08 de Dezembro dia da Imaculada Conceição
- É esta aparente oposição entre um dogma de Fé certo – a necessidade universal da Redenção – e o fato de uma santificação que foge desse generalização – que dá, aos fiéis de Lutero, uma tintura de argumento.
Na realidade não há oposição nenhuma. João Scoto, o grande mestre franciscano da Idade Média, reúne numa frase toda a economia da Graça no caso. Potuit – diz ele – debuit, ergo fecit. – Deus pôde fazer – isto é, a Onisciência e Onipotência de Deus tinha meios de conciliar a pureza imaculada de Maria Santíssima com a universalidade da Redenção.
Se Ele, Deus, tinha os meios, estava na obrigação de aplicá-los, “debuit”. Pois não se explicaria como Deus viesse a faltar com a reverência à progenitora de Seu Filho Encarnado o que ocorreria, caso a Virgem Maria, por um instante sequer, se visse manchada com pecado.
Portanto – “ergo” – Deus preservou-a de todo pecado.
Maria Santíssima é Imaculada desde o momento em que foi concebida, ou seja, em que sua alma bendita, criada por Deus, se uniu ao se Corpo sem manchas.
Assim, Maria Santíssima é a Imaculada Conceição. Remida por Jesus cristo, com uma remissão preservativa, como o detento que deveria ser trancafiado, de fato, por um privilégio, não o é. Embora devendo contrariar o pecado original dele isento, pela onipotência da graça de seu Divino Filho. É pois, Santíssima sem derrogar nada nas relações entre o Céu e a Terra.
Eis que, com toda alegria e confiança, cantamos.
“Com teu poder ó Virgem ilibada Quebrantaremos do inferno seu furor.”
(a) + Antonio de Castrro Mayer, Bispo Emérito de Campos
em 08 de dezembro de 1985
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