Vista parcial da Praça São Pedro, onde foram colocadas em destaque as imagens dos sete novos Santos da Igreja
O Papa Bento XVI presidiu neste domingo, 21, a celebração eucarística durante a qual foram canonizados sete beatos. Reunido com os peregrinos na Praça São Pedro, o Papa rezou para que o testemunho desses novos Santos, “a sua vida oferecida generosamente por amor a Cristo, possa falar hoje a toda a Igreja, e a sua intercessão possa reforçá-la e sustentá-la na sua missão de anunciar o Evangelho no mundo inteiro”
No dia em que se celebra o Dia Mundial das Missões, Bento XVI recordou as palavras de Jesus relatadas pelo evangelista Marcos: “O Filho do homem veio para servir e dar a sua vida como resgate para muitos (cf. Mc 10,45)”. O Papa disse que, em especial neste dia, a Igreja escuta estas palavras com uma intensidade particular e reaviva a consciência para o serviço ao homem e ao Evangelho.
O Pontífice também afirmou que os sete beatos hoje canonizados tiveram sua vida constituída por estas palavras. “Com coragem heróica eles consumiram a sua existência na consagração total a Deus e no serviço generoso aos irmãos. São filhos e filhas da Igreja, que escolheram a vereda do serviço seguindo o Senhor”.
Bento XVI prosseguiu fazendo um breve relato sobre a vida de cada um desses novos Santos. O primeiro deles foi Jacques Berthie, nascido na França em 1838 que, durante seu ministério paroquial, teve o desejo ardente de salvar almas. Ao morrer, ele disse as seguintes palavras "Prefiro antes morrer que renunciar à minha fé".
O outro novo Santo da Igreja é Pedro Calungsod, cujo amor a Cristo o inspirou a preparar-se como catequista junto com os missionários jesuítas da região de Visayas, nas Filipinas. Ele seguiu em missão para as Ilhas Marianas para evangelizar o povo Chamorro, mas no local a vida era difícil e os missionários eram perseguidos, o que não impediu Pedro de demonstrar uma grande fé e caridade
Giovanni Battista Piamarta foi lembrado pelo Papa como grande apóstolo da caridade e da juventude. Ele se dedicou ao “progresso cristão, moral e profissional das novas gerações, com a sua esplêndida humanidade e bondade”.
De Santa Maria del Carmelo Salles y Barangueras, religiosa nascida em Vic, Espanha, em 1848, Bento XVI destacou sua obra educativa, confiada à Virgem Imaculada. Segundo o Papa, essa obra continua a dar frutos abundantes entre os jovens.
Já Marianne Cope abraçou voluntariamente o chamado para ir cuidar dos leprosos no Havaí, o que era recusado por muitos. “Em uma época em que pouco se podia fazer por aqueles que sofriam dessa terrível doença, Marianne Cope demonstrou um imenso amor, coragem e entusiasmo”.
Kateri Tekakwitha levou uma vida simples e permaneceu fiel ao seu amor por Jesus, à oração e à Missa diária. Seu maior desejo era fazer o que agradava a Deus.
Sobre a nova Santa Anna Schäffer, Bento XVI disse que ela quis entrar em uma congregação missionária. “Fortalecida pela comunhão diária, tornou-se uma intercessora incansável através da oração e um espelho do amor de Deus para as numerosas pessoas que procuravam conselho”.
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