“Se alguém
quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (Mt 16,
24). Nos dias atuais, parece que esse conselho evangélico se enfraquece
cada vez mais. Sofremos constantemente a tentação de esfriarmos na luta
para atingirmos nossos objetivos. Parece que existe um desejo de que as
coisas as coisas aconteçam sem que tenhamos que fazer absolutamente
nada.
Não
percebemos, mas isso afeta também a nossa vivência da fé, nossa
espiritualidade. Admiramos e veneramos os santos como, por exemplo,
Beato João Paulo II, Beata Chiara Luce, Santa Terezinha, São Sebastião. Nos identificamos
com eles, queremos fazer destes nossos “patronos”
e "intercessores" de caminhada, mas acabamos esquecendo que todos eles, sem exceção,
tiveram uma coisa em comum: acolheram e carregaram com alegria suas
cruzes. Não esperaram as coisas acontecerem, mas fizeram elas
acontecerem.
Tomar pra si a
cruz é indispensável no seguimento de Cristo. Quanto a isso, Nosso
Senhor foi muito claro: “se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo,
tome a sua cruz e me siga”(Mt 16,24). É preciso tomá-la com alegria e
com júbilo de quem sabe que encontrou um sentido para a sua vida, um
motivo maior pelo qual vale a pena se esforçar.
Viver a
castidade exige muito mais esforço do que se deixar levar. Estudar para
uma prova difícil exige muito mais esforço e disciplina do que
simplesmente colar de alguém que já tenha feito esse esforço. Rezar todo
dia, oferecer cada momento do dia como uma oferta que seja agradável a
Deus, é muito mais difícil do que viver levianamente fazendo o que “vier
na cabeça”, sem pensar se minha atitude é cristã ou não. Frequentar a
igreja regularmente observando o 3° mandamento exige muito mais esforço
do que ficar em casa sem nada pra fazer.
Nós, que estamos nos aproximando da JMJ Rio2013 precisamos
nos preparar e mostrar com a nossa vida, mais do que com as palavras,
que vale a pena seguir este a quem seguimos, vale a pena lutar pelos
ideais que lutamos, ainda que exijam de nós uma renúncia muito maior do
que simplesmente se deixar levar pelas tendências modernas. O encontro
que fizemos com Aquele que mudou nossa vida e a vida dos santos que
veneramos, nos mostra que, mais do que possível, é uma coisa que vale a
pena ser feita.
Tomar sobre si
a própria cruz, renunciar a si mesmo, é seguí-Lo com a fé e a esperança
de quem encontrou o Tesouro mais valioso de todos. Por Ele vale a pena
doar todo o nosso esforço, nossa vida, ainda que seja em uma cruz, vale a
pena! Assim o que carregamos não é uma simples cruz, mas um ideal pelo
qual vale a pena dar tudo!
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