Passados os exercícios da Quaresma, pelos quais nos preparamos para a
celebração da Ressurreição do Senhor, entramos no Tempo Pascal, tempo
de alegria e exultação pela nova vida que o Senhor nos conquistou
pagando, com sua entrega na cruz, o alto preço de nosso resgate. A cor
litúrgica é branca, símbolo da pureza e da alegria (afinal, estamos
limpos do pecado) e a presença do Círio Pascal é marcante como símbolo
do Cristo Ressuscitado, coluna de LUZ que vai à frente do seu povo.
Nesta semana, em particular, estamos celebrando A OITAVA DA
PÁSCOA. Como o mistério da "passagem" do Senhor pela morte é
extremamente profundo, durante 8 dias celebraremos esse grande mistério
como se fosse um único dia com o objetivo de viver melhor o ponto
central de nossa fé: A RESSURREIÇÃO DE JESUS (no passado, esse era um
tempo especial de contato com a fé para os que tinham sido batizados
durante a Vigília Pascal).
Todo o tempo pascal, que se estende por 7 semanas até a Festa de
Pentecostes, é marcado, não apenas nos domingos mas também durante os
outros dias da semana, pelos textos de Atos dos Apóstolos e do Evangelho
de João. São trechos que nos mostram a fé das primeiras comunidades
cristãs e dos Apóstolos em Cristo Ressuscitado e nos convidam a fazer da
nossa vida uma contínua páscoa seguindo fielmente os passos de Jesus,
testemunhando-o corajosamente no mundo de hoje.
Que a luz do Cristo Ressuscitado nos ilumine para que possamos ser LUZ para o mundo!
Evangelho do dia (Lc 24,13-35)
Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos iam para um
povoado, chamado Emaús, a uns dez quilômetros de Jerusalém. Conversavam
sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e
discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles.
Os seus olhos, porém, estavam como vendados, incapazes de reconhecê-lo.
Então Jesus perguntou: «O que andais conversando pelo caminho?». Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: «És tu o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes dias?». Ele perguntou: «Que foi?». Eles responderam: «O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e diante de todo o povo. Os sumos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele quem libertaria Israel; mas, com tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos assustaram. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que ele está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém viu». Então ele lhes disse: «Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram!. Não era necessário que o Cristo sofresse tudo isso para entrar na sua glória?». E, começando por Moisés e passando por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, as passagens que se referiam a ele.
Quando chegaram perto do povoado para onde iam, ele fez de conta que ia adiante. Eles, porém, insistiram: «Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!». Ele entrou para ficar com eles. Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles.
Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles. Então um disse ao outro: «Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?». Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos. E estes confirmaram: «Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!». Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como o tinham reconhecido ao partir o pão.
Então Jesus perguntou: «O que andais conversando pelo caminho?». Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: «És tu o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes dias?». Ele perguntou: «Que foi?». Eles responderam: «O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e diante de todo o povo. Os sumos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele quem libertaria Israel; mas, com tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos assustaram. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que ele está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém viu». Então ele lhes disse: «Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram!. Não era necessário que o Cristo sofresse tudo isso para entrar na sua glória?». E, começando por Moisés e passando por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, as passagens que se referiam a ele.
Quando chegaram perto do povoado para onde iam, ele fez de conta que ia adiante. Eles, porém, insistiram: «Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!». Ele entrou para ficar com eles. Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles.
Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles. Então um disse ao outro: «Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?». Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos. E estes confirmaram: «Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!». Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como o tinham reconhecido ao partir o pão.
Meditando o Evangelho
Hoje o Evangelho assegura-nos que Jesus está vivo e continua a ser o
centro à volta do qual se constrói a comunidade dos discípulos. É
precisamente nesse contexto eclesial —no encontro comunitário, no
diálogo com os irmãos que partilham a mesma fé, na escuta comunitária da
Palavra de Deus, no amor partilhado em gestos de fraternidade e de
serviço— que os discípulos podem fazer a experiência do encontro com
Jesus ressuscitado.
Os discípulos carregados de tristes pensamentos, não imaginavam que aquele desconhecido fosse precisamente o seu Mestre, já ressuscitado. Mas sentiam «arder» o seu íntimo (cf. Lc 24,32), quando Ele lhes falava, «explicando» as Escrituras. A luz da Palavra ia dissipando a dureza do seu coração e «abria-lhes os olhos» (Lc 24, 31).
O ícone dos discípulos de Emaús presta-se bem para nortear um longo caminho das nossas dúvidas, inquietações e às vezes amargas desilusões, o divino Viajante continua a fazer-se nosso companheiro para nos introduzir, com a interpretação das Escrituras, na compreensão dos mistérios de Deus. Quando o encontro se torna pleno, à luz da Palavra segue-se a luz que brota do «Pão da vida», pelo qual Cristo cumpre de modo supremo a sua promessa de «estar conosco todos os dias até ao fim do mundo» (Mt 28,20).
Os discípulos carregados de tristes pensamentos, não imaginavam que aquele desconhecido fosse precisamente o seu Mestre, já ressuscitado. Mas sentiam «arder» o seu íntimo (cf. Lc 24,32), quando Ele lhes falava, «explicando» as Escrituras. A luz da Palavra ia dissipando a dureza do seu coração e «abria-lhes os olhos» (Lc 24, 31).
O ícone dos discípulos de Emaús presta-se bem para nortear um longo caminho das nossas dúvidas, inquietações e às vezes amargas desilusões, o divino Viajante continua a fazer-se nosso companheiro para nos introduzir, com a interpretação das Escrituras, na compreensão dos mistérios de Deus. Quando o encontro se torna pleno, à luz da Palavra segue-se a luz que brota do «Pão da vida», pelo qual Cristo cumpre de modo supremo a sua promessa de «estar conosco todos os dias até ao fim do mundo» (Mt 28,20).
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