“Na quarta dor de
Maria vive os tormentos da Paixão de seu amadíssimo Filho. Encontra-O no
caminho do Calvário, flagelado, coroado de espinhos, esbofeteado,
escarrado...Que mãe poderia agüentar tamanha dor? Seu Filho Santo, Deus,
carregando nas costas a cruz de Seu suplício? Além de sua fortaleza
sobrenatural, Maria mostra sua grande humildade pela qual venceu toda a
soberba. Nos momentos de glória de Jesus esteve escondida...mas agora,
na hora de sua Paixão, ela aparece e se faz presente aos pés da cruz,
quando todos fogem. Que lição para nós, que gostamos de ser exaltados!”
Contemplemos e vejamos se há dor
semelhante à dor de Maria Santíssima, quando encontrou-se com seu divino
Filho a caminho do Calvário, carregando uma pesada cruz e insultado
como se fosse um criminoso.
'É preciso que o Filho de Deus seja esmagado para abrir as portas da
mansão da paz!' Lembremo-nos de suas palavras e aceitemos a vontade do
Altíssimo, nossa força em horas tão cruéis de nossa vida.
Ao encontrá-lo, Jesus fitou os olhos de Maria e a fez compreender a dor
de sua alma. Não pôde dizer-lhe palavra, porém a fez compreender que era
necessário que se unisse à Sua grande dor. Amados irmãos, a união da
grande dor de Maria e Jesus nesse encontro tem sido a força de tantos
mártires e de tantas mães aflitas!
Almas que temem o sacrifício aprendam nesta meditação a se submeterem à
vontade de Deus, como Maria e Jesus se submeteram! Aprendam a calar nos
seus sofrimentos.
No nosso silêncio, nesta dor imensa, armazenamos riquezas imensuráveis!
Nossas almas hão de sentir a eficácia desta riqueza na hora em que,
abatidos pela dor, recorrermos a Maria, fazendo a meditação deste
encontro dolorosíssimo. O valor do nosso silêncio se converte em força,
quando nas horas difíceis soubermos recorrer à meditação desta dor!
Como é precioso o silêncio nas horas de sofrimentos! Há almas que não
sabem sofrer uma dor física, uma tortura de alma em silêncio; desejam
logo contá-la para que todos o lastimem! Jesus e Maria tudo suportaram
em silêncio por amor a Deus!
A dor humilha e é na santa humildade que Deus edifica! Sem a humildade,
trabalhamos em vão; vejam pois como a dor é necessária para a nossa
santificação.
Aprendamos a sofrer em silêncio, como Maria e Jesus sofreram neste doloroso encontro no caminho do Calvário.
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