antônio ficou tão doente que teve de voltar, mas providencialmente foi ao encontro do “Pobre de Assis”, o qual lhe autorizou a ensinar aos frades as ciências que não atrapalhassem os irmãos de viverem o Santo Evangelho. Neste sentido, Santo Antônio não fez muito, pois seu maior destaque foi na vivência e pregação do Evangelho, o que era confirmado por muitos milagres, além de auxiliar no combate à Seita dos Cátaros e Albigenses, os quais isoladamente viviam uma falsa doutrina e pobreza. Santo Antônio serviu sua família franciscana através da ocupação de altos cargos de serviço na Ordem, isto até morrer com 36 anos para esta vida e entrar para a Vida Eterna.

Santo Antônio, rogai por nós!

domingo, 9 de junho de 2013

Papa fala do Coração de Jesus como o símbolo real da misericórdia de Deus

O Papa Francisco reuniu-se com os fiéis presentes na Praça São Pedro neste domingo, 9, para rezar a tradicional oração do Angelus. Antes da oração mariana, o Papa fez algumas reflexões sobre a misericórdia de Deus, destacando que o Coração de Jesus é o símbolo real dessa misericórdia.

 ANGELUS
Praça São Pedro
Domingo, 9 de junho de 2013
Boletim da Santa Sé 
 
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O mês de junho é tradicionalmente dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, máxima expressão humana do amor divino. Na sexta-feira passada, de fato, celebramos a solenidade do Coração de Cristo, e esta festa dá o tom de todo o mês. A piedade popular valoriza muito os símbolos, e o Coração de Jesus é o símbolo por excelência da misericórdia de Deus; mas não é um símbolo imaginário, é um símbolo real, que representa o centro, a fonte da qual surgiu a salvação para toda a humanidade.
Nos Evangelhos encontramos diversas referências ao Coração de Jesus, por exemplo na passagem em que o próprio Cristo disse: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas” (Mt 11, 28-29). Fundamental, então, é a passagem da morte de Cristo segundo João. Este evangelista de fato testemunha aquilo que viu no Calvário, que um soldado, quando Jesus já estava morto, abriu-Lhe o lado com uma lança e daquela ferida saíram sangue e água (cfr Jo 19, 33-34). João reconheceu naquele sinal, aparentemente casual, o cumprimento da profecia: do coração de Jesus, Cordeiro imolado na cruz, vem para todos os homens o perdão e a vida.
Mas a misericórdia de Jesus não é somente um sentimento, é uma força que dá vida, que levanta o homem! Isto nos diz também o Evangelho de hoje, no episódio da viúva de Naim (Lc 7,11-17). Jesus, com os seus discípulos, está chegando a Naim, um vilarejo da Galileia, propriamente no momento no qual acontece um funeral: leva-se para a sepultura um rapaz, filho único de uma mulher viúva. O olhar de Jesus se fixa subitamente na mãe em pranto. Diz o evangelista Lucas: “Vendo-a, o Senhor foi tomado de grande compaixão para com ela” (v. 13). Esta “compaixão” é o amor de Deus pelo homem, é a misericórdia, isso é, a atitude de Deus em contato com a miséria humana, com a nossa pobreza, o nosso sofrimento, a nossa angústia. O termo bíblico “compaixão” evoca o útero materno: a mãe, de fato, tem uma reação típica diante da dor dos filhos. Assim nos ama Deus, diz a Escritura.
E qual é o fruto deste amor, desta misericórdia? É a vida! Jesus disse à viúva de Naim: “Não chores!”, e depois chamou o rapaz morto e o despertou como de um sono (cfr VV. 13-15). Pensemos nisto, é belo: a misericórdia de Deus dá vida ao homem, ressuscita-o da morte. O Senhor nos olha sempre com misericórdia; não esqueçamos isto, nos olha sempre com misericórdia, nos espera com misericórdia. Não tenhamos medo de nos aproximarmos Dele! Tem um coração misericordioso! Se mostrarmos a Ele as nossas feridas interiores, os nossos pecados, Ele sempre nos perdoa. É pura misericórdia! Vamos para Jesus!
Voltemo-nos à Virgem Maria: o seu coração imaculado, coração de mãe, partilhou ao máximo a “compaixão” de Deus, especialmente na hora da paixão e da morte de Jesus. Que Maria nos ajude a sermos mansos, humildes e misericordiosos com os nossos irmãos.

Fonte: CN

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

Na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, Papa Francisco enfatizou o amor de Cristo pela humanidade
  
É preciso deixar-se amar por Deus

Deixar-se amar por Deus com ternura é difícil, mas é a graça que temos que pedir dEle. Este foi o convite do papa Francisco na missa desta manhã na Casa Santa Marta.

Concelebrou com ele o bibliotecário da Santa Igreja Romana, dom Jean-Louis Bruguès, e o pe. Sergio Pagano. Assistiu à missa parte do pessoal do Arquivo Secreto Vaticano.
“Jesus nos amou muito, não com palavras, mas com fatos e com a vida”, repetiu várias vezes o papa na homilia de hoje, solenidade do Sagrado Coração de Jesus, que ele chama de "festa do amor", de um "coração que amou muito". Um amor que, como repetia Santo Inácio, "se manifesta mais nas obras do que nas palavras" e que é especialmente "mais um dar-se do que um receber".
Bases do amor de Deus
“Estes dois critérios”, destacou o papa, “são os pilares do amor verdadeiro”, e é o Bom Pastor quem representa todo o amor de Deus. Ele conhece as suas ovelhas uma por uma, "porque o amor não é abstrato nem geral: é o amor por cada um".
"Um Deus que se torna próximo por amor, que caminha com o seu povo, e esse caminhar chega a um ponto inimaginável. Nunca podemos imaginar que o próprio Deus se torna um de nós e caminha conosco, fica
conosco, permanece na sua Igreja, continua presente na Eucaristia, continua na sua Palavra, permanece nos pobres, fica conosco para caminhar! E isto é estar perto: é o pastor perto do seu rebanho, das suas ovelhas, que ele conhece uma por uma".
Explicando uma passagem do livro do profeta Ezequiel, Francisco ressalta outro aspecto do amor de Deus: o cuidado da ovelha perdida e da ovelha ferida e doente:
"A ternura! Deus nos ama ternamente! Nosso Senhor conhece aquela linda ciência das carícias, aquela ternura de Deus. Não se ama com as palavras. Ele se aproxima, chega perto, e nos dá aquele amor com ternura. Proximidade e ternura! Esses dois estilos de Deus que se torna próximo e que dá todo o seu amor inclusive nas menores coisas: com a ternura. E é um amor forte, porque a proximidade e a ternura nos fazem ver a fortaleza do amor de Deus".
Chamados a amar
"Mas vocês amam como eu os amei?", foi a pergunta que o papa destacou, reforçando que o amor deve "ser próximo", deve ser "como o do bom samaritano" e, em particular, ter “o sinal da proximidade e da ternura”. Mas como devolver todo esse amor a Deus? Este foi o outro ponto em que Francisco se concentrou: "amando-o", ficando "perto dele", sendo "ternos com Ele". Mas isto não é suficiente:
"Pode parecer uma heresia, mas é a maior das verdades! Mais difícil do que amar a Deus é deixar-se amar por Ele! A maneira de devolver tanto amor é abrir o coração e deixar-se amar. Deixar que Ele venha até nós e senti-lo perto. Permitir que ele seja terno, que ele nos acaricie. Isso é muito difícil: deixar-se amar por Ele. E é isto o que talvez devamos pedir hoje na missa: Senhor, eu quero te amar, mas me ensina essa difícil ciência, esse difícil hábito de me deixar amar por ti, de te sentir por perto e de sentir a tua ternura! Que o Senhor nos dê esta graça".
Fonte: ZENIT - O Mundo Visto de Roma


Conheça as 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque:


1ª Promessa: “A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de Meu Sagrado Coração”; 2ª Promessa: “Eu darei aos devotos de Meu Coração todas as graças necessárias a seu estado”;

3ª Promessa:
“Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias”;

4ª Promessa:
“Eu os consolarei em todas as suas aflições”;
5ª Promessa: “Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte”; 6ª Promessa: “Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos”; 7ª Promessa: “Os pecadores encontrarão, em meu Coração, fonte inesgotável de misericórdias”; 8ª Promessa: “As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção”; 9ª Promessa: “As almas fervorosas subirão, em pouco tempo, a uma alta perfeição”; 10ª Promessa: “Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos”; 

11ª Promessa: "As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no Meu Coração”; 12ª Promessa: “A todos os que comunguem, nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”.


 Hoje a Igreja pede que rezemos pelos nossos sacerdotes (bispos e padres) para que sejam santos. Por isso o dia de hoje é denominado de Dia Mundial de Oração pela Santificação do Clero. O Papa Francisco disse há pouco tempo que os Bispos e os Sacerdotes precisam ter o cheiro das ovelhas, ou seja, estar junto a elas para acudi-las nos momentos de apuros ou quando se sentem ameaçadas pelo lobo que aproxima para devorá-las. Para que isso aconteça, rezemos muito por nossos Pastores. A missão do sacerdote é tão importante e necessária na Igreja e na sociedade. Mas o padre precisa da ajuda da comunidade, sobretudo com as orações dos fiéis.
Na Igreja,  o Sacerdote (bispo e padre), representa Jesus e toma sobre si a missão de cuidara das ovelhas, participando de suas alegrias e tristezas, conduzindo-as aos bons pastos seguros, longe de qualquer perigo que coloque em risco sua vida.


Sagrado Coração de Jesus, temos confiança em Vós!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Aprendei de Mim que sou manso

Estamos no mês de Junho, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. Por isso, quero neste mês compartilhar algumas reflexões sobre este Sacratíssimo Coração.
Jesus é nosso modelo perfeito.
Somos convidados continuamente pela Palavra de Deus a seguirmos seus exemplos: “Tende em vós os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo, diz-nos São Paulo em Fl 2,5.  E São Pedro nos diz que Cristo deixou-nos o exemplo para que sigamos suas pegadas  (1 Pd 2, 21).
Muito além destes conselhos, temos a palavra do próprio Jesus: “Aprendei de mim”. Jesus se apresenta a nós como Mestre e modelo, que devemos seguir e imitar.
O interessante é que Jesus, podendo apresentar-se a nós como modelo de todas as virtudes, mencionou apenas duas, para que o imitássemos nelas, garantindo-nos que se o fizermos, encontraremos paz e descanso para o nosso espírito. E que virtudes são estas? Ouçamos suas palavras: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de Coração” (MT 11, 29). Ei-las: mansidão e humildade. Os alicerces do cristianismo, as características fundamentais da Caridade e, por isso mesmo, do Coração de Cristo.
Hoje vamos falar da mansidão.
Mansidão é a virtude que nos leva a conservar a mesma serenidade em todas as ocasiões e situações. Ser manso é um grande desafio. São muitas as situações que querem nos “tirar do sério”. Mas então entra a mansidão.
Uma coisa importante e característica de todas as virtudes é que elas nos ensinam que não devemos agir só por motivos e critérios humanos. E isto muda completamente nosso comportamento.
É o que Jesus nos ensina quando diz “Aprende de Mim”. Ele é nosso critério, pois Ele é a Verdade.
Mas aprender de Jesus implica conhecê-lo de perto, o que só se alcança convivendo com Ele. Temos que imitar Jesus, mas não como um gravador, mas como os filhos que no contato diário de toda uma vida, naturalmente terminam imitando seus pais, no modo de falar, de andar, etc. Temos que ser íntimos de Jesus para podermos imitá-lo.
Jesus diz que é manso de Coração. A virtude é algo profundo, age de dentro para fora. Não é só uma casquinha, uma aparência.
Para ser manso de verdade não basta não brigar exteriormente. É preciso ter o coração em paz. Às vezes por fora estamos calados, mas em nosso interior estamos murmurando, revoltados, insatisfeitos, descontentes.
Vejamos algumas situações concretas em que somos convidados a aprender de Jesus que é manso de Coração.
Quando devemos ser mansos, ou seja, conservar a serenidade e a paz em nosso coração, não nos alterar, não gritar, não ofender, etc?
Quando alguém nos ofende ou nos faz raiva.
Quando as coisas não saem como gostaríamos.
Quando alguém nos faz uma correção e nos mostra um defeito ou falha que não tínhamos percebido antes.
Quando percebemos de perto nossa fraqueza, nossas limitações e temos a tendência de nos revoltarmos contra nós mesmos em vez de nos aceitarmos e nos corrigirmos.
Quando faz calor, ou quando faz frio.
Quando o computador trava ou a internet não funciona.
Quando não podemos ter algo que gostaríamos.
Quando estamos com pressa e o trânsito não anda.
Quando lidamos com uma pessoa que é muito lenta.
Quando estamos doentes, quando sentimos alguma dor.
Quando ao nosso lado temos uma pessoa “insuportável” (segundo nosso critério).
Enfim, esta lista não vai acabar. Então paremos por aqui lembrando o grande resultado prometido pelo nosso Modelo divino de mansidão, para quem procurar aprender dEle: “Encontreis descanso para vossas almas”.
Dai-me, Senhor, a força de lutar pela mansidão para que eu possa alcançar este descanso, esta paz inalterável em minha vida, mesmo que por fora tudo conspire contra esta paz. Amém.

Pe. Gaspar S. C. Pelegrini é Reitor do Seminário da Imaculada Conceição

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Na catequese, Papa fala do cuidado com a criação e alerta para a cultura do descartável

Dia Mundial do Meio Ambiente

 
CATEQUESE
Praça São Pedro
Quarta-feira, 5 de junho de 2013
Boletim da Santa Sé
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje gostaria de concentrar-me sobre a questão do ambiente, como já tive oportunidade de fazer em diversas ocasiões. Também sugerido pelo Dia Mundial do Ambiente, promovido pelas Nações Unidas, que lança um forte apelo à necessidade de eliminar os desperdícios e a destruição de alimentos.
Quando falamos de ambiente, da criação, o meu pensamento vai às primeiras páginas da Bíblia, ao Livro de Gênesis, onde se afirma que Deus colocou o homem e a mulher na terra para que a cultivassem e a protegessem (cfr 2, 15). E me surgem as questões: O que quer dizer cultivar e cuidar da terra? Nós estamos realmente cultivando e cuidando da criação? Ou será que estamos explorando-a e negligenciando-a? O verbo “cultivar” me traz à mente o cuidado que o agricultor tem com a sua terra para que dê fruto e esse seja partilhado: quanta atenção, paixão e dedicação! Cultivar e cuidar da criação é uma indicação de Deus dada não somente no início da história, mas a cada um de nós; é parte do seu projeto; quer dizer fazer o mundo crescer com responsabilidade, transformá-lo para que seja um jardim, um lugar habitável para todos. Bento XVI recordou tantas vezes que esta tarefa confiada a nós por Deus Criador requer captar o ritmo e a lógica da criação. Nós, em vez disso, somos muitas vezes guiados pela soberba do dominar, do possuir, do manipular, do explorar; não a “protegemos”, não a respeitamos, não a consideramos como um dom gratuito com o qual ter cuidado. Estamos perdendo a atitude de admiração, de contemplação, de escuta da criação; e assim não conseguimos mais ler aquilo que Bento XVI chama de “o ritmo da história de amor de Deus com o homem”. Porque isto acontece? Porque pensamos e vivemos de modo horizontal, estamos nos afastando de Deus, não lemos os seus sinais.
Mas o “cultivar e cuidar” não compreende somente a relação entre nós e o ambiente, entre o homem e a criação, diz respeito também às relações humanas. Os Papas falaram de ecologia humana, estritamente ligada à ecologia ambiental. Nós estamos vivendo um momento de crises; vemos isso no ambiente, mas, sobretudo, no homem. A pessoa humana está em perigo: isto é certo, a pessoa humana hoje está em perigo, eis a urgência da ecologia humana! E o perigo é grave porque a causa do problema não é superficial, mas profunda: não é somente uma questão de economia, mas de ética e de antropologia. A Igreja destacou isso muitas vezes; e muitos dizem: sim, é certo, é verdade… mas o sistema continua como antes, porque aquilo que domina são as dinâmicas de uma economia e de uma finança carentes de ética. Aquilo que comanda hoje não é o homem, é o dinheiro, o dinheiro, o dinheiro comanda. E Deus nosso Pai deu a tarefa de cuidar da terra não ao dinheiro, mas a nós: aos homens e mulheres, nós temos esta tarefa! Em vez disso, homens e mulheres sacrificam-se aos ídolos do lucro e do consumo: é a “cultura do descartável”. Se um computador quebra é uma tragédia, mas a pobreza, as necessidades, os dramas de tantas pessoas acabam por entrar na normalidade. Se em uma noite de inverno, aqui próximo na rua Ottaviano, por exemplo, morre uma pessoa, isto não é notícia. Se em tantas partes do mundo há crianças que não têm o que comer, isto não é notícia, parece normal. Não pode ser assim! No entanto essas coisas entram na normalidade: que algumas pessoas sem teto morram de frio pelas ruas não é notícia. Ao contrário, a queda de dez pontos na bolsa de valores de uma cidade constitui uma tragédia. Um que morre não é uma notícia, mas se caem dez pontos na bolsa é uma tragédia! Assim as pessoas são descartadas, como se fossem resíduos.
Esta “cultura do descartável” tende a se transformar mentalidade comum, que contagia todos. A vida humana, a pessoa não são mais consideradas como valor primário a respeitar e cuidar, especialmente se é pobre ou deficiente, se não serve ainda – como o nascituro – ou não serve mais – como o idoso. Esta cultura do descartável nos tornou insensíveis também com relação ao lixo e ao desperdício de alimento, o que é ainda mais deplorável quando em cada parte do mundo, infelizmente, muitas pessoas e famílias sofrem fome e desnutrição. Um dia os nossos avós estiveram muito atentos para não jogar nada de comida fora. O consumismo nos induziu a acostumar-nos ao supérfluo e ao desperdício cotidiano de comida, ao qual às vezes não somos mais capazes de dar o justo valor, que vai muito além de meros parâmetros econômicos. Recordemos bem, porém, que a comida que se joga fora é como se estivesse sendo roubada da mesa de quem é pobre, de quem tem fome! Convido todos a refletir sobre o problema da perda e do desperdício de alimento para identificar vias que, abordando seriamente tal problemática, sejam veículo de solidariedade e de partilha com os mais necessitados.
Há poucos dias, na festa de Corpus Christi, lemos a passagem do milagre dos pães: Jesus dá de comer à multidão com cinco pães e dois peixes. E a conclusão do trecho é importante: “E todos os que comeram ficaram fartos. Do que sobrou recolheram ainda doze cestos de pedaços” (Lc 9, 17). Jesus pede aos discípulos que nada seja perdido: nada desperdiçado! E tem este fato das doze cestas: por que doze? O que significa? Doze é o número das tribos de Israel, representa simbolicamente todo o povo. E isto nos diz que quando a comida vem partilhada de modo igualitário, com solidariedade, ninguém é privado do necessário, cada comunidade pode satisfazer as necessidades dos mais pobres. Ecologia humana e ecologia ambiental caminham juntas.
Gostaria então que levássemos todos a sério o compromisso de respeitar e cuidar da criação, de estar atento a cada pessoa, de combater a cultura do lixo e do descartável, para promover uma cultura da solidariedade e do encontro. Obrigado.

Papa Francisco

O Papa pecador - Reflexão de Dom Fernando


Houve quem ficasse surpreso quando, na audiência geral de 29 de maio passado, o Papa Francisco declarou que era pecador: “A Igreja é a grande família dos filhos de Deus. Sem dúvida, ela também tem aspectos humanos; naqueles que a compõem, Pastores e fiéis, existem defeitos, imperfeições e pecados; até o Papa os tem, e tem tantos, mas é bom saber que quando nos damos conta que somos pecadores, encontramos a misericórdia de Deus, que perdoa sempre”.

O Papa Francisco quer nos ensinar a humildade, que começa com a confissão de que somos pecadores. Ele é o vigário de Jesus Cristo na terra. Jesus, sendo Deus santíssimo, tomou sobre si os nossos pecados:

“Aquele que não cometeu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornássemos justiça de Deus (2 Cor 5, 21). Jesus, inocente e puro, quis passar por pecador. Foi assim que ele juntou-se ao povo para receber o batismo de penitência dado por João no rio Jordão. Nós, ao invés, sendo pecadores, queremos passar por santos. E ficamos indignados quando somos tratados como pecadores! “Se dissermos que não temos pecado, estamos enganando a nós mesmos, e a verdade não está em nós” (1Jo 1, 8).

Por isso a Igreja, mãe sábia, na sua sagrada Liturgia, nos ensina sempre a humildade: “Eu, pecador, me confesso... porque pequei muitas vezes..., por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa”; com muitas súplicas ao perdão e à misericórdia de Deus: “não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja”.

Subliminarmente, o Papa também quer combater o carreirismo na própria Igreja, o gosto de aparecer, o desejo de nos substituirmos a Jesus Cristo, o querer, na Liturgia, por exemplo, se suplantar ao próprio Cristo, fazendo-nos os protagonistas da ação sagrada.

"Sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós” (Mt 11, 29). A humildade é fonte de paz, de fraternidade e união. É o oposto da hipocrisia.  E para ser humilde é preciso ser forte, corajoso e valente. É a temática jesuítica, muito cara ao nosso Papa: “Acusar a si mesmo implica uma valentia pouco comum para abrir a porta a coisas desconhecidas e deixar que os outros vejam além de minha aparência. É renunciar à maquiagem, para que se manifeste a verdade. Na base do acusar a si mesmo, que é um meio, está a opção fundamental pelo anti-individualismo, pelo espírito de família e de Igreja que nos conduz a nos assumirmos, como bons filhos e bons irmãos, para mais tarde podermos vir a ser bons pais. Acusar a si mesmo implica uma postura basicamente comunitária...” E como ele falou na última audiência, o reconhecermo-nos pecadores atrai o perdão de Deus: “Quem acusa a si mesmo abre espaço para a misericórdia de Deus; é como o publicano que não ousa levantar seus olhos (cf. Lc 18, 13). Quem sabe acusar a si mesmo é um homem que sempre se aproximará bem dos outros, como o bom samaritano, e , nessa aproximação, o próprio Cristo realizará o acesso ao irmão" (Jorge Mario Bergoglio, S.J., Sobre a acusação de si mesmo).


Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney 


PS: Queridos leitores do blog, sei que estou em falta com vocês e peço desculpas pela falta de atualização. De volta a ativa!
Salve Maria!
Att. Sara Conceição Santiago Ferreira

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